Hora do Café

Benefícios do café para a saúde

19 de maio de 2021

Por Sandra Racy

Café para acordar, para receber um amigo, para marcar um encontro, para refletir melhor, ou seja, café é motivo para várias ações durante o dia, e está presente na vida e cotidiano de milhões de pessoas. Como já se sabe, a bebida é a segunda mais consumida no mundo, perdendo apenas para a água.

Mas afinal, a bebida café é benéfica? Não raro vemos publicações que alegam que café faz mal à saúde, mas segundo Fabrício Borba, neurologista e neurofisiologista, a bebida pode ser benéfica, o que acontece é que o excesso do consumo diário não é recomendado.

“Café e cafeína são muitas vezes confundidos e são, na realidade, coisas diferentes. O primeiro é uma bebida que contém mais de 100 substâncias biologicamente ativas, que em conjunto podem trazer benefícios à sua saúde. A cafeína, por sua vez, é uma destas substâncias e embora possa ter também benefícios, o uso excessivo e para determinadas finalidades não é recomendado”, explica o médico.

Essas afirmações são baseadas em estudos internacionais, publicados em revistas e jornais ligados à medicina, como o “New England Journal of Medicine”, e que vamos clarear aqui para os consumidores, visto que a bebida é largamente consumida por apaixonados por café.

Segundo Fabrício Borba, os componentes importantes do café são polifenóis, cafestol e vitamina B3.

Os polifenóis do café possivelmente podem beneficiar o metabolismo, são como nutrientes e podem agir para prevenir algumas doenças. Já o cafestol, componente encontrado no grão de café, é uma substância que tem até mesmo em alguns casos capacidade de alterar o colesterol. Quanto à vitamina B3, ela faz parte daquelas que nosso corpo não produz, e assim estão presentes em frutas e carnes, entendendo que o café é uma fonte desta vitamina.

Já a cafeína, que é considerada uma substância estimulante para o cérebro, tem pico de ação variável de pessoa para pessoa, podendo variar entre  15 minutos a duas horas.

Variações na absorção e ação da cafeína são em parte genéticas, ou seja, passadas de pais para filhos, porém, também há interferência de uso de medicamentos, idade e tabagismo.

Os benefícios possíveis da cafeína incluem melhora da atenção, tempo de reação e vigília.

É importante saber que diferentes formas de preparo do café (filtrado, expresso, prensa e coado) podem modificar a quantidade das substâncias bioativas do café e ter efeitos um pouco diferentes no organismo de quem consome.

“É importante reconhecer que o café é um alimento e não um medicamento, não sendo formalmente recomendado no tratamento de qualquer doença. O seu consumo deve ser associado a hábitos de vida saudáveis incluindo sono adequado, alimentação saudável e prática regular de exercícios físicos”, comenta o neurologista.

Ainda de acordo com o médico, o consumo diário indicado seria de 3 a 5 xícaras regulares de café como potencialmente benéficos para indivíduos adultos no contexto de uma vida saudável. Para portadores de qualquer doença ou quem faz uso de medicamentos e está em situações específicas de saúde, como gestação, pós-operatório, dentre outros, é altamente recomendado que se consulte o seu médico sobre esse hábito!

Fabrício Borba é neurologista e neurofisiologista clínico (Unicamp), pesquisador e doutorando no departamento de Neurologia da Unicamp.

Para mais informações, é só acessar o instagram do médico: @neurologistacampinas.

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