Gastronomia

Abrasel RMC teme por impactos nos empregos e finanças dos bares e restaurantes com volta à fase amarela

1 de dezembro de 2020

A volta de todo o estado para a fase amarela no Plano São Paulo, com redução de atendimento de 60% para 40% e horário de funcionamento até as 22h, deverá aumentar ainda mais os problemas financeiros dos bares e restaurantes, de acordo com avaliação da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (Abrasel RMC).

De acordo com a entidade, a medida anunciada pelo governo do estado também deve impactar nos empregos de final de ano e início de 2021, quando termina o apoio do governo federal, e considerou que o governo municipal foi sensível com o setor, mantendo duas horas extras (até meia-noite) para quem já se encontra dentro do estabelecimento.

Para a Abrasel RMC, a decisão do governador João Doria lembra decisões tomadas no governo Fernando Henrique Cardoso, quando a inflação começava a crescer, e o aumento da Taxa Selic foi segurada às vésperas das eleições. “Doria fez a mesma coisa agora. Se, eventualmente, as taxas de internações estavam subindo, subiram por conta da campanha política que levou de 5 a 10 milhões de pessoas trabalhando nas ruas por mais de 30 dias e não por causa dos comércios”, opinou Matheus Mason, presidente da Abrasel RMC. “Queremos transparência, observância com os protocolos, decisões baseadas em fatos, ocupação de leitos. Se tinha de fazer alguma coisa, deveria ter feito na hora certa, e não de domingo para segunda, depois da eleição”, complementou.

Desde março, quando o estado entrou em quarentena e os bares ficaram fechados por 141 dias, o setor informa que contabilizou 4,2 mil estabelecimentos fechados e cerca de 15 mil vagas eliminadas somente da RMC. Parte dos bares e restaurantes que voltaram a operar tiveram que recorrer aos planos de apoio do governo federal para pagamento de salários e sobrevivência do negócio, que estão começando a ser pagos neste final de ano.

Na área de atuação da Abrasel RMC, desde o avanço à fase verde, em outubro, o setor vem operando com 50% a 60% do faturamento na comparação com o período pré-pandemia, em processo de retomada. Uma pesquisa realizada pela Abrasel nacional junto aos seus associados apontou que 53% das empresas que abriram suas portas ainda estão tendo prejuízo. No estado chega a 65% das empresas funcionando no vermelho.

Ainda na avaliação do presidente da Abrasel RMC, a regressão da fase verde para a amarela na região de Campinas deverá trazer novos impactos para os estabelecimentos, mas diz que prefere esperar alguns dias para verificar a reação do setor.

Fonte: assessoria de imprensa

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