Em abril de 2014, a Mini comemorou cinco anos de Brasil. A marca inglesa reconhecida pela ousadia e design teve sua primeira concessionária aberta em 2009, na cidade de São Paulo. As operações começaram com o tradicional MINI Hatch. De lá pra cá, muitas coisas mudaram na família Mini, que cresceu consideravelmente. Hoje, são seis modelos (Hatch, Cabrio, Coupé, Roadster, Countryman e Paceman) que podem contar com quatro opções de motores (One, Cooper, Cooper S e John Cooper Works). Mas, se existe uma forma bastante resumida de descrever o carrinho divertido da marca, seria falar no espírito “GO-Kart Feeling”, ou dirigibilidade que lembra um Kart de competição. Outro ponto marcante do produto é a vasta possibilidade de customização. Assim, cada dono pode ter um Mini com o seu próprio estilo.
E pra comemorar esse marco tão importante, essa matéria traz um dos mais desejados modelos da família. Estamos falando do Mini Roadster, com a preparação da série John Cooper Works. Aliás, o modelo em questão chegou ao Brasil em 2012, junto com a variante Coupé. Porém, somente em 2013 foi lançada toda a família John Cooper Works. Trata-se da diferenciada linha inspirada em veículos de competição, onde os modelos trazem mais potência, kit aerodinâmico, suspensão ainda mais esportiva e detalhes exclusivos de estilo.
Não é novidade que no segundo semestre desse ano, chegará ao Brasil à nova geração dos modelos da Mini. Provavelmente recheados de novas tecnologias, e sempre mantendo o estilo super diferenciado do simpático carrinho que existe desde 1959. Somente a título de curiosidade, em 1994, o BMW Group assumiu a responsabilidade pela marca Mini. Então, para quem não quer esperar a nova geração do Mini, pode ir se divertindo com Mini Roadster John Cooper Works, foco dessa matéria e que figura entre os mais caros da família Mini.
O Mini Roadster é um pequeno carro, com apenas 3,7 metros de comprimento com apenas dois lugares. A principal característica (como todo roadster) é a capota retrátil. Mas esse Mini tem muito mais a oferecer.
Pra começar, estamos falando de um carro com estilo verdadeiramente único. Por fora, o visual é meio “quadradinho”. Afinal, o Mini é um carro com inspiração retrô. E esse estilo de resgatar o passado, é ainda mais marcante por dentro. É impossível não notar o enorme velocímetro central (que abriga também a tela para o sistema de GPS multimídia) herança do passado. Aliás, o interior do Mini Cooper parece ter sido desenhado sem uso de réguas ou esquadros. Dá a impressão do projetista só ter usado compasso e curva francesa. Quase tudo é circular, e aquilo não é, tem forma ovalada. E esse estilo continua pelas saídas de ar, mostradores, maçanetas, botões e porta-objetos.
Como o velocímetro fica bem no centro do carro, o motorista conta apenas com o conta-giros, no campo visual do volante. Dentro desse mostrador, na parte de baixo, é exibida a velocidade em formato digital, com informações do computador de bordo. O volante é regulável em altura e profundidade. O banco do motorista também traz ajuste de altura. Porém, todos esses ajustes são manuais.
O maior parte dos comandos estão no centro do carro, logo abaixo do enorme velocímetro. Eles seguem também o visual retrô. Mas isso tem um preço, pois quem nunca viu, ou usou um Mini, pode achar essa distribuição confusa. Os botões dos dois vidros, e do travamento das portas são pequenas chaves, que lembram os controles de um avião da década de 60. Esses ficam na parte mais baixa do console central. Mais botões semelhantes a esses, ficam na parte superior do espelho retrovisor interno, e servem para controlar a iluminação do carro. Junto a esses controles, o Mini possui dois LEDs que, ao toque de um dos botões, mudam de cor variando do laranja até o azul. Essa iluminação estende-se a lateral das portas dianteiras, passando pela parte inferior do console central e chegando ao descasa braço das portas. O cliente por escolher uma única cor, ou deixar o sistema mudando constantemente entre as cores do arco-íris. A chave de ignição tem formato inusitado pois parece um pirulito, e é usada em forma de cartucho. Depois de encaixada, um botão ao lado serve para dar a partida no carro.
Mas o Mini Cooper ainda pode oferecer muito mais. E é exatamente isso que a série John Cooper Works entrega: a diferenciação do Mini, elevada ao máximo! A designação John Cooper Works está ligada ao desenvolvimento de motores preparados para corrida. Em 1960, o lendário projetista de veículos esportivos teve a ideia de introduzir uma nova dose de prazer extra na condução cotidiana. Assim, as opções mais potentes do clássico Mini logo levaram seu nome. Hoje, a submarca JCW representa o exemplo da sensação de pista de corrida, num carro de rua.
Para isso, os Minis JCW recebem uma série de modificações para definir essa proposta apimentada. Entre as mudanças técnicas, destaca-se o turbo com mais pressão e escapamento dimensionado, além de diversos ajustes do motor e suspensão. O kit aerodinâmico também melhora o fluxo de ar tanto por cima como ao redor dos veículos, e ajuda no impacto visual. Mas as diferenças vão ainda mais longe.
A família John Cooper Works traz o interessante Sport Button. Com um simples toque, o motorista recebe um ajuste imediato na resposta da direção que fica mais direta e rígida. Também são modificados o curso do pedal do acelerador e o funcionamento da caixa de câmbio, reduzindo o tempo de troca das marchas em 0,5 segundos. Tudo isso para entregar o máximo de esportividade.
Claro que a parte mais empolgante desse modelo é o poderoso motor. Esse Mini vem equipado com um motor 1,6 litro – 16 válvulas com turbo twin-scroll de alta pressão. Assim, chegasse a impressionante marca de 211 cavalos de potência (a 6 mil RPM), com um torque expressivo de 28 kgfm (a 2 mil RPM). Associado a esse motor, um câmbio automático de seis marchas, que traz a opção das borboletas no volante, para trocas sequências. Esse conjunto faz o Mini Roadster JCW atingir a máxima de impressionantes 235 km/h. E a aceleração 0 à 100 km/h acontece em apenas 6,7 segundos. Números impressionantes para um veículo equipado com motor 1,6 litro!
E para que toda essa performance seja bem aproveitada, a série JCW traz freios mais potentes com pinças esportivas e discos maiores, Controle Dinâmico de Estabilidade incluindo o DTC (Controle Dinâmico de Tração) e o EDLC (Controle Eletrônico de Bloqueio do Diferencial), além de rodas de liga leve de 17 polegadas calçadas com pneus runflat. Por conta disso, o Mini não tem pneu de estepe. Os pneus de tecnologia runflat podem rodar por até 100 km em distância, numa velocidade máxima de 80 km/h, mesmo furados, para um reparo definitivo. E o motorista é avisado da perda de pressão do pneu pelo computador de bordo.
O Mini Roadster conta apenas com dois lugares. Outro detalhe que não passa “em branco”, e a capota de lona retrátil. Mas aqui cabe uma crítica. A capota é de acionamento manual, exatamente como acontecia nos carros conversíveis dos anos 90. Ainda que a operação seja muito simples e rápida, podendo ser feita com apenas uma mão, é muito chato, que num carro dessa categoria, o dono precise abrir e fechar a capota manualmente. Mas o fato da capota ser manual (economizando nos sistemas elétricos e automáticos para o acionamento) possibilita um porta-malas realmente amplo. São 240 litros disponíveis para bagagens, quer a capota esteja aberta ou fechada. Isso é espaço suficiente para duas malas médias. Assim, o Mini Roadster pode ser uma opção interessante para um casal fashion que gosta de viajar, em alto estilo.
É um fato incontestável que o cliente de um Mini Roadster, não escolhe esse carro para usar no dia a dia, nem pelo custo-benefício, ainda mais a série JCW. O cliente desse carro é alguém que leva a questão do “estilo” e a “esportividade” muito a sério. É alguém que quer ser diferente em ampla forma de sentidos. Assim, essa versão do Mini entrega o legítimo desempenho de um superesportivo, com a liberdade de um conversível, num carro super compacto e de estilo inconfundível. Claro, que tudo isso tem preço alto. O valor sugerido é de R$ 160 mil. Mas, para quem tem dinheiro, e não abre mão do estilo diferente, certamente não encontrará opção melhor e mais divertida que um legítimo Mini Roadster John Mini Cooper Works.
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