Atualizado em 12 de junho
A região de Campinas foi mantida na fase 2 – laranja – do Plano de SP de retomada consciente pelo Comitê do Coronavírus do Governo do Estado. Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o governador João Dória divulgou nesta quarta-feira, 10 de junho, a avaliação de quais regiões retrocedem, mantém ou avançam de fase, assim como adiou pela quinta vez a quarentena para até o dia 28 de junho (a prefeitura de Campinas também publicou novo decreto estendendo a quarentena para esta data).
As prefeituras da região de Campinas não poderão avançar na flexibilização das atividades até a próxima avaliação do governo, que acontece em 15 dias, ou seja, no final do mês. A decisão foi tomada por conta do aumento do número de casos confirmados, internações e de mortes na região, em especial, na cidade de Campinas.
O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, afirmou que a região está em estado de alerta diante da alta de casos e pode voltar à cor vermelha. “A região de Campinas, apesar de estar no nível laranja, tem uma tendência de evolução da pandemia com o crescimento de números de casos e internações. Ainda não superou esses índices e em sete dias nós podemos retroceder de fase nessa região”, afirmou Vinholi.
Campinas registra até sexta-feira, 12 de junho, 3.535 casos confirmados e 136 óbitos.
Com a avaliação do governo, o mapa do estado dividido por regiões apresentou algumas mudanças nas cores das fases:
Após a live do governo do estado, o prefeito de de Campinas fez uma transmissão ao vivo declarando que concorda com a manutenção da fase 2 – laranja – na região, principalmente porque está havendo aglomeração no Centro da cidade com a reabertura do comércio, podendo causar mais casos da Covid-19. “Há pessoas que estão em descompasso com o momento que estamos vivendo. Todos temos que colaborar, senão vamos voltar para a fase vermelha”, disse.
Para que Campinas e região não retroceda de fase, o prefeito disse que está tomando as medidas necessárias, como o aumento de leitos em hospitais, mas é preciso que a população colabore. “Peço que as as famílias que sabem quem está tendo esse comportamento [de descompasso], que nos ajudem”, pediu Jonas.
O prefeito disse ainda que pessoas que forem flagradas em festas e ‘pancadões’ serão multadas e terão o veículo apreendido. Os comércios que não cumprirem o horário estabelecido de funcionamento também serão multados.
Lembrando que, segundo o plano de retomada consciente, uma região só poderá passar a um maior relaxamento após 14 dias da mudança de zona, mantendo os indicadores de saúde estáveis por um período completo de incubação. E para regresso a fases anteriores, aumentando as restrições, a análise é de 7 dias.
Na retomada das atividades em Campinas, o comércio de rua pode abrir de segunda a sexta-feira, das 12h às 16h, atendendo com 20% da capacidade. Nesta quinta-feira, 11, será publicado no Diário Oficial que aos finais de semana o comércio poderá funcionar das 9h às 13h.
Os shoppings centers podem funcionar das 16h às 20h, com 20% da capacidade. Mesmo dentro dos shoppings, ainda não poderão funcionar praças de alimentação, cinemas, teatros, academias, salões de beleza e serviços de valet.
Igrejas e templos podem abrir, com 20% da capacidade, por quatro horas, mas o horário poderá ser estipulado por cada um. Eventos religiosos, culturais e educativos, como escolas bíblicas ou festas juninas, por exemplo, estão vetados. Está proibida a participação de pessoas com mais de 60 anos e/ou com doenças crônicas.
Escritórios, como os de advocacia, contabilidade, imobiliárias, engenharia, arquitetura e turismo, por exemplo, podem funcionar por quatro horas seguidas e atender com 20% da capacidade.
Com a manutenção da fase 2 – laranja – na região de Campinas, bares, restaurantes, salões de beleza, academias e centros de eventos ainda não podem funcionar.
A Associação Brasileira de Bares e restaurantes (Abrasel RMC) informou que vai entrar com uma ação contra o estado cobrando o embasamento técnico utilizado para negar o avanço quarentena para a faixa Amarela, que incluiria os restaurante. Segundo a entidade, já são 31,569 demissões e 3.877 estabelecimentos que encerram suas atividades nos mais de 70 dias de quarentena.
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