Gastronomia

Comidinhas que são a cara de Campinas estão em destaque no 13º Guia Visitors

19 de abril de 2012

O Campinas e Região Convention & Visitors Bureau lançou nesta quarta, dia 18, a 13ª edição do Guia Visitors. O guia foi apresentado pelo novo presidente do CRC&VB, Sérgio Bicca. Voltado exclusivamente aos visitantes de negócios e/ou lazer, o guia traz atrativos, opções de lazer, circuitos gastronômicos e de compras que a região de Campinas oferece aos visitantes e fica a disposição nos quartos de hotéis associados ao convention. O material traz ainda cupons de desconto e novidades dos bares e restaurantes associados, mapa da cidade e das saídas para as principais rodovias que dão acesso à região. A novidade desta edição é que a matéria de capa traz a “cara de Campinas” no setor gastronômico, destacando ícones que fizeram história na cidade e que ainda agradam moradores e visitantes.

Você já se deliciou com churrasco com rúcula? Camarão a Saint Jacques? Gosta de um cafezinho de coador? Comeu pastel de salame com provolone? Já? Que bom, pois estes são alguns dos petiscos que estão no imaginário gastronômico campineiro… Se ainda não experimentou, esse é um bom roteiro para conhecer as delícias de Campinas. O site traz do papel para o online, as dicas que estão no 13ª Guia Visitors. Algumas são verdadeiras invenções locais e outras são surpresas gastronômicas irresistíveis, que ganharam fama até internacional: o famoso bolinho de bacalhau do City Bar, o camarão a Saint Jacques do Restaurante Rosário, o torresmo crocante do Candreva, o famoso pastel do Voga, o café sempre especial do café Regina, a rúcula do Hirata e muito mais.

Abaixo, segue a reprodução do roteiro que está no 13º Guia Visitors – Campinas e Região Convention & Visitors Bureau

Rúcula com churrasco: combinação por acaso

Os benefícios para a digestão da rúcula com o churrasco foram até estudados pela Unicamp e chamaram a atenção de gastrônomos de todo o país, garantem os proprietários do Hirata, uma das primeiras e mais famosas churrascarias de Campinas. São 38 anos de funcionamento. No início, o agrião era acompanhamento da picanha. Um dia, a hortaliça estava em falta e a rúcula foi uma sugestão para solucionar o problema. Nunca mais saiu do cardápio. Hoje tem produtor exclusivo.

A churrascaria cresceu, mas ainda se mantém na administração familiar: todos que trabalham na administração são parentes do Sr Hirata.  Ampliou o cardápio: abriu espaço ao peixe, camarão e muitos outros, mas a picanha com rúcula e cebola, continua sendo o prato mais pedido. Há variações: com palmito; com tomate; com tomate, palmito e ervilha; com alface; e sempre com cebola. A porção da sala para duas pessoas (bem servida) custa R$ 10,50.

Restaurante e Churrascaria Hirata
Carlos Augusto Barbosa de Oliveira, 325, Parque industrial – telefone: 3272-1070
Funcionamento: segunda à sexta, das 10h30 às 14h30 e das 17h30 às 23 horas. Sábados: 10h30 às 15h30; 18 às 23h30. Domingos e feriados: 11 às 15h30.

Camarão a Saint Jacques: de Campinas para o Mundo

A curiosidade e necessidade fizeram surgir em Campinas um dos pratos mais pedidos do Brasil: o camarão a Saint Jacques ‘nasceu’ no restaurante Rosário, que abriga 60 anos de tradição. O cozinheiro Paulo Rodrigues de Oliveira precisa inovar no cardápio, a pedido do dono do restaurante. Fez algumas combinações, em uma época em que o camarão era servido somente frito ou à milanesa e o requeijão cremoso ainda estava chegando ao mercado.

A delícia criada por Oliveira na década de 60 continua no cardápio é o prato mais pedido no Rosário: são camarões graúdos, recheados com requeijão cremoso, acompanhado de arroz com passas e creme de leite e batatinha palha. O clássico custa R$ 92,50, para duas pessoas.

Restaurante Rosário
Rua General Osório, 935/941 – Centro. Telefone: 3232 8400
Funciona todos os dias, das 11 às 23h30

O ‘melhor bolinho de bacalhau do mundo’

Você acha que o título acima é um exagero? Vá ao City Bar, na esquina mais conhecida da cidade. Pergunte a um dos centenas e ecléticos clientes que lotam o espaço (minúsculo) dentro do bar e muito amplo nas calçadas: todos concordarão.  São 12 mil unidades de bolinho de bacalhau por semana para consumo no bar (a R$ 3,90, cada) e para viagem, além de 400 tortas por dia (com preços entre R$ 40,00 e R$ 50,00). A de bacalhau é uma das mais pedidas, mas também tem de camarão, franco, com palmito, etc. Logicamente, acompanhadas pela “cerveja mais gelada do mundo”.

José dos Santos Antônio, proprietário da casa, até pode ter slogans meio exagerados, mas a qualidade que faz a fama de seus pratos é inigualável. Ele escolhe e pesa todos os dias os melhores ingredientes para seus partos. Os bolinhos, por exemplo, são feitos com bacalhau do porto e batata bintje, mais caros, mas melhores, salsinha e alho, selecionados. Estando em Campinas, impossível não conhecer o bar que funciona desde 1958!

City Bar
Av. Júlio Mesquita, 450 – tel: 3252 5296
Abre às seis da manhã e fecha quando sai o último cliente. De segunda a sábado. Domingos: fechado

Pastel que agrada de plebeus a presidentes

Quando o Voga foi criado, em 1940, era a casa de chá preferida pelos frequentadores do Cine Voga, que faziam do local um ponto de encontro muito elegante. O Bar Voga continua no mesmo local, para alegria de quem está habituado aos sabores dos “pastéis mais gostosos da cidade”.

Estes sabores conquistam plebeus, que todos os dias lotam as mesinhas (principalmente na calçada) e presidentes (Fernando Henrique Cardoso, adora), governadores (Mário Covas, Serra) e muitos outros.

Os pastéis foram introduzidos no cardápio em 1966. Hoje, são 19 sabores tradicionais, além do de salame com provolone (R4 4,60), bacalhau, opções doces. E cerca de 20 opções de sanduíches.

Bar Voga
Av. Anchieta 35 – Centro – tel.: 3234-6988
10 às 23 horas, exceto domingos.

Café de coador tem receita

Desde 1952, o Café Regina mantém sua clientela fiel com o mais autêntico café de coador, servido no copo, da cidade. Há o expresso e suas variações, mas é o de coador que domina os pedidos, em 95%, mais ou menos. A receita do sucesso é composta por quatro itens básicos: grãos São Joaquim selecionados moídos na hora, café coado na hora,  água com temperatura entre 96º e 98º e louça pré-aquecida.

Há pouco tempo, o espaço foi reformado, ganhou mais requinte e um balcão de 20 metros. É ali que passa a vida política/esportiva/econômica/social de Campinas. Os fregueses debatem de tudo. Todos se informam também com o jornal exposto em um quadro na frente do bar, também há muitos anos. O noticiário sobre os times do coração da cidade – Ponte Preta e Guarani – tem noticiário garantido!

Café Regina
Rua Barão de Jaguara, 1302, telefone: 3231-4079
Das 6 às 22h15, de segunda a sábado e das 7 às 21 horas, domingos e feriados.

Psicodélico: vedete do cardápio há quatro décadas

Psicodélico, rolha (roquete), envelope (pastel), entre outros. O Giovanetti é especialista em criar e/ou batizar as delícias que fazem o estômago dos clientes que lotam suas as três unidades do bar e pizzaria na cidade: Rosário, Cambuí e Dom Pedro. O lanche psicodélico, contudo, é a vedete do cardápio há cerca de quatro décadas!  

A receita do lanche é antiga e foi criada por um chapeiro do Giovannetti Rosário apelidado de Moleza. O funcionário, já falecido, ao notar o desperdício das pontas dos frios que não podiam ser fatiadas teve a ideia de cortá-las em pedacinhos e com elas rechear um pão. O resultado foi um sanduíche colorido bem ao estilo da psicodelia em moda nos anos 60. De lá para cá, o lanche foi acrescido de novos ingredientes, ganhou prêmios e não saiu mais do cardápio.

Os ingredientes do sanduíche são salsichão com picles, salsichão xadrez, mortadela, lombo cozido, salsichão lionês, presunto, rosbife caseiro, mussarela, tomate e azeitona. O corte no formato boca de anjo (média de oito pedaços, dependendo do tamanho do pão).

Giovanetti Rosário
Rua General Osório, 1059 – Centro – tel 3231 2830

Crocante, carnudo, quente. Torresmo para dar água na boca

O Bar Candreva é sinônimo de muitas coisas: tradição funciona desde 1964), samba (alguns dos melhores grupos da cidade) e um torresmo, que vez ou outra, é levado até em viagens internacionais, pois quem mora fora, sempre pede para um conhecido levar.

Crocante, carnudo e sempre quentinho, o torresmo tem outras características. A matéria prima – a panceta – é de primeira qualidade. Os proprietários acompanham desde o corte e se asseguram com a qualidade do mesmo fornecedor há muito tempo.

As porções caprichadas são servidas inteira ou meia, e cistam R$ 14,00 e R$ 8,00, respectivamente.

Bar Candreva
Av. Monte Castelo, n° 23; Jd Proença, Fone: 3232-7361
De terça a sexta, das 17 à meia noite. Sábados, das 9 às 18 horas. Domingos e feriados, das 9 às 16 h

A happy mais movimentada do Castelo

Uma happy hour movimentada, com pessoas de todas as tribos anima as esquinas das ruas Oliveira Cardoso e Miguel Penteado, diariamente, no Castelo; embora o sábado seja o dia mais concorrido. É ali que esta o Bar 1º de Abril, que funciona desde 1974. Começou como mercearia e se transformando em bar aos poucos.

Esbanja delícias. Os salgados são ótimos, as refeições também. Comida caseira e tempero, idem. Os lanches têm clientela cativa, especialmente o de pernil. A feijoada também atrai. Tudo selecionado, com caldo grosso e bem temperada, quarta e sábado (esteja frio ou calor), custa R$ 12,00 por pessoa, couve, torresmo, até a laranja.

Bar 1º de Abril
Rua Dr. Miguel Penteado, 440 – Jd Chapadão. Tel: 3241-9016.
Funcionamento: diariamente, das 7h à meia noite. No domingo, só até às 16 horas.

Fonte: Vera Marcelino – jornalista e assessora de imprensa do CRC&VB 

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