O Citroën DS3 inaugurou a linha DS no Brasil. A sigla DS, que vem de Design Studio, propõe produtos com escolhas mais radicais de estilo, sensações e requinte. E é exatamente isso que o DS3 entrega.
Segundo o fabricante, o DS3 se caracteriza por apresentar um estilo radical, que se torna exclusivo graças ao amplo leque das personalizações propostas. Além disso, o modelo tem um tipo peculiar de direção, que se propõe a unir dinamismo e controle. O DS3 concorre diretamente com os compactos Audi A1 e Mini Cooper, porém o produto da Citroën traz uma receita um pouco mais interessante, principalmente no quesito custo-benefício.
Estilo
O estilo do DS3 salienta a personalidade do carro. Seu caráter se afirma por meio de criações originais como o teto “flutuante”. Isso se dá pelo desenho lateral, onde os vidros predominam, ocultando as colunas de sustentação do teto. Outro detalhe de estilo são as “barbatanas de tubarão” que dinamizam a área da coluna B nas laterais. Um outro detalhe que chama a atenção, são as luzes de posição diurna (ou daytime running lights), composta por filetes em LEDs, na dianteira do carro. Importante observar que essas ficam acesas somente com lanternas e faróis apagados.
Fica claro que o DS3 buscar oferecer uma atmosfera diferente a bordo. A instrumentação é composta por um painel com três indicadores cônicos, além de comandos de condução próximos a mão do motorista. A posição de direção é mais baixa e os assentos produzem a atmosfera de “cockpit” de um carro de competição. Alguns materiais cromados ressaltam o estilo diferenciado do carro.
Existem várias personalizações disponíveis para o DS3. Na verdade, cada proprietário pode criá-lo à sua maneira. Entre as opções de customização estão: acabamento do painel (em quatro cores), pomos da alavanca de câmbio que seguem a cor do painel, adesivos de teto, rodas, além de áreas externas personalizáveis.
A dianteira sugere movimento com os faróis em formato de bumerangue e identificam o DS3 como membro da família Citroën. Durante o dia, uma assinatura luminosa com seis LEDs verticais (luzes diurnas) de cada lado da tomada de ar destaca a personalidade do DS3.
O logotipo DS é disposto acima da grade. A traseira dá ênfase à robustez, sem descuidar da esportividade enfatizada pelo aerofólio com break-light (conjuntos de LEDs) e pela dupla ponteira de escapamento.
Motor e Câmbio
O ponto alto do projeto esta o motor turbo, muito parecido ao de outros carros da PSA, como o Peugeot RCZ, 3008 e 408. Trata-se de um motor quatro cilindros 1,6 litro – 16V THP (Turbo High Pressure) com injeção direta de combustível, fruto da parceria entre PSA Peugeot Citroën e BMW Group. No DS3, ele desenvolve 165 cavalos de potência máxima a 6.000 RPM e 24,5 Kgfm de torque já a 1.400 RPM. Entre os carros da Citroën no Brasil, o DS3 foi o primeiro produto com esse motor THP.
Uma característica interessante desse motor é o sistema Overboost (sobrepressão). Trata-se de um recurso do motor que, ao ser ativado, aumenta temporariamente a pressão do turbo, garantindo ainda mais potência. No caso do DS3, está disponível em 3ª, 4ª, 5ª e 6ª marchas, aumentando o valor nominal de torque para 260 Nm. Como esse sistema é totalmente automático (e não pode ser desligado), o motorista não tem como perceber a diferença no funcionamento.
O Citroën DS3 utiliza o novo câmbio manual de seis marchas (MCM), caixa de concepção moderna e que privilegia a precisão de engates e o silêncio na utilização. Vale destacar que o DS3 é único membro da família DS com câmbio manual. E justamente por isso, o mais divertido para dirigir.
Com esse conjunto “motor turbo e câmbio manual de seis marchas”, o DS3 se mostra um carro realmente ágil. Segundo dados divulgados pela marca, o DS3 realiza a aceleração de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e tem velocidade máxima de 219 km/h. Na estrada (em condução suave, com velocidade média de 120 km/h) o consumo fica em torno de 14 km/l, informado pelo computador de bordo.
Interior
Para aproveitar ao máximo os seus 3,95 m de comprimento, 1,71 m de largura e 1,48 m de altura, o DS3 traz uma arquitetura inteligente. O painel é sobrelevado para privilegiar o espaço para as pernas, enquanto os assentos com desenho moderno favorecem o espaço de atrás. É bem verdade que isso melhora muito o espaço das pernas na frente e ajuda também no espaço traseiro. Mas, ainda esta um pouco longe da promessa de “propor cinco verdadeiros lugares”, pregada pela marca. No banco traseiro, duas pessoas de até 1,7m conseguem se acomodar com relativo conforto. Até existem 3 cintos e 3 encostos de cabeça. Mas conseguir levar três adultos no banco traseiro, é outra história.
Ainda sim, o DS3 conta com portas-objetos múltiplos (entre os quais um porta-luvas de 13 litros) e porta-malas modulável, graças a um banco traseiro bi-partido 2/3-1/3. Na configuração normal, o porta-malas tem 280 litros, o que é muito bom para essa categoria de produto.
O DS3 vem de fábrica com rádio CD Player MP3 com entrada USB, Jack P2 e Bluetooth, além de comandos satélite do som, instalados atrás do volante. Os recursos do sistema são interessantes e qualidade do som, pode ser considerada boa. E para aqueles que ainda esperam um algo mais, o DS3 traz um perfumador de ambiente, como outros modelos da Citroën.
Personalização
A exemplo da receita do Mini Cooper e do Audi A1, o DS3 também pode ser personalizado para ficar mais próximo do estilo do seu dono. As opções das cores e a oferta de acessórios propostos asseguram um toque de exclusividade. São disponíveis oito opções de cores: três sólidas – Blanc Banquise (branca), Rouge Aden (vermelha) e Jaune Pégase (amarela); além de cinco metalizadas: Noir Obsidien (preta), Gris Aluminium (prata), Gris Shark (cinza), Bleu Belle-île (azul) e Rouge Erythrée (vermelha). Pode-se ainda optar entre quatro cores para os centros das rodas: preta, amarela, vermelha e branca.
Dentro do carro, a faixa do painel, que engloba os aeradores e o acabamento do painel de instrumentos, pode ser personalizada com quatro cores (preta, branca, amarela e vermelha). Estas mesmas cores também estão disponíveis para a manopla da alavanca de troca de marchas. Com várias possibilidades de personalização, cada DS3 pode se tornar único. Como exemplo, o “plip” da chave de ignição comporta uma pastilha colorida que reproduz a cor externa.
Para acentuar ainda mais seu caráter exclusivo, o DS3 inova propondo vários temas de personalização. Adesivos de teto representam modos de vida e tendências. Eles configuram, através de leves toques, a carroceria e o espaço interno. São eles: Plane, Onde, Map, Tribe, e as faixas Natural, French Touch e Furtif.
O DS3 ainda vem equipado com pneus Michelin Pilot Exalto de alta reatividade e precisão de condução. As dimensões 205 45/R17 foram escolhidas para aliar um comportamento dinâmico superior a um estilo (design) mais esportivo. Em conjunto com esses pneus esportivos, esta uma suspensão relativamente firme. Ela só não é mais dura que a do Mini Cooper. Porém, o DS3 é claramente mais firme que o Audi A1. Certamente, homens que gosta de carros com pegada esportiva, vão adorar o DS3.
Segurança
O Citroën DS3 se apresenta como um carro bastante seguro. Ele traz de série programa de estabilidade eletrônico; freios com ABS, Repartidor Eletrônico de Frenagem (REF) e a Ajuda à Frenagem de Emergência (AFU); seis airbags e fixações Isofix nos lugares laterais traseiros. Para plena comodidade do motorista, o DS3 inclui outros equipamentos de ajuda à direção tais como o regulador/limitador de velocidades e indicador de mudança de marcha.
Preço e pós-venda
O Citroën DS3 tem preço inicial de R$ 79.900 e possui 3 anos de garantia contratual e 12 anos de garantia anticorrosão perfurativa. O carro ainda conta com plano de manutenção com Preços Fixos, programa de pós-venda para as revisões em intervalos regulares de 10.000 km. Os proprietários do DS3 tem a possibilidade do parcelamento dos custos em quatro pagamentos mensais.
O DS3 traz uma ótima relação custo-benefício, quando comparado aos seus concorrentes diretos Audi A1 e Mini Cooper. Mas o que fica muito claro é que, no mercado brasileiro, a Citroën voltou a oferecer um carro verdadeiramente esportivo e com dirigibilidade diferenciada. Isso não acontecia desde que a marca tinha tirado de linha o Xsara VTS, que vinha equipado com motor 2,0 litros – 16 válvulas de 167 cavalos, pouco depois do ano 2000.
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