Carros

Avaliação: Hilux SRV 4×2 Flex

25 de junho de 2015

No final de 2014, a Toyota fez algumas mudanças na linha de picapes médias. Visando aumentar a sua competitividade na categoria, a Toyota inclui novas versões. Entre as novidades esta a versão SRV Flexfuel com tração 4×2, da Hilux. Essa é uma picape desenhada para um cliente bastante específico. Além disso, essa versão é a única picape média do mercado equipada com uma transmissão automática, acabamento topo de linha e motor flexfuel.

Mas a dúvida que fica é: ainda vale a pena comprar essa picape? Já é sabido que a Toyota oferecerá ainda esse ano a nova geração da Hilux. Para isso, o design será totalmente renovado. Novos para-choques, grade, faróis, lanternas, capô e ainda um novo interior mais luxuoso. Produzida sobre a nova plataforma TNGA (Toyota New Global Architecture), a nova Hilux ganhará também alguns centímetros extras tanto na largura como no entre-eixos.

Para a produção da nova geração da picape e de sua derivada SW4, a Toyota já anunciou o investimento de US$ 800 milhões na fábrica da Argentina, de onde os modelos virão diretamente para as concessionárias brasileiras no segundo semestre. Então, como fica a picape atual!?

Com a chegada já anunciada da nova geração, os preços das Hilux atuais estão literalmente “derretendo” nas concessionárias. Então, é comum encontrar picapes com mais de R$ 10 mil de desconto. Para quem quer fazer um bom negócio, esse pode ser o memento ideal.

O cliente desse tipo de picape Flex é alguém que trabalha com algum tipo de comércio que exige o transporte de grandes volumes. Podem ser donos de bares, arquitetos, representantes comerciais entre outros. Esse usuário dificilmente vai para regiões de difícil acesso, onde uma tração 4×4 é necessária. E por ficar muito tempo no ambiente da cidade, o diesel também não é uma solução muito prática seja pelo barulho, pela fumaça ou dificuldade de acha-lo em postos de cidade. Existe ainda a questão do conforto ao dirigir, uma vez que o diesel deixa o veículo mais “áspero” e com excesso de vibração. Então, a solução Flex automática é muito mais interessante para quem fica sempre no ambiente urbano.

Mas tudo isso não invalida a exemplar capacidade de carga, e resistência da picape da Toyota. Ele tem 5,25m de comprimento com 3,09m de entre-eixos. Mesmo para as aventuras da cidade, como lombadas, valetas, buracos e outros obstáculos, a picape da Toyota supera essas dificuldades como se elas não existissem. O ângulo de ataque da Hilux é de 30 graus e a altura livre em relação ao solo é de 22,2cm. E o ângulo de saída é de 23 graus. Tudo isso para transportar uma carga máxima de até 730 kg.

Motor e câmbio

A picape da Toyota vem equipada com um motor 4 cilindros VVT-i Flex de 2,7 litros – 16 v. Sua potência máxima é de 163 cavalos no etanol (@5.000 rpm) e 158 cavalos na gasolina (@5.000 rpm). O torque máximo é sempre de 25 kgfm @ 3.800 rpm. Na versão topo de linha SRV 4×2, esse motor esta associado a um câmbio automático de quatro marchas.

Essa configuração não beneficia tanto o uso de etanol. Na estrada, a melhor média é de 8 km/l. Na cidade, o consumo cai para 4,5 km/l. Já na gasolina a coisa melhora consideravelmente. Na estrada a média sobre para quase 11 km/l. Enquanto que na cidade, a média é de 7 km/l. Mas como o tanque comporta até 80 litros, a autonomia não é exatamente um problema. Mas o fato é que a picape e voraz por combustível.

Ainda que a tração seja apenas nas rodas traseiras, essa Hilux vem equipada com diferencial traseiro com sistema de escorregamento limitado (LSD). Isso garante que quando uma das rodas comece a perder tração, o diferencial transfira o torque para a outra roda, automaticamente. Além disso, a versão SRV incorpora também freios com ABS e o VSC (controle de estabilidade eletrônico). O VSC ajuda a corrigir a trajetória de picape, em situações onde as rodas começam a perder contato com o solo. Dessa forma o sistema atua através dos freios especificamente na roda que esta girando em falso. E também pode atuar no motor, limitando a força de tração nas rodas, para garantir a dirigibilidade.

Suspensão

A Hilux apresenta um conjunto de suspensão realmente resistente e parrudo. A suspensão é dura e pronta pra receber carga pesada na caçamba. O senão disso, é o maior desconforto para usar a picape na cidade, sem carga. Ela tende a “pular” demasiadamente em pisos irregulares.

Equipamentos

Por se tratar da versão topo de linha SRV, a picape sai muito bem equipada de fábrica. Ela traz vidros elétricos, computador de bordo, direção com assistência hidráulica e ajuste de altura e banco do motorista com regulagem elétrica. O sistema de ar-condicionado da Toyota é digital e automático de simples zona.

Outro destaque da picape é a central multimedia com tela sensível ao toque. O equipamento é bastante completo, mapas elaborados e funções adicionais, incluindo uma que ensina o motorista a dirigir de forma mais econômica. Além disso, a conectividade na Hilux é muito boa com entrada USB, SD-Card e iPod. Existem também controles do sistema de som no volante. O sistema oferece boa qualidade de áudio graças aos seis alto-falantes presentes no veículo. Essa central ainda conta com recepção de TV no sistema digital e câmera de ré integrada.

Outro recurso presente nessa versão é o acendimento automático dos faróis quando a luminosidade cai.

Preço

A versão SRV 4×2 Flex tem preço sugerido de R$ 108 mil. Não existem opcionais nessa picape. A garantia é de 3 anos, sem limite de quilometragem. Pesa a favor dessa picape o excelente valor de revenda, no mercado de usados. Então, se o cliente conseguir negociar um grande desconto sobre o valor de tabela, essa pode ser uma boa opção para quem precisa de uma picape média, para um uso urbano.

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