Dia dos Pais

Bares e restaurantes de Campinas já estão em funcionamento

7 de agosto de 2020

Atualizado em 10 de agosto

Com o avanço de Campinas para a fase amarela do Plano São Paulo desde sábado, 8 de agosto, os bares e restaurantes já puderam voltar a funcionar para atendimento presencial no fim de semana comemorativo de Dia dos Pais, após permanecerem por 139 dias fechados em virtude da pandemia do novo coronavírus.

Nesta fase, os estabelecimentos, que estavam atendendo apenas com serviço de delivery e drive thru, agora podem abrir ao público pelo período de 6h, com capacidade de 40%, e podem definir as 6h, corridas ou fracionadas, dentro do horário das 6h às 17h, e os locais devem ser ao ar livre ou arejados.

Há um pedido da Associação de Bares e Restaurantes de Campinas e Região (Abrasel RMC) para que os estabelecimentos pudessem abrir em horários com intervalo, ou seja, no período do almoço e jantar, das 12h às 15h e das 19h às 22h, mas, de acordo com o prefeito, há uma nova definição sobre esta questão dos horários pelo governo do estado e só será permitida a abertura até 22h a partir de 14 dias da região na fase amarela. Sendo assim, a previsão é de que no dia 21 de agosto o segmento possa ‘quebrar’ o horário.

Restaurantes de shoppings poderão funcionar de acordo com o horário de abertura definido pelo shopping.

Posicionamento do setor

De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Campinas e região (Abrasel RMC), mesmo com a reabertura autorizada, ao menos 25% dos estabelecimentos deverão permanecer fechados em razão da limitação de horário de funcionamento até as 17h.

Para Matheus Mason, presidente da Abrasel RMC, a reclassificação da região no Plano São Paulo era aguardada com grande expectativa pelos empresários do setor, e que o segmento está feliz em poder retomar suas atividades após quase cinco meses. “Mas esta retomada na região ainda não é suficiente para atender todo o segmento, uma vez que ele restringe o horário de atendimento até às 17h, prejudicando pizzarias, bares e botequins, que representam 25% dos negócios do setor de Alimentação Fora do Lar e que ainda deverão esperar mais duas semanas para voltar a receber clientes”, afirmou.

De acordo com pesquisa realizada nesta semana pela entidade junto aos associados, não é possível afirmar que os demais 75% dos estabelecimentos voltarão a funcionar já na próxima semana. “Com funcionamento apenas durante o dia vai continuar sendo difícil equalizar as contas”, acredita Mason. Ele ressalta que 54% das vendas, que representam em torno de 80% do faturamento, acontece após as 18h.

Mason lembra que a retomada do setor também deverá ser lenta. “Em outras cidades onde a reabertura já aconteceu, houve um movimento grande nos primeiros dias, mas regrediu nas semanas seguintes, com o faturamento girando em 30% a 35% antes da pandemia.

Ao longo da semana, o presidente da Abrasel RMC tentou junto ao prefeito de Campinas, que também é presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), autorização para que os bares e restaurantes pudessem dividir as seis horas permitidas para funcionamento em dois períodos – almoço e noite -, como autorizado na capital. “Embora este pedido não tenha sido contemplado neste momento, ficamos felizes com o fato de o prefeito ter dado uma data para que isso ocorra, mostrando transparência e dando previsibilidade para todo o setor se planejar com antecedência”.

Mason também ressalta a importância da reabertura já no final de semana, atendendo outro pleito da Abrasel RMC. “O prefeito mostrou sensibilidade com o setor ao permitir a retomada no final de semana do Dia dos Pais, uma data muito importante para os bares e restaurantes”.

Prejuízos

Ainda de acordo com a Abrasel, com atendimento presencial suspenso desde março, o setor foi fortemente impactado pela crise. Sem vendas, caixa e financiamento bancário, os bares e restaurantes, responsáveis por 35% do Produto Interno Bruto (PIB) regional da área de turismo, demitiram 22 mil funcionários. O número de estabelecimentos com operações encerradas chega a 4,5 mil, de acordo com os dados apurados.

Além das dificuldades atuais e sem horizonte para reabertura, o setor também deve demorar para se recuperar. Uma pesquisa recente divulgada pela IPC Maps indicou uma queda de 39,91% na expectativa de consumo com alimentação fora do lar neste ano.

Medidas de segurança e higiene

Durante o período de fechamento, empresários de bares e restaurantes aproveitaram para ampliar as medidas de higiene e segurança dos estabelecimentos, segundo a Abrasel, fazendo investimentos extras em meio a um cenário difícil, com queda nas vendas, enxugamento dos quadros de colaboradores e dívidas acumuladas.

“Mesmo diante de todas as adversidades e dificuldades, o setor está pronto para reabrir suas portas e esperamos que empresários e população tenham consciência da importância de uma volta segura e com responsabilidade, atendendo todos os protocolos para que a cidade não regrida de fase”, afirma o presidente da Abrasel RMC.

Além de material explicativo e de comunicação, uma cartilha de protocolo com 23 páginas elaborado Abrasel RMC também foi distribuída aos associados. Segundo o presidente da Abrasel RMC, esta ação também pretende estimular outros comerciantes do setor, que ainda não se adequaram, sobre a importância de adoção das medidas recomendadas pela entidade, para que não ocorra um regresso após a reabertura, como ocorreu com outros segmentos, causando ainda mais prejuízos, medo e desconfiança dos clientes.

Todos deverão ter a Declaração de Estabelecimento Responsável.

Protocolo do setor para a reabertura

– Ocupação máxima de 40% da capacidade do estabelecimento;
– Atendimento durante seis horas dia, até no máximo às 17h;
– Distância de 2 metros entre as mesas e de 1,5 metro entre as pessoas;
– Máximo de 6 pessoas por mesa;
– Atendimento apenas para clientes sentados;
– Uso obrigatório de máscaras por clientes e funcionários no estabelecimento (apenas quando estiver sentado em sua mesa, o cliente poderá deixar de utilizar a máscara);
– Proibir aglomerações;
– Disponibilizar álcool gel para higienização das mãos;
– Barreiras de acrílico devem ser instaladas nos caixas e balcões de alimentos;
– Temperos e condimentos devem ser fornecidos em sachês;
– Cardápios deverão ser disponibilizados digitalmente ou em quadros na parede.

Veja ainda:
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Fonte: com informações da assessoria de imprensa da Abrasel RMC
Foto: Unsplash/banco de imagens

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