Foto - crédito: Gisely Passos / divulgação
O produtor cultural Vini Rigoletto lança seu primeiro livro infantojuvenil: “Nini, O Menino que o Vento Levou”, em eventos que celebram a Consciência Negra. A obra, que traz ilustrações de Thiago Amormino e é publicada pela editora Mazza Edições, mergulha nas descobertas de um garoto em busca da compreensão de suas raízes e do seu lugar no mundo, abordando temas de identidade, afeto e resistência.
Os lançamentos ocorrem em Campinas, dia 19 de novembro, às 19h, no Radisson Red Hotel, e no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, às 17h, na Megafauna, no Edifício Copan, em São Paulo. O livro, por ser uma obra da editora afrobrasileira Mazza Edições e por tratar da ancestralidade e identidade negra, tem um significado especial para Vini Rigoletto, que é o atual gestor de exposições do Instituto Moreira Salles (IMS), em São Paulo.
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Para quem já conhece o autor, “Nini, O Menino que o Vento Levou” pode ser lido como uma autobiografia, dada a profundidade com que a narrativa aborda aceitação, pertencimento, resistência e, principalmente, o amor-próprio. O texto de Rigoletto é um sopro de vida que convida o leitor a se ver no espelho e a gostar do que encontra, revelando que a força que nos move vem de dentro.
O personagem principal, Nini, é apresentado como uma criança leve e etérea, mas profundamente marcada por diversas correntes, como o amor, o preconceito, a curiosidade e o desejo de ser. A obra mescla fantasia e autobiografia, memória e imaginação, transformando a narrativa em um voo poético entre o real e o simbólico.
Ao contar a história de Nini na primeira pessoa, Vini Rigoletto permite uma grande proximidade do personagem com o leitor, revelando segredos íntimos que incluem as dores do preconceito racial, as confusões diante das questões de gênero e as dúvidas comuns da fase da infância e adolescência. O autor, em alguns momentos, usa o distanciamento para que o leitor possa refletir sobre a necessidade de recuar para compreender as próprias emoções.
O paralelo entre o criador e sua criatura é evidente. Vinícius Rigoletto, também um “menino levado pelo vento”, é um ser inquieto movido pela arte, pela imaginação e pelo desejo de transformação. Negro e adotado por uma família branca, Rigoletto enfrentou desde cedo o peso do preconceito e os desafios de afirmar sua identidade.
Assim como Nini, o autor se orgulha de seu cabelo crespo, das cores vibrantes de suas roupas e da alegria ancestral que o conecta às suas raízes africanas. Sua trajetória é um testemunho da coragem de se reconhecer como um ser múltiplo, criativo e sensível. A obra é, simultaneamente, confessional e universal, representando um voo leve e profundo sobre a beleza de ser quem se é de forma inteira e autêntica.
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