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Estação Cultura sedia a Campinas Decor 2011

9 de maio de 2011

Cartão postal da cidade e patrimônio histórico dos mais importantes do interior paulista, a Estação Cultura, no centro de Campinas, é a sede deste ano da 16ª edição da Campinas Decor, uma das principais mostras de arquitetura, decoração e paisagismo do interior do Estado. O evento começou na sexta-feira, 29 de abril, e vai até dia 12 de junho.

Para transformar o prédio em sede do evento, houve um investimento recorde de R$ 10 milhões. São 5,5 mil metros quadrados de área construída, 62 ambientes internos e externos preparados por 103 profissionais de Campinas, Americana, Jundiaí, Vinhedo, Santa Cruz do Rio Pardo e Sumaré. A expectativa é de que 35 mil pessoas visitem o evento, 10% a mais do que em 2010.

“A beleza e a história do cenário inspiraram os expositores, que prepararam um verdadeiro espetáculo estético para o público”, afirma a empresária Sueli Cardoso, uma das organizadoras da mostra. A outra sócia, Stella Pastana Tozo, acrescenta que os profissionais souberam tomar partido das características da estação, com espaços amplos, pé-direito alto e elementos arquitetônicos seculares. “O resultado é uma combinação perfeita do antigo com o moderno”, resume.

Além de preparar os ambientes que compõem a mostra, a organização e os expositores realizaram um amplo trabalho de conservação do prédio inaugurado em 1884, que é tombado pelo Patrimônio Histórico municipal e estadual. Em mais de dois meses de obras, cerca de 1.500 profissionais trabalharam na recuperação de pisos e revestimentos, consertos no telhado, portas e janelas, modernização das redes hidráulica e elétrica e recuperação das fachadas interna e externa. Do total de investimentos, estima-se que de R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões tenham sido gastos apenas na conservação do edifício, revertendo-se em benefício para o patrimônio público do município. Os valores representam o que foi investido entre organização, expositores, patrocinadores e fornecedores.

O trabalho respeitou as regras de tombamento, sem interferir no ambiente no sentido de descaracterizar o que existe atualmente no prédio. Todos os projetos foram examinados e aprovados por uma comissão do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) e da Coordenadoria Setorial de Patrimônio Cultural, de acordo com a organização.

A realização da Campinas Decor na Estação Cultura foi possível devido a um termo de permissão de uso firmado entre a organização do evento e a Secretaria Municipal de Cultura. O termo tem como objetivo a cooperação entre o governo municipal e a iniciativa privada para a conservação do prédio.

A Campinas Decor 2011 é a quarta edição consecutiva a ser realizada em um prédio tombado pelo Patrimônio Histórico e de propriedade pública. Desde 2008, o evento já ocorreu na Estação Guanabara (também uma antiga estação de trem) e nas dependências do Instituto Agronômico de Campinas (nas edições de 2009 e 2010, em locais diferentes). Em 2003, a mostra já havia recuperado o Lago do Café.

Vitrine de tendências

Os visitantes da Campinas Decor poderão conferir as novidades em tecnologia para ambientes residenciais e corporativos, avanços em relação à sustentabilidade e as tendências em arquitetura, decoração e paisagismo, como o uso de cores sóbrias pontuadas por objetos de decoração em tons fortes – como berinjela, vermelhos, amarelos e verdes- o uso de espelhos e vidros e a opção por revestimentos que imitam madeira. Outra tendência é o retorno de móveis com um certo brilho, quebrando a predominância do fosco notada nos últimos anos.

A sustentabilidade é um fio condutor para toda a mostra e pode ser notada na utilização de madeiras de reflorestamento, tintas à base de água e projetos luminotécnicos com baixíssimo consumo de energia, graças ao LED.

Dando continuidade ao projeto iniciado em 2009, a Campinas Decor 2011 tem entre seus ambientes o Studio Eco Decor. “A novidade deste ano é que o Studio não foi construído e sim adaptado à construção já existente. Dessa forma, o visitante que já possui um imóvel poderá aproveitar muitas ideias de como adaptar sua casa aos princípios da sustentabilidade”, explica a organizadora Stella Pastana Tozo.

A amplitude temática é uma das inovações em 2011. “Temos ambientes inspirados nas principais cidades do mundo, como São Paulo, Nova Iorque, Paris e Milão, além de três espaços preparados em antigos vagões, incluindo um vagão cozinha, que abriga o Botequim”, conta Sueli.

Por possuir diversos lofts e studios, a Campinas Decor 2011 valoriza uma das grandes tendências da arquitetura moderna, que é a integração dos ambientes. “Além de retratar o jeito de viver nas principais cidades do mundo moderno, os lofts e studios permitirão que os visitantes confiram o trabalho realizado por um mesmo profissional em espaços variados, como quarto, banheiro, sala e cozinha”, explica Sueli. Outro ponto inédito na edição 2011 é que o visitante irá encontrar espaços corporativos projetados para profissionais dos mais diversos setores, como médicos, publicitários, consultores de viagens e personal trainers.

A maioria dos móveis e objetos expostos na Campinas Decor poderão ser adquiridos pelos visitantes durante o período do evento, com descontos especiais.

Projeto “Novos talentos”

A organização da Campinas Decor reservou dois espaços para o projeto “Novos Talentos”, que já é uma tradição do evento e visa valorizar os profissionais que estão há pouco tempo no mercado, mas têm grande potencial criador (com até dois anos de formados). Os ambientes preparados pelos Novos Talentos são o Home Kids, assinado por Alessandra Nascimento e Cinthia Magar, e a Saleta dos Cristais, com projeto elaborado por Barbara Geraldino Teixeira e Renata Cristina Silva Ribeiro.

Estação Cultura

Inaugurado em 1884, o prédio da Estação Cultura foi a segunda edificação da Estação Campinas da Companhia Paulista de Estradas de Ferro que, devido ao crescimento da cidade e ao grande volume de passageiros e cargas, precisava ampliar suas instalações. O imponente edifício foi erguido com alvenaria aparente, utilizando tijolos importados da Inglaterra, no estilo típico de uma construção fabril. As telhas vieram da França.

Ao longo do século 20, o prédio recebeu diversas intervenções. Com a introdução das locomotivas elétricas, em 1922, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro substituiu a plataforma que continha uma única linha férrea e a estrutura de madeira com cobertura em telha francesa pela atual plataforma com duas linhas férreas e gare metálica.

Em 1971, o Governo do Estado de São Paulo estatizou e unificou a maior parte das estradas de ferro que operavam no Estado. Dessa forma, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro passou a ser denominada de Ferrovia Paulista S.A (Fepasa). Após a estatização, ocorreram mudanças gradativas, que no passar dos anos, descaracterizaram de maneiras diversas os ambientes da edificação.

A Estação manteve-se em operação até 2002, quando foi totalmente desativado o transporte de cargas e passageiros no local.

Serviço:

Campinas Decor 2011
Local: Estação Cultura. Praça Marechal Floriano Peixoto, s/n, centro
Data: de 29 de abril a 12 de junho
Horários de visitação: de terça a sexta-feira, das 14h às 22h; sábados, domingos e feriados, das 12h30 às 22h. A bilheteria fecha sempre às 20h30
Ingressos: R$ 26. Estudantes e idosos pagam R$ 18. Crianças de até 12 anos não pagam (a partir da terceira visita, o valor do ingresso é de R$ 14). Free-pass Campinas Decor: R$ 40, com visitas ilimitadas
Serviços disponíveis: Bar, restaurante, botequim, chocolataria, café, espaço para crianças e estacionamento com manobrista
Informações: (19) 3255-7744

Fonte: assessoria de imprensa

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