Amor de Pet

Mau hálito: Pet também pode ter! Saiba como cuidar

9 de fevereiro de 2022

(*) Por Noêmia Gomes

Nós, tutores, procuramos cada vez mais dar a melhor qualidade de vida para nosso pets. Escolhemos a melhor ração, banho com shampoos especiais, a caminha mais macia, os potinhos comedouros mais fofos, bandanas modernas e passeios por diversos lugares para que eles se exercitem e interajam com outros bichos.

Porém, alguma coisa pode passar despercebida. Nem sempre nos atentamos ao “bafinho” deles, mas esse mau hálito pode indicar que algo não vai bem e é preciso procurar orientação de um especialista. Uma pesquisa recente mostrou que a maioria dos tutores não costuma escovar os dentes dos seus cães e, como consequência, pode surgir a halitose.

“Os dentes são extremamente importantes para os cães e gatos, por isso, eles dependem da saúde bucal em dia para poder comer, roer e brincar”, explica a médica-veterinária Priscila Rizelo. De acordo com ela, assim como nos humanos, o tártaro também está presente na boca dos cães e dos gatos. A escovação dos dentes é um desafio para os tutores, e acaba sendo menos frequente, motivando a formação da placa bacteriana decorrente do acúmulo de restos de comida entre os dentes.

Para saber tudo sobre o tema e descobrir como ajudar na saúde bucal dos nossos bichos, a veterinária Priscila tirou as principais dúvidas sobre tártaro em cães. Veja como prevenir esse problema:

1 – O que causa a formação de tártaro nos pets?

O tártaro nada mais é do que o acúmulo de placa bacteriana na boca dos cães. Como esse é um processo natural, a formação do tártaro é praticamente inevitável. Contudo, existem fatores que podem contribuir para que alguns cães acumulem mais tártaro do que outros.

“Se o tutor não tem o hábito de escovar os dentes do pet pelo menos uma vez ao dia, a placa bacteriana que se instala na superfície dos dentes sofre o depósito do cálcio presente naturalmente na saliva, formando o tártaro. O tártaro também pode ser a causa de outros problemas de saúde, por isso a higiene bucal e acompanhamento veterinário são essenciais para uma boa saúde”, alerta Priscila.

2 – Todos os cães têm as mesmas chances de acumular tártaro nos dentes?

Os cães de pequeno porte têm maior predisposição, e, entre eles, as raças braquicefálicas têm maiores chances de desenvolver o problema.

3- Como identificar o tártaro?

O tártaro não é tão difícil de identificar, pois sua presença é extremamente perceptível para os humanos. O primeiro, e mais comum, é o mau hálito. Outro sintoma que normalmente aparece são as placas amareladas ou esverdeadas próximas às gengivas ou entre os dentes. “Nesses casos, o acúmulo de tártaro ainda está em uma fase inicial, mas podendo evoluir para casos mais graves, que trazem diversas consequências para os cães, como dores e dificuldade para mastigar”, explica a médica-veterinária.

4 – Quais são os riscos que o acúmulo de tártaro pode oferecer?

O tártaro traz muitos problemas para os cães. O excesso de bactérias na boca pode desenvolver doenças mais sérias como gengivite, que é a inflamação das gengivas, e a doença periodontal, causando sensibilidade, dor, dificuldade de mastigação e até a perda dos dentes.

Além disso, as bactérias da boca podem fazer com que o pet desenvolva doenças graves, como endocardite, alterações renais, hepáticas e pulmonares.

5 – Como prevenir o tártaro?

A formação de placa bacteriana não tem como ser interrompida, por isso, a escovação dos dentes deve ser feita diariamente para evitar o acúmulo e a formação do tártaro. Incentivar o cão a roer brinquedos específicos para essa finalidade também é importante para a saúde bucal dele. Além disso, a escolha de um alimento adequado contribui para que o acúmulo de tártaro seja reduzido.

Como sempre lembramos aqui, mas não custa reforçar, é muito importante consultar um  veterinário regularmente para avaliar a saúde física e bucal do seu amigão.

(*) Noêmia Gomes é jornalista e comanda a sessão “Amor de Pet”

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