Com todo estado na fase vermelha do Plano São Paulo neste fim de semana, dias 30 e 31 de janeiro, em que os serviços não essenciais, como restaurantes, bares, shoppings, comércio de rua e outros estabelecimentos, não podem funcionar com atendimento presencial, a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Região Metropolitana de Campinas) está realizando uma campanha para incentivar os clientes a pedirem pelo delivery ou fazer o pedido por telefone e retirar os produtos nos locais, ajudando, assim, na sobrevivência dos estabelecimentos que os consumidores gostam e costumam frequentar.
Em nova reclassificação do Plano São Paulo nesta sexta-feira, dia 29 de janeiro, a região de Campinas foi mantida na fase laranja, em que bares não podem funcionar, e restaurantes são permitidos durante a semana no horário até 20h, com 1h de tolerância em Campinas. Todo estado também está na fase vermelha nos dias úteis, das 20h às 6h. Inicialmente, as medidas vão até dia 7 de fevereiro, mas durante coletiva do governo estadual nesta sexta-feira (29), as autoridades informaram que, se as medidas forem cumpridas neste último fim de semana de janeiro e se os índices da pandemia continuarem baixando, como se verificou esta semana, uma nova reclassificação pode ocorrer na próxima sexta, dia 5 de fevereiro, com notícias positivas para os setores econômicos. Veja na reportagem.
A Abrasel informou que continua trabalhando junto com o governo federal para buscar alternativas de auxílio e resgate econômico financeiro para o setor. A secretária de desenvolvimento econômico do estado, Patricia Ellen, comentou na coletiva no Palácio dos Bandeirantes que está em conversa com os segmentos para trazer também ações emergenciais na parte econômica.
Em nota, a Abrasel informou ainda que não é a favor do desrespeito às leis e não está promovendo nenhum movimento para abertura dos bares e restaurantes no fim de semana, e que não apoia e não incentiva o desrespeito às leis. “Durante toda a pandemia, a Abrasel buscou conscientizar seus associados e influenciar a população a fazer o correto, seguindo todos os protocolos para evitar a propagação da Covid-19”, diz a nota. E reforça: “No caso específico dos municípios, a abertura ilegal na fase vermelha poderá acarretar problemas com a fiscalização por parte das prefeituras, uma vez que elas já reafirmaram que realizarão fiscalizações”, esclarece.
“As conquistas da Abrasel durante a pandemia, como a MP 936, os acordos coletivos de trabalho com o sindicato dos trabalhadores, a flexibilização da fase amarela em julho, a tolerância de duas horas em Campinas e agora de uma hora, somente foi possível por causa de uma atuação correta, ilibada e dentro da lei”, afirma o presidente da Abrasel RMC, Matheus Mason.
De acordo com a associação, o movimento e faturamento nos restaurantes e bares às sextas, sábados e domingos representam 60% para quem funciona diariamente com almoço e jantar e até 100% para quem abre apenas nos fins de semana. Já o movimento noturno nas casas – incluindo os dias de semana – responde por 54% do consumo do setor de alimentação fora do lar. Por outro lado, a venda por delivery corresponde a apenas 20% do faturamento, percentual insuficiente para pagar despesas, salários, impostos e aluguel.
Com a pandemia, o setor de alimentação fora do lar na RMC vem trabalhando desde o segundo semestre de 2020 com 60% das vendas, com perda de R$ 2,374 bilhões em faturamento acumulado no ano passado.
Um levantamento feito entre 24 de dezembro e 4 de janeiro aponta que 57% dos estabelecimentos não conseguiram pagar em dia despesas com impostos, aluguel, salários e fornecedores. Entre eles, 63% estão em atraso com o Simples Nacional. Apenas 19% estão funcionando como bufê, enquanto 76% estão com salão aberto e outros 16% atuam apenas com delivery ou retirada no local.
De março de 2019 até o momento, cerca de 4,2 mil bares e restaurante – 80% deles de pequenos empresários – fecharam as portas e 15 mil pessoas foram demitidas na RMC.
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