Compactos divertidos

Essa matéria é pouco diferente das demais que costumamos fazer. O objetivo é colocar três diferentes opções de carros hatch-back, sempre na configuração de 4 portas e câmbio manual, com potência próxima, e preço variando entre 40 mil à 50 mil. O objetivo não é comparar produtos, mas sim colocar seus diferenciais para os clientes que procuram um hatch-back mais divertido com um “algo mais”.

Para isso selecionamos três modelos, que fogem da rotina dos hatch-backs. O primeiro (e mais barato) é o Sandero GT Line. Como o próprio nome sugere, é uma versão com roupagem esportiva. O segundo é o Citroën C3 Tendance. Ainda que não seja uma versão especial, a própria marca o coloca como um hatch-back Premium em função dos itens exclusivos. Como destaque tem-se o parabrisa super ampliado. E o terceiro (e mais caro dos três, além de recém-lançado) é o Volkswagen Gol Rallye, uma série especial com apelo esportivo “off-road”.

Entre as características em comum, todos já saem completos de fábrica com os principais itens de conforto. Eles trazem ar-condicionado sempre com controle manual, vidros com acionamento elétrico, travas elétricas, direção com assistência, air-bags dianteiros e freios com ABS. Todos também trazem rádios com conexões USB e P2. Também tem como característica comum, o fato de não oferecerem sistema de GPS como equipamento de série. Outro ponto equivalente, é o fato dos três modelos serem equipados com câmbio manual de cinco marchas e motores 8 válvulas sempre Flex.

Renault Sandero GT Line
A versão batizada de “GT Line” tem como tema um visual esportivo. As mudanças estéticas no Sandero GT Line foram concebidas pela equipe do Renault Design América Latina (RDAL), o primeiro estúdio de design da marca, no continente americano.

Por fora, os destaques são os faróis com máscara negra e de neblina com moldura preta. O novo pára-choque frontal também foi desenvolvido exclusivamente para a versão GT Line. Nas laterais estão presentes adesivos esportivos fixados na parte superior das portas, avançando sobre os para-lamas. Os retrovisores são na cor preto brilhante e as rodas 15 polegadas liga leve tem cor preta fosca e desenho exclusivo. Na parte traseira, tem-se um aerofólio na cor preto brilhante junto ao teto, lanternas traseiras escurecidas e defletor de ar no pára-choque traseiro.

No interior, destaque para a presença do vermelho nos cintos de segurança e nas costuras dos bancos. Mesclando um tom escuro, com costuras vermelhas, o tecido dos assentos conta ainda com desenhos em relevo, realizados por meio do processo de gravação a calor conhecido como “Embossagem”. Os encostos de cabeça dianteiros possuem a inscrição “GT Line”. No quadro de instrumentos, o relógio do conta-giros se destaca do restante do conjunto por apresentar um fundo branco, em contraste com o ponteiro na cor vermelha.

O Sandero traz o um motor de boa potência. Trata-se de um 1,6 litro que a marca batiza por Hi-Flex. Inclusive, ele é o mais otimizado para utilizar etanol, graças a sua compressão 12:1 (quanto maior, melhor para o etanol). Assim, sua potência máxima é de 106 cavalos à 5.250 rpm. Na gasolina cai um pouco, para 98 cavalos. Já o torque máximo tem pouca variação, indo de 14,5 kgfm (gasolina) à 15,5 (etanol) obtido à 2.850 rpm. Cerca de 85% do torque já está disponível em 1.500 rpm, o que significa uma redução do consumo de combustível de 10% na cidade, além de arrancadas e retomadas mais ágeis.

Com apenas 1.055 kg de peso, o Sandero GT Line apresenta boa performance, para quem gosta de acelerar o carro. De 0 à 100 km/h são 11 segundos e velocidade máxima de 174 km/h. Sua média de consumo também é boa. Na estrada com etanol, fica próximo de 10 km/l. Com gasolina sobe para quase 13 km/l. Com um tanque de 50 litros, sua autonomia é muito boa.

O espaço no banco traseiro é muito bom, aliás, o melhor entre os três, principalmente em relação ao teto. Seu porta-malas também é o maior de todos, com 320 litros. Realmente, espaço não falta. Porém o acabamento do porta-malas é rústico e não existem redes de acomodação de pequenas cargas.

Em matéria de equipamentos, o Sandero traz todos os principais equipamentos de conforto, sendo: direção hidráulica; alarme; travamento elétrico das portas com controle remoto e banco do motorista com ajuste de altura. O modelo ainda inclui detalhes como comando interno para abertura do tanque de combustível e encostos de cabeça para todos os cinco ocupantes.

Mas, até por ser o mais barato dos três modelos apresentados aqui, alguns detalhes deixam a desejar como: a coluna de direção apenas com ajuste de altura; acionamento elétrico apenas nos vidros dianteiros; espelhos laterais com controle manual e um computador de bordo mais simples.

Já o rádio CD-Player é bem completo. Trata-se do mesmo rádio que também equipa o Duster. Assim, ele oferece entradas USB (para pen-drives); tipo P2 (para conectar reprodutores de música com fio) além da conectividade Bluetooth, tanto para viva-voz, como streaming de música (tudo sem fio). O equipamento ainda conta com prático comando do sistema de áudio atrás do volante. Todas as funções principais do rádio e viva-voz, podem ser controladas por ele.

O Sandero GT Line também conta com a dirigibilidade mais esportiva, entre os três. A direção é a mais dura e suspensão a mais firme. A sensação de estabilidade também é maior na estrada, principalmente em velocidade. Porém, o conforto fica um pouco mais reduzido, quando o assunto é suavidade. A posição de dirigir, também deixa um pouco a desejar. Ele traz pneus na medida 185/65 de raio 15 polegadas.

O Sandero GT Line tem garantia total de 3 anos, sem limite de quilometragem. Seu preço é R$ 40,7 mil num pacote fechado, sem opcionais. A única coisa que o cliente podeadicionar de fábrica, é a pintura metálica por R$ 880. Assim, o preço máximo do modelo chega à R$ 41,5 mil. A nova versão GT Line será comercializada em quatro opções de cor: Branco Glacier, Vermelho Vivo, Prata Etoile e Preto Nacré.

Citroen C3 Tendance
A marca posiciona o novo C3 como um carro do segmento de compactos premium. Porém, a versão apresentada aqui é a intermediária. E ainda que o carro seja o mais sofisticado dos três, os seus equipamentos, o desempenho e o preço, ficam dentro da faixa escolhida para essa matéria.

De cara, o C3 traz dois equipamentos totalmente exclusivos: O para-brisa Zenith e as luzes de sinalização diurnas em LEDs. Essa última (que não tem a função de lanterna) só fica acesa quando o motor esta ligado, e as lanternas e faróis estão apagados. O objetivo é melhorar a visibilidade do carro, para outros motoristas e pedestres.

Já o para-brisa Zenith é único em toda categoria. Ele permite a expansão do comprimento da peça de 99 cm para 1,35 m, avançando sobre o teto. Isso aumenta o ângulo de visão superior para mais de 80 graus. Assim, o motorista e o passageiro passam a ter uma percepção realmente ampla da visão frontal. Dá pra ver quase tudo que está acima do carro. Essa visão pode ser alterada, com o simples “puxar” de uma cobertura. Construída com plásticos rígidos, essa proteção na posição estendida deixa a visão frontal igual a de um para-brisa normal. A proteção pode ser deixada em qualquer ponto do seu trilho, permitindo uma escolha livre entre a visão normal ou ângulo máximo vertical.

O parabrisa Zenith também tem os seus poréns. Se durante o dia o item é uma super inovação, a noite ele vira um problema. Com o sistema deslizante móvel, a Citroën suprimiu a tradicional lâmpada de leitura, que fica próxima ao espelho retrovisor interno. Assim, se alguém quiser ler, ou procurar algo no carro a noite, terá apenas duas luzes de cortesia que ficam nas laterais das portas, acima dos vidros. Essas luzes são muito fracas e mal conseguem iluminar a região do console central.

Outro problema é a inexistência de espelhos de cortesia em ambos os parassois, presentes na cobertura corrediça. Nem o motorista, ou passageiro tem esse mimo. E para muitas mulheres, que não tem onde retocar a maquiagem, isso realmente incomoda bastante. Por fim, ainda falta a alça de segurança no teto para o passageiro da frente, e os parassois não podem ser girados para o lado, ao contrário do que acontece em todos os outros carros. Mas para tranqüilizar os futuros compradores, a marca informa o valor de R$ 1.465,00 para a substituição do mesmo, em caso de avaria.

É certo que o C4 tem o interior mais sofisticado dos três modelos apresentados aqui. Pra começar, traz um painel com cinco saídas de ar arredondadas. A saída central serve para direcionar o ar para o banco traseiro. Os mostradores do painel trazem iluminação em tom branco, feita por LEDs, o que proporciona alto contraste. O desenho moderno do interior proporciona amplo espaço para pernas no banco dianteiro (aliás, o maior da categoria) E para surpresa de todos, também oferece o porta-luvas com maior espaço, capaz de acomodar uma bolsa feminina média.

O C3 é o único com motor 1.5 litro entre os três. Este motor chega à 93 cavalos de potência máxima com etanol (a 5.500 rpm). O torque máximo é de 14,2 kgfm (com etanol) a 3.000 rpm. Contudo, 86% do torque já está disponível a 2.000 rpm. Um fato importante é a conquista da classificação “A” no programa “Etiqueta Nacional de Conservação de Energia”, do Inmetro. Esse motor registrou consumo médio de 7,5 km/l com etanol e 11,5 km/l com gasolina, o que o coloca na liderança do seu segmento. Para o ciclo rodoviário, a etiqueta “A” indica respectivamente 9,3 km/l e 14,7 km/l. Com um tanque de 55 litros, a autonomia é muito boa. Aliás, o motorista tem que usar a chave para abrir o bocal do tanque. O C3 tem peso de 1110 Kg, e com um motor mais fraco, não dá para esperar tanto desempenho. A aceleração até 100 km/h acontece em 12,5 segundos e a máxima é de 173 km/h.

O espaço no banco traseiro é intermediário entre os carros apresentados aqui. O porta-malas também tem espaço intermediário, com 300 litros de capacidade.

Outro diferencial do C3 é a direção com assistência elétrica. Ela é a mais leve de todos e permite manobrar o carro com total facilidade. Aliás, o C3 é em todos os sentidos um carro que foca o conforto. Desde a suspensão macia, até o estofamento de maior qualidade e maciez. Na versão Tendance o C3 está equipado com pneus 195/60 R15 e rodas de liga-leve diamentadas em tom cinza. Todos os pneus vem de fábrica com tecnologia “verde”, com o objetivo de diminuir o coeficiente de resistência ao rolamento.

Quanto aos equipamentos, o C3 Tendance oferece um bom pacote. Os quatro vidros tem acionamento elétrico, porém apenas o do motorista conta com simples toque. Não existe o recurso de levantar ou fechar os vidros pela chave. Os retrovisores laterais trazem regulagem elétrica, o banco do motorista tem regulagem de altura e a coluna de direção tem ajuste de altura e profundidade. O computador de bordo traz as principais funções e todos os cinco ocupantes contam com encosto de cabeça. Mas falta a regulagem de altura para os cintos de segurança dianteiros.

O rádio CD Player também merece atenção. Ele é compatível com MP3 e WMA, traz conexão Bluetooth tanto para viva-voz quanto streaming de áudio e portas USB e entrada P2. Fornecido pela Pioenner, exclusivamente para Citroën, o rádio traz a função “Hifi-like” que promove a espacialização das ondas sonoras. Além disso traz comando satélite na coluna de direção para controlar funções de áudio e telefonia.

Seu preço é de R$ 45 mil e já inclui tudo. O único opcional é a pintura metálica R$ 1 mil. Existe ainda uma cor especial, que é o branco perolizado por R$ 2 mil. Sua garantia também é de 3 anos, sem limite que quilometragem.

Volkswagen Gol Rallye 2014
O Novo Gol Rallye chega agora ao mercado como parte da linha Volkswagen 2014. Esta é a quarta versão Rallye, da história do Gol. A primeira edição surgiu em 2004 (G3) como primeiro hatch-back de visual aventureiro do mercado brasileiro. A segunda geração veio em 2007 (G4), e a terceira em 2010 (G5). Agora, a quarta geração chega com o novo design da família Gol.

Certamente, o grande diferencial é o design externo. Ele traz novo para-choque pintado na cor da carroceria e incorpora os grandes faróis auxiliares de dupla função (neblina e longo alcance) com aros cromados e borda inferior com a pintura Chrome Effect. Os faróis de dupla parábola têm moldura escurecida. As carenagens dos espelhos retrovisores, com luzes indicadoras de direção, ganharam também a pintura Chrome Effect. Na traseira, alguns detalhes como o para-choque que traz um aplique central em Chrome Effect. A região da placa traseira é coberta por um adesivo preto fosco, mesma cor adotada no defletor de ar instalado sobre o vidro traseiro.

O interior traz o teto revestido em tecido com tom escuro cinza antracite. Mais detalhes são percebidos como a pedaleira esportiva em alumínio e painel de instrumentos com nova pintura. As maçanetas internas das portas também são pintadas. Os bancos do Gol Rallye são forrados com tecidos que utilizam fios de PET reciclado. A faixa central é destacada, com detalhes em baixo relevo e o logotipo Rallye bordado. Opcionalmente, os bancos podem ter revestimento “Native”, também com logo Rallye bordado. O porta-malas é totalmente revestido de carpete e possui lâmpada de cortesia e rede para fixação de volumes. De série também vem a coluna de direção com ajuste de altura e profundidade.

O Gol Rallye esta equipado com o tradicional motor 1.6 litro VHT. Abastecido com etanol o motor tem potência máxima de 104 cv a 5.250 rpm e torque máximo de 15,6 kgfm a 2.500 rpm. Quando está abastecido com gasolina são 101 cv e o torque de 15,4 kgfm as mesmas rotações da gasolina. O Gol Rallye acelera de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos e atinge a velocidade máxima de 181 km/h (em quinta marcha) com etanol.

Garantindo a agilidade na transposição de obstáculos, o Novo Gol Rallye foi elevado em 28 mm em relação à versão 1.6, sendo 23 mm na suspensão e 5 mm com os novos pneus 195/50 R16. Os amortecedores e molas são exclusivos. A suspensão elevada destaca as novas rodas de liga leve de 16 polegadas, com pintura preto brilhante e acabamento diamantado (opcionalmente, na cor prata escurecida) e pneus 195/50 R16. Detalhe importante: os pneus não são de uso misto, como acontece nos carros Cross da marca.

Opcionalmente, o Gol Rallye pode ter volante multifuncional com comandos do rádio e do I-System. Na versão I-Motion, o volante pode incluir shift paddles para troca manual de marchas. O novo rádio inclui CD-player com MP3, entrada USB e conexão Bluetooth para telefone celular com áudio streaming, que possibilita ouvir músicas armazenadas no telefone celular. É oferecido de série o pacote conforto, que inclui alarme central, travamento com controle remoto, espelhos com regulagem elétrica, vidros traseiros elétricos e ar-condicionado. Entre os opcionais são oferecidas a forração em couro com banco traseiro bipartido, a função Coming and Leaving Home de controle automático dos faróis e a lanterna de neblina traseira.

Assim como as demais versões do Gol, a Rallye também traz a nova arquitetura eletrônica. Entre eles, o ECO Comfort (opcional), que orienta o motorista a dirigir de forma mais econômica, por meio de mensagens no painel. Outro recurso é o “Comfort Blinker”, que possibilita ao motorista, com um leve toque na alavanca de seta, indicar a direção que pretende ir, sem necessariamente acionar a alavanca de seta completamente. Assim, o sistema aciona a seta por três vezes seguidas e indica a intenção de troca de faixa.

Quando equipado com ajustes elétricos dos espelhos retrovisores, o Novo Gol Rallye traz a função “tilt down”, que regula automaticamente o espelho retrovisor do lado do passageiro, apontando para o meio-fio toda vez que a marcha à ré é engatada.  De série também no Rallye, o sensor de aproximação de obstáculos traseiros está ligado ao novo rádio (opcional) e exibe na tela a silhueta no formato da carroceria do veículo (visto de cima), exibindo uma barra que vai se aproximando do veículo à medida que a distância do obstáculo diminui.

O preço do Gol Rallye parte de R$ 45,8 mil. Com todos os opcionais, sobe para perto de R$ 50 mil. A garantia do modelo é de apenas 1 ano, sem limite de quilometragem.