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Bosque dos Jequitibás terá remoção de 75 árvores e outras 33 serão reavaliadas

20 de julho de 2023

O manejo de árvores no Bosque dos Jequitibás, uma das principais áreas verdes de Campinas, começou na manhã desta quinta-feira, 20 de julho, após aval do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), ligado ao governo do estado de São Paulo. Os trabalhos foram iniciados pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Serviços Públicos, e devem seguir por aproximadamente duas semanas. Há cerca de 100 pessoas trabalhando.

O Bosque dos Jequitibás está fechado desde o dia 24 de janeiro, após a queda de uma árvore na Lagoa do Taquaral (principal parque de Campinas) ter causado a morte de uma criança. Todos os parques e bosques da cidade foram fechados nesta data em virtude dos riscos causados pelas chuvas na época. Antes, no dia 30 de dezembro de 2022, uma árvore do Bosque dos Jequitibás também caiu na avenida ao lado do parque, também causando a morte de um homem que passava de carro pelo local.

De acordo com a Prefeitura, após a conclusão do serviço, o Bosque poderá ser reaberto ao público, com segurança.

Fotos – crédito: Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas

A administração municipal informou que o diretor do departamento de Parques e Jardins, Luís Cláudio Mollo, esteve no local para acompanhar o início do trabalho. Ele explicou que, inicialmente serão removidas 75 árvores, em comum acordo com o relatório da Comissão de Estudos da Câmara dos Vereadores e do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema). A situação de cada uma de outras 33 árvores, também previstas no laudo do departamento de Parques e Jardins (DPJ), será reavaliada, do ponto de vista técnico, durante este período de manejo.

Também destacou que, mesmo com empenho para que o trabalho seja ágil, é preciso lembrar que o Bosque abriga animais, em recintos e de vida livre, além de imóveis como o complexo de museus, teatro, centro de educação ambiental, comércio, entre outros. “Estamos aqui com 100 funcionários e técnicos acompanhando o trabalho. Vamos fazer com agilidade, mas sem correria. Aqui há 200 animais, que não podem se estressar, há museu e outras edificações. O parque tem topografia irregular, que pode dificultar a retirada da galharia. E logo vamos reabrir o parque, que é o que todo mundo deseja”, disse.

Ainda de acordo com a Prefeitura, por ser tombado como patrimônio nas instâncias municipal e estadual, foi necessário aguardar a análise dos dois Conselhos, de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), municipal, e Condephaat, estadual, para iniciar o trabalho com as árvores. “Ontem à tarde (dia 19 de julho) recebemos a aprovação do Condephaat, e hoje (20 de julho) começamos o manejo”, completou o diretor do DPJ.

Segundo o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, a Prefeitura vai plantar 1.875 árvores para cumprir a legislação que determina que a cada árvore extraída, outras 25 devem ser plantadas. “Vamos plantar o número que for necessário no Bosque e o restante em praças da mesma bacia hidrográfica, ou seja, do Ribeirão Anhumas”, disse.

Mais sobre o Bosque dos Jequitibás

Uma das mais antigas áreas verdes de lazer de Campinas, o Bosque dos Jequitibás foi criado em 1884 por Francisco Bueno de Miranda, que manteve grande parte da vegetação existente. Adquirido pelo município em 1915, possui mais de 100 mil metros quadrados e cerca de 200 animais entre mamíferos, aves e répteis. Também tem um complexo de museus, Museu de História Natural, Casa dos Animais Interessantes e Aquário Municipal; o teatro infantil Carlito Maia; espaços como parquinho, centro de educação ambiental, lanchonetes, entre outros.

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