Veja uma lista de 10 pontos turísticos e históricos para conhecer Campinas!

Campinas foi fundada em 14 de julho de 1774, ainda no período do Brasil Colônia. Hoje, ocupa algumas posições de destaques nos indicadores nacionais. São quase de 1,2 milhão de habitantes, com um PIB maior do que muitas capitais brasileiras, é a maior e a mais importante no interior do estado de São Paulo e uma das mais ricas do Brasil. É a sede da Unicamp, uma das principais universidades do país, e polo tecnológico regional e nacional, responsável por pelo menos 15% de toda a produção científica nacional, sendo o terceiro maior polo de pesquisa e desenvolvimento brasileiro.

Além disso, tem diversos atrativos turísticos, com valor histórico, cultural ou científico. A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, fundada em 1974, é considerada uma das principais do país. E é a terra do mais importante compositor de ópera brasileiro: Antônio Carlos Gomes.

E o Campinas.com.br, principal mídia on-line da cidade que reúne dicas de experiências na cidade, também nasceu propositalmente no dia 14 de julho, no ano de 2010, justamente com o objetivo de valorizar a cultura e a história da cidade.

Assim, aproveitamos para reunir alguns dos principais pontos turísticos, históricos e culturais para que seus moradores e visitantes possam explorar ainda mais esta cidade tão pujante!

Confira!

Estação Cultura

Inaugurada em 1872, o complexo da antiga Fepasa é conhecido hoje por Estação Cultura “Antonio da Costa Santos” (leva o nome do prefeito da cidade assassinado em 2001, durante o exercício do cargo), administrado pela Secretaria de Cultura de Campinas. Serviu como estação ferroviária até 15 de março de 2001, época em que partiu o último trem de passageiros.

É um importante espaço multicultural da cidade, palco de apresentações artísticas diversas, exposições, feiras, eventos alternativos e gastronômicos, entre outros.

A local fica aberto ao público durante o dia. À noite, funciona somente em dias de apresentações artísticas. Normalmente, tem programação de eventos culturais e feiras em alguns fins de semana.

Um passeio pelo seu interior leva o visitante aos tempos áureos das estações de trem de passageiros. A Fepasa também oferece ao visitante uma oportunidade de ver uma exposição de ferromodelismo com uma maquete, aberta aos sábados para visitação.

Serviço:
Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, s/n, ou entrada pela Vila Industrial – Rua Francisco Teodoro, 1050. (19) 3705-8000
Horário de funcionamento: todos os dias das 8h às 22h

Catedral Metropolitana de Campinas

Inaugurada em 1883, a construção da Catedral Metropolitana de Campinas teve início no século 19 e é uma obra de arte em si, sendo o maior templo construído no mundo com a técnica de taipa de pilão. Com mais de 200 anos de existência, sua importância ultrapassa a de um templo católico, pois é reconhecida também como patrimônio histórico, arquitetônico, religioso e cultural da cidade.

Tombada pelo patrimônio histórico em duas esferas, em 1981 pelo Condephaat (estadual) e 1988 pelo Condepacc (municipal).. Em 1850, o prédio foi coberto e deu-se início à ornamentação interna feita pelas mãos do mestre escultor baiano Vitoriano dos Anjos. Foram necessários seis anos para que o artista conseguisse esculpir o altar-mor, os púlpitos e as grades do coro. Em 1908, a Matriz Nova transforma-se em Catedral de Campinas, devido à criação da diocese local.

Em 2015, depois de 92 anos pintadas de branco, a fachada principal foi entregue com a cor original, o amarelo ocre. A Arquidiocese conseguiu autorização do Ministério da Cultura, em 2012, para captar R$ 7,1 milhões para as obras, utilizando os benefícios da lei de incentivos fiscais (Lei Rouanet) e, desse total, obteve R$ 2,8 milhões, suficientes apenas para o restauro das fachadas.

Serviço
Endereço: Praça José Bonifácio, s/n – Centro. (19) 3231-2085/ (19) 3236-5574
 Aberta todos os dias das 7h às 19h.

Parque Portugal – Lagoa do Taquaral

Popularmente conhecido como “Lagoa do Taquaral”, o Parque Portugal constitui um dos mais importantes espaços de lazer da cidade e um dos mais queridos pelos campineiros. Aos domingos, a pista interna da Av. Heitor Penteado, no entorno do parque, fica fechada até as 13h para utilização do público para caminhada, corrida, para andar de bicicleta, patins, patinetes etc.

Na parte interna, é possível caminhar por uma área verde, praticar exercícios ao ar livre, visitar a Caravela – uma embarcação inspirada na nau usada por Pedro Álvares Cabral -, circular por um percurso de 3 km de bondinho, que relembra o meio de transporte antigo da cidade. Também há pedalinhos para passear dentro da Lagoa, áreas destinadas para fazer piqueniques, viveiro de pássaros e playgrounds, diversos espaços para prática de esportes, recreativos e culturais, como a Concha Acústica (Auditório Beethoven) – um teatro a céu aberto com capacidade de pouco mais de 2.500 lugares na arquibancada, o Centro de Vivência de Idosos e a Esplanada das Bandeiras (praça destinada para eventos cívicos e culturais), além de lanchonetes, quiosques com comidinhas, água de coco, garapa e sorvete e sanitários.

Para quem gosta de esporte, o parque abriga o Ginásio Alberto Jordano Ribeiro, sede de eventos esportivos nacionais e internacionais, como os jogos da Liga Masculina de Vôlei.

A histórica Fazenda Taquaral, com seus 33 alqueires, foi transformada em parque no ano de 1972, após a aquisição pela Prefeitura das terras da família Alves de Lima. O espaço vem recebendo melhorias desde 2013. Além da restauração da Caravela, a lagoa passou por desassoreamento, bondes e Concha Acústica foram revitalizados, foram inaugurados o Museu do Esporte e novas academias (ao ar livre, para pessoa com deficiência, musculação e centro de lutas), além de instalação de piso intertravado na área dos pedalinhos e Caravela,  além dos espaços externos de quiosques.

Serviço
Endereço: Av. Dr. Heitor Penteado, 1671 – Parque Taquaral. (19) 3256-9959

Jockey Club

Centenário, o Jockey Club Campineiro remonta ao período áureo do café e está localizado no Centro de Campinas, onde fica o marco zero da fundação da cidade. A instituição se formou em 1924, a partir da fusão do Jockey Club com Clube Campineiro. Inspirado nos palacetes franceses do final do século 18. Sua sede foi palco de festas, recitais de piano, violino e canto das famílias abastadas da cidade.

Em 1994, o Jockey foi tombado pelo Condepacc. É considerado um dos prédios históricos mais bonitos de Campinas e tem sido palco de apresentações de recitais em suas janelas na época do Natal. Hoje também funciona no salão social do prédio uma casa noturna com programação de música eletrônica.

O local pode ser visitado mediante agendamento antecipado por telefone.

Serviço:
Endereço: Praça Antônio Pompeu, 39 – Centro. (19) 3232-1680

Mercado Municipal

O tradicional Mercadão da cidade foi inaugurado em 12 de abril de 1908 pelo prefeito Orosimbo Maia. Na época, passava pelo local a antiga estrada de ferro funilense, transportando sacas de açúcar mascavo, fardos de arroz e feijão, entre outros produtos. O local funcionava também como depósito de açúcar que depois seguia para o Porto de Santos.

No local, encontram-se especiarias, temperos, verduras, frutas, queijos, carnes, peixes, embutidos, artigos para feijoada e uma quantidade de produtos encontrados em empórios. Sua arquitetura de inspiração mourisca (influência árabe) é de autoria de Ramos de Azevedo, responsável por obras marcantes na formação urbana de Campinas e São Paulo, entre elas o Teatro Municipal de São Paulo e o famoso Mercadão de São Paulo.

Considerado o mais antigo centro de compras de Campinas, o Mercadão mantém sua vocação de centro de distribuição de alimentos, possui 143 boxes, 98 no prédio central e 45 bancas externas, com uma grande variedade de produtos. Uma característica marcante entre os comerciantes locais é a tradição de permanência familiar dos boxes ao longo dos anos. O prédio é tombado pelo patrimônio histórico em duas esferas, Condephaat, em 1982, e Condepacc, em 1995. Depois disso, passou por duas reformas que recuperaram suas características originais, uma vez que o prédio estava já descaracterizado. Um cantinho tradicional de Campinas para fazer compras, conhecer produtos regionais e petiscar algo legítimo dos mercadões.

Em 2023, vai passar por reforma.

Serviço
Endereço: Av. Benjamin Constant, s/n – Centro
Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 7h às 18h; domingo, das 7h às 12h

Escola de Cadetes

Fundada em 1967, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) dispõe de uma imponente instalação, cercada de muito verde, com amplos espaços e torres que se destacam na paisagem urbana. O projeto, em estilo colonial espanhol, foi idealizado pelo arquiteto Ernani Val Penteado. O belíssimo edifício rosa foi construído nas terras antigas da Fazenda Chapadão, em 1944. Somente por meio do decreto de 23 de janeiro de 1959 é que a sede da Escola Preparatória de São Paulo foi transferida definitivamente para Campinas, sob o nome de Escola Preparatória de Campinas.

A história sobre a escolha da cor tem início na metade da década de 1970, quando o projeto arquitetônico entrou em fase de acabamento e era necessário pintar as paredes e a Torre, que estavam revestidas de reboco. O engenheiro-arquiteto responsável pela construção, em visita à obra, trouxe a lembrança que esta era a cor das moradias da antiga Fazenda Chapadão, onde a escola foi construída. As casas coloniais eram revestidas, e não apenas pintadas, por uma massa obtida da mistura de cal, pó de ostras queimadas, óleo de baleia, sangue de boi e terra. Diante do esclarecimento, o comandante da escola determinou a pintura do prédio desta cor, que acentua a preservação da memória das moradias coloniais que um dia existiram na centenária Fazenda Chapadão.

Hoje, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército tem a missão de selecionar e preparar o futuro Cadete da Academia Militar das Agulhas Negras, iniciando a formação do oficial combatente do Exército Brasileiro.

Estão sob a guarda da Escola Preparatória de Cadetes um conjunto belíssimo de lustres e arandelas pertencentes ao histórico Teatro Municipal Carlos Gomes, demolido pela prefeitura local em 1965. O conjunto tombado pelo patrimônio histórico desde 1996 constitui raro exemplar da beleza estética e cultural do que foi este importante teatro na história da cidade. Parte destas peças se encontram no Salão Nobre e parte na Capela São Tomás de Aquino.

Serviço:
Endereço: Av. Papa Pio XII, 350 – Jardim Chapadão. (19) 3744-2051
Visitação: mais informações – rpespcex@gmail.com

Torre do Castelo

O “Castelo D’água”, como era chamado, foi criado para abastecer os bairros que se formavam na região norte da cidade. A torre de 27 metros de altura foi erguida em um ponto estratégico para o desenvolvimento urbano, em um dos extremos da “triangulação geodésica da cidade” definida pelo Plano de Melhoramento Urbano de Campinas, mais conhecido como Plano Prestes Maia, de 1938. Avista-se toda a cidade lá de cima e vale o passeio.

No mirante há informações sobre as regiões e lugares vistos em cada uma de suas janelas. Em seu interior, encontra-se o Museu Histórico da Sanasa (empresa de água e esgoto de Campinas). Também é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc). A rotatória da torre, conhecida também como balão do Castelo, recebe o trânsito de pelo menos meia dúzia de vias, em todas as direções.

Serviço
Endereço: Praça Vinte e Três de Outubro, Av. João Erbolato, s/n – Castelo. (19) 3241-6931
Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 10h às 12h e 13h às 17h; sábado e domingo, das 10h às 12h e 13h às 21h

Palácio dos Azulejos – Museu de Imagem e Som de Campinas

O Palácio dos Azulejos é a única edificação em Campinas considerada patrimônio nacional, tombado pelo IPHAN. Também reconhecido como patrimônio estadual e municipal, foi tombado pelo Condephaat (1981) e Condepacc (1988). Trata-se de um imponente prédio que, em conjunto com outras edificações urbanas do período, representa o que se identificou como a construção da “modernidade” de Campinas no século XIX.

Foi originalmente construído para residência de Joaquim Ferreira Penteado, o Barão de Itatiba, funcionou como solar residencial até 1908, quando foi vendido à Prefeitura Municipal de Campinas, que o ocupou como sede do governo municipal até 1968. A partir desta data teve uso público pela SANASA (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A) até 1996, ocasião em que foi transferido para Secretaria Municipal de Cultura.

Hoje abriga o Museu da Imagem e do Som (MIS-Campinas), constituído por um dos mais significativos conjuntos de fotos, filmes, negativos, vídeos, slides, discos, fitas e objetos sobre a história social e cultural da cidade de Campinas e região, e se apresenta em cinco diferentes linguagens: Audiovisual (cinema e vídeo), Fotografia, Música, Tecnologia e Biblioteca, atraindo pesquisadores de todo o país. Possui uma programação regular de exibições de filmes, com ciclos temáticos diversos.

O acervo de música, denominado “Discoteca Rynaldo Ciasca”, é constituído por cerca de 600 CDs, 900 gravações em fitas de rolo e aproximadamente 20 mil discos, dentre os quais, discos antigos de 78 rotações, LPs de Vinil em 33 1/3 rotações, compactos, discos gigantes, discos curiosos, com vários furos, de diversos materiais, entre outros. Uma viagem ao tempo.

Serviço
Endereço: Rua Regente Feijó, 859 – Centro. (19) 3733-8800
Horário de funcionamento: aberto para visitação das 10h às 18h de segunda a sexta; sábado 10h às 15h e fica fechado aos domingos. As sessões de filmes ocorrerem às 14h, 19h e 19h30. Fan page do MIS

Observatório Municipal de Campinas “Jean Nicolini”

Localizado no Pico das Cabras, no distrito de Joaquim Egídio, o Observatório Municipal de Campinas “Jean Nicolini”. Com equipamentos de alta precisão, destaca-se entre os principais observatórios do Brasil para observação pública, o que faz os planetas, estrelas e constelações parecerem próximos. Tombado em 1994 como patrimônio histórico-cultural de Campinas e inaugurado em 1977, foi o primeiro Observatório Municipal do país, pioneiro em suas ações que abrangem atividades educativas, de divulgação e pesquisa astronômica.

O observatório abre aos domingos, das 17 às 21 horas (exceto no período de festas e férias de janeiro), com atendimento ao público em geral, sem limite de idade. Visitas de terça a sexta-feira, somente mediante agendamento para atendimento a grupos.

Ao planejar o passeio, verifique se o céu está limpo, pois as atividades de observação não podem ser realizadas com tempo encoberto. Neste caso, ocorre apenas a palestra, bate-papo com astrônomos e visita à exposição. Durante o passeio, os visitantes recebem informações sobre os mitos e lendas relacionados à astronomia. O observatório realiza ainda eventos especiais quando acontecem fenômenos celestes ou em ocasiões programadas.

Distante das luzes da cidade se vê o céu bem cheio de estrelas. Somente a observação ao telescópio é sugerida para crianças a partir de cinco anos, idade que o assunto desperta mais atenção e concentração. Porém, o passeio atende também os pequenos, que recebem informações interessantes e podem apreciar um belo panorama de Campinas vista de longe.

Serviço:
Endereço: Estrada das Cabras, s/n – a 17km do distrito de Joaquim Egídio, percorrendo um trecho de 5 km de estrada de terra. (19) 3298-6566
Horário de funcionamento: aos domingos das 17h às 21h; de terça a sexta com agendamento para visitação (a observação depende das condições climáticas favoráveis)
Entrada: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

Mata Santa Genebra

A Mata de Santa Genebra é considerada o maior remanescente de floresta da cidade de Campinas, e a segunda maior mata nativa em ambiente urbano no Brasil, ficando atrás apenas da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro. Declarada pelo Ibama como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), é uma Unidade de Conservação Federal tombada pelo Condepacc e Condephaat e abrange 251,77 hectares. Possui nove quilômetros de perímetro e recebe inúmeros pesquisadores de diversas universidades de todo o país.

Administrada pela Fundação José Pedro de Oliveira, a Mata de Santa Genebra oferece acesso restrito a pesquisadores e à educação ambiental monitorada, mas uma vez por mês recebe o público para um passeio educativo, onde são apresentados os projetos desenvolvidos pela fundação, além de visitas ao Viveiro de Mudas Nativas, Borboletário, Orquidário, Trilha Oeste e Área Manancial.

Durante a atividade de visitação, os visitantes tem a oportunidade de conhecer mais sobre a história e a biodiversidade da ARIE Mata de Santa Genebra, floresta de grande importância para região. O percurso tem aproximadamente 5 km, sendo 1,2 km de caminhada por trilha no interior da mata e 3,8 km pela estrada que contorna a floresta. Os visitantes devem obrigatoriamente trajar calça comprida e calçado fechado. É indicado ainda que os visitantes levem um recipiente com água, protetor solar e repelente para insetos.

Serviço:
Endereço: Rua Mata Atlântica, 447 – Bosque de Barão Geraldo
Mais informações e programação de atividades no site da instituição

Nota: É claro que em uma cidade do tamanho de Campinas há diversos outros pontos turísticos e locais a serem visitados, como os distritos de Sousas e Joaquim Egídio, a própria Unicamp citada na abertura do texto, o tradicional passeio da Maria Fumaça, a praça Carlos Gomes _ um dos cartões postais da cidade_, entre outros parques, bosques etc. Acesse nossa editoria “Turismo”.

Fotos – créditos: Taquaral – Patrícia E. Bonfim Marchiori (interna) / Carlos Bassan (home) / Torre do Castelo e Observatório – Marília Vasconcelos