Carros

Ford lança novo Fusion Flex 2.5

28 de fevereiro de 2013

Por Jorge Augusto

A Ford apresentou em Florianópolis (SC), a nova versão do seu sedan de luxo, o Novo Fusion Flex. Equipado com um motor Duratec 2.5, esse é o primeiro carro na categoria a trazer a opção bicombustível. A nova versão, desenvolvida especialmente para o Brasil, estará disponível para venda a partir de março na rede de distribuidores Ford.

Mas o diferencial do sedan é o novo patamar para o termo “completo de fábrica”. Além de estrear o motor flex nesse segmento, essa versão do Fusion vem com super pacote de equipamentos de fábrica. Aliás, nenhum concorrente direto traz a quantidade de tecnologia embarcada que a versão recém apresentada oferece.

Por quê Flex?

Mas antes de falar das várias características, é importante entender o motivo dessa versão Flex. Numa categoria onde o cliente não está muito preocupado com a economia de combustível, todos os concorrentes têm motores a gasolina e a vantagem de se utilizar etanol aparece apenas em 4 estados brasileiros, e, ainda sim, de forma incerta, qual o motivo da Ford ter lançado um sedan de luxo Flex?!

Oswaldo Ramos, gerente de Marketing da Ford, explica que o fato do carro ser flex é um fator competitivo a mais. E mesmo com o futuro do etanol incerto, ele dá a opção do cliente mudar de combustível, se necessário for. Além disso, o carro flex tem o lado ecológico e ainda é beneficiado com uma taxação mais baixa.

Muita tecnologia

Certamente o grande diferencial do Fusion Flex é a tecnologia embarcada. Entre os vários equipamentos, destaque para o sistema de conectividade SYNC com tela de 8 polegadas touchscreen, sistema de navegação (GPS) com mapas do Brasil, conexão Bluetooth para celular, duas entradas USB, conexão de memória SD Card para atualização dos mapas e entrada de áudio/vídeo no padrão RCA. Além disso o sistema ainda aceita comandos de voz em português (do Brasil) para funções de áudio, ar-condicionado, navegador GPS e telefone.

Assim como a antiga geração do Fusion Hybrid e o Edge, o novo Fusion traz no mostrador do painel, duas telas de LCD, que podem ser configuradas com as informações desejadas pelo motorista. Trata-se do sistema MyFord Touch. O único mostrador analógico é o velocímetro, no centro. Essas duas telas digitais podem exibir diversas funções como: computador de bordo, conta-giros, indicador de consumo, informação das músicas reproduzidas, interface do celular entre outras. E todas as funções são controladas por teclas instaladas diretamente no volante do carro.

Para máximo conforto do motorista, o banco vem com ajuste elétrico em 10 posições diferentes e três memórias, incluindo a posição dos retrovisores laterais. A direção tem regulagem de altura e profundidade. O conforto continua com o ar-condicionado digital e automático de dupla zona e saída de ar para o banco traseiro.

O Fusion incorpora um dispositivo de código na porta, que permite abrir e trancar o carro sem a necessidade da chave. Esse teclado numérico vem embutido na coluna da porta do motorista, e se acende com a aproximação da mão.

Outro equipamento que merece atenção é o sistema de chaves personalizáveis, My Key. Um pai, por exemplo, pode dar uma chave “personalizada” ao filho. Quando o carro for ligado com essa chave, o sistema pode ser programado para limitar a velocidade máxima na qual o carro pode andar, bem como o volume máximo do som. O recurso também é útil com manobristas.

Apesar da grande quantidade de equipamentos presentes no Fusion, faz falta um farol com sistema Xenon e uma chave de partida presencial. Ainda sim, não dá pra reclamar dos equipamentos da versão Flex, do Fusion.

Motor e câmbio

Esse motor 4 cilindros do Fusion Flex é uma evolução do antigo motor 2,5 litros à gasolina do Fusion anterior. Aliás, esse motor é muito parecido ao da nova Ranger Flex. Porém, a engenharia da Ford destaca que no Fusion a calibração é diferente e voltada para o conforto. A potência máxima desse motor é de 175 e 167 cv com etanol ou gasolina respectivamente, obtidas em 6 mil rpm. Junto com o motor, vem a mesma transmissão automática de 6 marchas, com opção de trocas manuais, que também equipa o Ford Fusion EcoBoost, topo de linha.

O novo motor Duratec 2.5 Flex tem bloco e cabeçote produzidos em alumínio. Também conta com comando variável de abertura das válvulas de admissão (iVCT) e a adoção de uma bobina de ignição por cilindro para otimizar a eficiência da combustão. Outro detalhe importante desse motor é o bom torque com pico de 237/228 Nm a 4.500 giros, com etanol e gasolina.

Esse conjunto de motor mais transmissão estão adequados para o sedan. Ainda que desempenho não seja fora do comum, atende todas as necessidades da proposta do veículo. A transmissão consegue também colaborar no conforto da condução e na redução interna de ruídos.

Estilo

Além de um visual muito bonito que lembra os modelos mais recentes do Aston Martin, o novo Fusion traz ainda outros detalhes como lanternas traseiras em LED. Além de bonito, o carro tem um desenho eficiente quando o assunto é a aerodinâmica. Ele tem uma resistência ao ar muito baixa, com o menor coeficiente de arrasto da categoria, de apenas 0,28. E a Ford levou isso muito a sério, criando um módulo na dianteira do carro, atrás da grade frontal, que fecham aletas de ar, para melhorar a penetração aerodinâmica. Essas aletas são como as venezianas de janelas. Quando o carro esta na estrada, e necessita de menor refrigeração, elas se fecham, diminuindo o arraste. E na cidade, elas se abrem para melhorar a refrigeração do motor. Apenas esse sistema aumenta a eficiência do conjunto em 6%.

Espaço

O Fusion é um carro grande é confortável. Ele tem o maior comprimento (4.871 mm) e a maior distância entre-eixos da categoria (2.850 mm), quando comparado aos concorrentes diretos. O principal benéfico é espaço no banco traseiro para as pernas. O porta-malas com 514 litros também contribui, além de contar com um sistema de abertura da tampa que não invade o compartimento de bagagem

Todos os bancos contam vem encosto de cabeça ajustável – em quatro direções nos dianteiros e em duas direções no traseiro. O banco traseiro tem encosto bipartido e rebatível (na proporção 60/40), com apoio de braço central e porta-copos integrado. Três pontos de força de 12 V permitem a conexão de aparelhos eletrônicos. Trava elétrica com controle remoto e abertura e fechamento global, acionamento dos vidros elétricos com um toque e abertura interna do porta-malas são outros itens de série.

Segurança

O Novo Fusion estabelece um novo patamar para a categoria quando o assunto é segurança. Segundo a Ford, ele recebeu nota máxima nos testes de impacto realizados pelas duas principais agências norte-americanas de segurança veicular. A National Highway Safety Administration (NHTSA) classificou o veículo com cinco estrelas nos testes. Ele também conquistou o título Top Safety Pick+ do Insurance Institute for Highway Safety (IIHS) que indica a melhor escolha do segmento em termos de segurança.

Para isso o Novo Fusion 2.5 Flex conta com oito airbags (2 frontais, 2 laterais, 2 do tipo cortina e dois para os joelhos dos bancos da frente). O air-bag de joelho para o passageiro do banco da frente é inédito na categoria.

Além dos tradicionais controles de estabilidade e tração e freios com ABS, o modelo traz assistente de partida em rampa (que mantém o freio acionado por alguns segundos para que o veículo não deslize), câmera de ré com sinalização na tela do SYNC, sensor de estacionamento traseiro e sistema de monitoramento de pressão dos pneus.

Preço, concorrentes e mercado

A estratégia de Ford é oferecer um carro mais do que completo, na categoria. Assim, o Ford Fusion 2.5 Flex chega em versão única, com preço de R$92.990. Seu único opcional é o teto solar que custa R$ 4 mil. A Ford declara como principais concorrentes os coreanos Sonata e Optima e o Peugeot 508. Prováveis concorrentes que ainda não chegaram ao Brasil são o Chevrolet Malibu e o Nissan Altima (mostrados no salão do automóvel de 2012, em São Paulo) Ainda que a Ford enfatize que o Volkswagen Jetta Tsi não é um concorrente direto, ele acaba caindo na mesma faixa de preço.

Essa nova opção busca ampliar ainda mais a presença do novo Fusion. Porém, cabe destacar que o primeiro catálogo da versão EcoBoost custa R$ 99,9 mil, ou seja, apenas R$ 7 mil a mais, oferecendo um motor bem mais potente (com 240 cavalos) e mais alguns equipamentos. O fato incontestável é que essa nova versão do Fusion certamente vai trazer clientes mais jovens à Ford. Essa categoria de sedan, geralmente tem clientes na faixa de 50 anos. Mas o Fusion, com um design realmente jovem, e uma enorme quantidade de eletrônica embarcada, certamente deve atrair um cliente mais novo na faixa dos 40 anos. Além disso, a campanha de marketing do carro, que envolve uma série de quatro filmes com a participação dos pilotos Nelson Piquet e Nigel Mansel, também devem reforçar o conceito de esportividade e jovialidade do carro. Outra questão é que o Fusion vai continuar sendo um carro mais masculino, que feminino.

A nova versão está disponível em sete cores: a metálica prata Dublin e as perolizadas branco Sibéria, preto Bristol, cinza Berlin, vermelho Bordeaux, vermelho Vermont e azul Carmel. A garantia do carro é de 3 anos. A Ford ainda informa um dos valores de seguro mais baixo da categoria. Pela seguradora Mapfre, o valor é de R$ 3.365. A Ford não informa o mix de vendas das versões, mas afirma que a versão mais vendida será a Flex, seguida muito de perto do EcoBoost com tração dianteira e finalizando com um volume menor do topo de linha com tração integral.

 

  

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