Por Sandra Racy
Histórias e memórias de Campinas estão ligadas ao ciclo da cana de açúcar e do café. Por onde andamos na cidade, com um olhar um pouco mais atento, encontramos sinais desses ciclos. Café e o cultivar não estão somente nas lembranças do campineiro. Infelizmente, o patrimônio relacionado a arquitetura sofre com a não preservação, mas ainda assim permanecem as lindas fazendas de café e locais como a Catedral Metropolitana e o Mercadão Municipal, que historicamente estão ligados ao café.
Todo esse contexto e também as pesquisas feitas no IAC (Instituto Agronômico de Campinas) podem ter proporcionado à cidade o que podemos chamar hoje de referência em café. Temos hoje em Campinas mais de 20 cafeterias em várias regiões da cidade, que tem nos seus serviços o carro chefe que é oferecer cafés de alta qualidade, além de cursos ligados ao cultivar.
Profissionais da área, já há algum tempo, tem escolhido a cidade para investir e empreender no que acreditam hoje ser uma área em crescimento. Para Amandha Ramos, que é idealizadora da marca Amandha Barista, e escolheu a cidade para empreender e investir, a formação do profissional é primordial para o sucesso.
Amandha é mestre de torras pela Academia do Café em Belo Horizonte (MG), e tem outras formações na área. A sua empresa de consultoria especializada em soluções para cafés especiais atua em várias regiões do país, mas a profissional escolheu a cidade de Campinas para disponibilizar seus conhecimentos através de curso, workshops e oficinas.
Foto – crédito: Karina Oliveira/divulgação
Hoje a profissional inicia um projeto em parceria com a Amiste Campinas. “ Escolhi Campinas por saber que a cidade evoluiu muito na área e que a região é bastante exigente, assim, há várias oportunidades”, ressalta.
Campinas é dividida em grandes regiões e distritos, e pensando nisso e no público que ali estaria, que o empresário Joel Hardeman Junior escolheu Barão Geraldo para empreender na área do café. Montou cafeteria especializada em cafés especiais, a 1727 coffeeroarsters, que serve café de várias regiões do país em métodos escolhidos pelo cliente ou indicado pelos baristas que ali estão. “Como um dos maiores polos de inovação tecnológica do país, e 10ª cidade com o maior PIB do Brasil, Campinas aguça nosso olhar empreendedor e nos induz a manter a expertise e excelência naquilo que nos propomos a fazer aqui”, comenta.
Foto – crédito: arquivo pessoal
Foi no bairro Cambuí, onde há uma concentração de bares noturnos e restaurantes, que os empresários Aline Kamibayashi Inácio e Felipe Tagore Kamibayashi Inácio escolheram para montar o Nama Café, conceito de slow coffe. Eles viram oportunidade pelo público que frequenta o local, apesar de saber que já havia outras tantas cafeterias no bairro. O Nama também serve cafés especias em métodos já conceituados e doces, que é a especialidade da empresária. A cafeteria tem também como diferencial o ambiente decorado por plantas, o que oferece uma sensação de aconchego ao lugar.
Foto – crédito: Thamiris Elena Antonio/divulgação
Para Felipe e Aline que vieram da área corporativa e fizeram alguns estudos sobre o segmento, Campinas é a cidade ideal para o investimento.
Para os empresários da área do café, a cidade se tornará em breve não somente uma referência em cafeterias e cursos, mas também em tours relacionados ao café, como os que a plataforma Próximo Passeio já faz em Campinas, e cidades da região que têm esse “ambiente cafeinado”.
(*) Sandra Racy é jornalista e barista
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