Após o governo de São Paulo anunciar novas restrições às atividades não essenciais, decretando fase vermelha nos feriados de Natal e Réveillon e respectivos fins de semana, nos períodos de 25 a 27 de dezembro e de 1º a 3 de janeiro, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (Abrasel RMC) divulgou uma nota em que afirma que o setor deverá sentir forte queda financeira, já que o mês de dezembro é considerado o melhor do ano do segmento, representando 20% do faturamento anual de bares e restaurantes, e festas de Natal e Réveillon representam 40% das vendas de dezembro.
De acordo com a entidade, em 2020, o prejuízo acumulado já chega a 60%, além de corte de 30% em contratações de mão de obra temporária para as festas de final de ano e férias.
A Abrasel RMC informou que o anúncio das medidas pelo governo pegou os comerciantes totalmente desprevenidos. Segundo a associação, a retomada à fase amarela decretada no início do mês, a restrição de horários de atendimento e proibição de vendas de bebidas depois das 20h impactou as vendas e faturamento no último fim de semana.
A nota diz ainda: “As restrições no final de ano são um duro golpe para todos os setores, especialmente para bares e restaurantes. O faturamento de dezembro costuma ajudar na recuperação do caixa para o pagamento de 13º salário e outras despesas. Sem venda, a Abrasel RMC vislumbra um cenário pessimista para o inicio de 2021, com bares e restaurantes sem caixa para pagar funcionários, impostos e parcelas de empréstimos de ajuda do governo que começam a ser cobrados em janeiro.
O setor já está bastante debilitado financeiramente, por conta da longa crise sanitária e financeira e o resultado pode ser ainda mais devastador do que o registrado ao longo da quarentena de mais de 140 dias, com quebra generalizada de pequenos e médios negócios e mais demissões no início do ano. A Abrasel RMC não compreende a incapacidade de planejamento e, principalmente a falta de transparência do Governo do Estado no gerenciamento da crise e controle da saúde pública, uma vez que em novembro a situação era de total controle, segundo o próprio Estado.”
“Parece que o governo não sabia que teríamos Natal e Réveillon e o governo não sabia disso para se planejar antecipadamente”, afirma Matheus Mason, presidente da Abrasel RMC.
Fonte: assessoria de imprensa
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