Azul é considerada uma das 50 empresas mais inovadoras do mundo

Responsável pelo crescimento avassalador do número de passageiros no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, de quase um milhão de pessoas em 2008 para cerca de 5 milhões em 2010, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras está entre as 50 empresas mais inovadoras do mundo em 2011, de acordo com o ranking publicado pela revista americana “Fast Company”.

O que levou a empresa a integrar tão seleta lista? Converter passageiros de ônibus em adeptos do transporte aéreo.

A publicação relata que, nos dois anos desde que a Azul começou a voar, a companhia aérea brasileira obteve cerca de 8% do mercado doméstico, com 4 milhões de passageiros em 2010. Talvez este fato não devesse ser nenhuma surpresa, já que o fundador da Azul, David Neeleman (nascido no Brasil), também começou com uma empresa pequena nos EUA chamada JetBlue.

Neeleman lançou a Azul para trazer o modelo de companhias aéreas de baixo custo para o Brasil, onde o crescimento da classe média impulsiona as operações da Azul.

A companhia aérea é uma alternativa barata e rápida para os ônibus que muitas pessoas usam para viajar pelo país de tamanho continental. "Uma viagem que demorava 34 horas, agora você pode fazer em duas horas", diz Neeleman. "Cerca de 25% a 30% dos voos custam o mesmo ou menos do que os ônibus."

Por exemplo, um voo no mês de fevereiro de Belém para São Paulo custou R$ 199, em comparação aos R$ 428 reais com o ônibus. O voo dura quase seis horas. Já a viagem de ônibus, 51 horas.

Outra inovação da Azul também esbarra no bolso: muitos brasileiros não têm cartões de crédito ou tem limites baixos. A Azul, então, oferece pagamentos por retirada bancária, bem como planos de parcelamento.

Até o final de 2011, a companhia aérea deve chegar até 50 cidades, incluindo algumas que agora não têm nenhum serviço de transporte aéreo. Para estes mercados, a empresa vai implantar aeronaves menores, ajudando novos passageiros a voar pela primeira vez.

Fonte: Fast Company