Hora do Café

Cafe tradicional, gourmet e especial

13 de agosto de 2020

Por Sandra Racy

Para os apaixonados por café, basta um olhar mais atento para notar que são várias as publicações sobre a bebida, receitas, acessórios, etc. As ofertas de café tem crescido bastante nos supermercados, empórios, armazéns, e há opções para todos os gostos. As grandes marcas se renderam e lançaram várias opções de café especial e gourmet, mas quais as diferenças do que é ofertado aos clientes? Como distinguir o café tradicional para os que estão surgindo agora, como o especial e o gourmet? É isso que iremos desvendar agora.

A diferença entre gourmet e especial

O Programa de Qualidade do Café (PQC), da Associação Brasileira de Café (ABIC), categoriza os produtos a partir de níveis de qualidade do café, sendo: tradicional, nota igual ou maior a 4,5 e inferior a 6; superior, nota igual ou maior a 6 e até 7,2; e gourmet, nota igual ou superior a 7,3 e até 10.

Outra informação que pode ser importante para o consumidor é sobre o símbolo de qualidade do PQC, que informa o comprador sobre o perfil de sabor da bebida, que é dividido em 7 categorias: tipo (arábica e/ou conilon), bebida, torração e moagem, além de sabor, corpo e aroma.

Já o café classificado como gourmet é o de alta qualidade, com sabor e aroma mais suaves em virtude da seleção dos grãos e de torra controlada, e há ainda o café especial, que, de acordo com a metodologia de avaliação sensorial da SCA (Specialty Coffee Association), usada no mundo todo, café especial é todo aquele que atinge, no mínimo, 80 pontos na escala de pontuação  (que vai até 100), sendo avaliados os seguintes atributos: fragrância, aroma, uniformidade, ausência de defeitos, doçura, sabor, acidez, corpo, finalização e harmonia

O café classificado como especial se destaca pelos sabores e aromas que podem ser frutados, herbais e doces, como caramelo e chocolate.

Café tradicional

Dentro desse novo universo, já constatado há pelo menos uma década, devemos nos atentar então ao café tradicional, que é aquele considerado inferior, pois é composto por café arábica com alta incidência de defeitos e é vendido para as indústrias nacionais por preços inferiores.  Com esse café arábica chamado baixo são feitos blends, como o café conilon, até obter os padrões de café tradicionais, que se mantêm sempre os mesmos.

Tais cafés acabam se caracterizando pela moagem muito mais fina e uma torra bastante escura para disfarçar as imperfeições dos grãos. É o café preto que bebemos todos os dias ou quando vamos à padaria. O resultado dessa síntese é apenas o amargor do grão, por isso a necessidade de adoçá-lo.

Você já experimentou essas diferenças? Vale a pena, pois os aromas e sabores são realmente especiais.

Faça o teste e bom café!

Foto – crédito: Guilherme França – 1826 Films

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