Carros

Mercedes-Benz Classe B

10 de fevereiro de 2014

Lançado no final de 2012, a atual geração do Classe B foi o primeiro exemplar de uma geração nova de carros compactos, desenvolvida pela Mercedes Benz. O Classe B compartilha tecnologia com o atual Classe A, bem como o recém-lançado CLA. Atuando no segmento de monovolume compacto de luxo, é um modelo que busca oferecer mais espaço interno, mantendo a condução agradável e estimulante, para quem busca um “algo mais” num monovolume. Aliás, outra característica marcante do modelo é justamente a elevada esportividade, em sua dirigibilidade.

O Classe B faz parte de uma nova era tecnológica de os automóveis compactos da Mercedes-Benz com tração dianteira. Trata-se de uma iniciativa identificada pelas iniciais NGCC (de New Generation of Compact Cars). Atualmente, a versão disponível para venda no mercado brasileiro é o B 200 Turbo Sport, foco dessa avaliação.

A melhor forma de caracterizar o Classe B é definindo-o como um carro compacto, com grande vocação familiar, destinado ao cliente que não abre mão de exclusividade e esportividade. Assim, o Classe B é a tal da minivan sofisticada e com “pegada”. Ficou clara a preocupação da Mercedes em deixar o modelo bastante esportivo. E para isso, o carro ficou mais baixo, porém mais largo e longo que a geração anterior.

Seu estilo é marcante, reforçado por elementos como faróis bi-xenônio com lanternas em LED, grade dianteira com frisos transversais e acabamento em preto brilhante, ponteira dupla do escapamento cromada e rodas de liga leve com 18 polegadas, que deixam amostra os discos de freios perfurados com pinças pintadas em cinza.

Um fato muito importante no Classe B é o baixíssimo coeficiente aerodinâmico, de apenas 0.26. Com esse coeficiente, é possível economizar mais de um litro e meio de combustível (a cada 100 km rodados). E isso se reflete num carro até 6% mais econômico que a geração anterior do Classe B.

Outra característica marcante no modelo, é a posição dos assentos mais ereta. Essa configuração, juntamente com o rebaixamento do piso, permite espaço realmente generoso para as pernas, de quem vai sentado no banco traseiro. Segundo a Mercedes, a medida que se equipara ao espaço traseiro dos modelos das classes S e E. O Classe B reforça sua eficiência com grande capacidade no porta-malas. São 488 litros no total.

O interior vem com acabamento diferenciado. O painel de instrumentos, por exemplo, tem acabamento em couro sintético. Chama à atenção as três grandes saídas de ar redondas bem no centro. Elas tem design inspirado em turbinas de caças. Ainda na parte alta do painel, existe uma tela colorida do display multifuncional. Porém essa tela não é touch-screen, como esperado pela maioria dos usuários. Também não oferece sistema de GPS embarcado.

O volante de direção é revestido em couro. Já o painel de instrumentos é composto por quatro mostradores analógicos redondos, num estilo bastante clássico. Enfatizando o caráter esportivo, os bancos trazem também costuras contrastantes além do revestimento em couro sintético e os pedais são em aço escovado.

O Classe B está equipado com um motor de nova geração. Trata-se de um motor turboalimentado à gasolina de quatro cilindros com sistema de injeção direta. Mesmo com 1,6 litro, ele consegue entregar 156 cavalos de potência. Porém, o mais interessante é torque máximo de 250 Nm, disponível a partir de apenas 1.250 rpm (quase o regime de marcha lenta).

Junto com o motor, está um sofisticado câmbio robotizado de dupla embreagem que a Mercedes define por 7G-DCT. Com sete marchas, ele permite aproveitar ao máximo o desempenho do motor. O sistema de dupla embreagem faz as trocas de marchas de modo muito rápido, sem interrupções na força de tração, lembrando muito o funcionamento de um câmbio automático. Isso com a economia e performance de um câmbio manual. O motorista ainda pode optar por fazer trocas manuais. Para isso, basta usar os paddle shifts localizados na parte de trás do volante. O conjunto de motor e câmbio do Classe B permite uma aceleração até 100 km/h, em apenas 8,4 segundos. E a velocidade máxima é de 220 km/h.

Certamente, um dos pontos de destaque do Classe B é a eficiência na economia de combustível. O par motor + câmbio, além da alta eficiência aerodinâmica, permitem a esse carro fazer até 14 km/l com um litro de gasolina. Essa média é obtida na estrada, com velocidade constante de 120 km/h e ar-condicionado ligado.

Um detalhe interessante no Classe B é que a tradicional alavanca de câmbio (que fica geralmente no centro do carro) foi substituída pelo sistema Direct Select. Esse permite a operação de funções por meio de uma haste posicionada atrás do volante. Essa mudança, em conjunto com o freio de estacionamento com acionamento elétrico, libera espaço no console central. Isso permitiu a inclusão de mais porta-objetos.

Para quem gosta de fortes emoções ao volante, mas sem correr riscos, a Mercedes-Benz implantou no Classe B a última geração do programa de estabilidade eletrônico. O ESP9 utiliza frenagem de torque vetorial para estabilizar a tendência do carro sair de traseira, ao fazer curvas em alta velocidade. Além disso, impulsos no volante ajudam o motorista a controlar o carro nessas situações. O objetivo dos engenheiros da Mercedes-Benz foi tornar sutil a intervenção do ESP, mas sem eliminar o prazer de guiar. Motoristas com mais experiência podem andar mais rápido, enquanto os menos experientes, com um estilo de direção agressivo, serão advertidos a tempo sobre os limites físicos envolvidos na condução.

Outro diferencial do Classe B é a direção elétrica inteligente. O motor elétrico do sistema de assistência está agora ligado diretamente ao volante. A direção elétrica atua de forma progressiva, aumentando a resistência do volante à medida que a velocidade do carro aumenta. Esse sistema também contribui para reduzir o consumo de combustível, pois a função de auxílio à direção só requer energia (e elétrica) quando o volante é movimentado. A versão Turbo Sport conta também com o recurso da direção direta, que modifica o raio de voltas necessárias no volante. Em baixas velocidades, o condutor precisa girar menos o volante para mover as rodas. Em altas velocidades, precisa de mais movimentos, suavizando efeitos bruscos e melhorando a segurança.

É importante destacar que o Classe B utiliza pneus do tipo Runflat. Assim, o veículo não tem estepe. Esse tipo de pneu permite continuar rodando por uma distância de até 100 km, numa velocidade máxima de 80 km/h, mesmo com o pneu furado. Também é equipamento de série o aviso eletrônico da perda de pressão dos pneus.

Do ponto de vista de segurança, o Classe B se sai muito bem. Tanto o motorista, como passageiro da frente, contam com airbags dianteiros e laterais, além de airbags para proteção dos joelhos. No total, o carro vem com sete airbags.

Outro equipamento muito útil é o Brake HOLD. Ele mantém o freio acionado (depois que o carro parou), sem necessidade de pressionar o pedal até que o carro seja reacelerado. Está presente também o Hill Hold function que evita que o veículo recue ao arrancar em uma subida. Esse último é fundamental em carros com câmbio robotizado de dupla embreagem.

Mas o Classe B não é um carro barato. E faltam algumas coisas, que são esperadas nessa categoria de veículo como: ar-condicionado digital e automático de dupla zona, GPS embarcado com tela touch screen, bancos com ajustes elétricos e teto-solar. O preço sugerido da versão é de R$ 124 mil.

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