Cultura

K-pop: o estilo de dança da Coreia do Sul que faz sucesso entre os jovens

1 de junho de 2021

Por Vitória Silva

K-pop é a abreviação de Korean Pop, ou seja, o pop sul-coreano. O gênero musical surgiu nos anos 1990 com o trio Seo Taiji and Boys, que ousou ao misturar os elementos do pop ocidental em suas músicas e inaugurou o K-pop como conhecemos hoje.

Por conta dessa mistura da musicalidade ocidental, a maioria das músicas tem frases e palavras intercaladas com a língua coreana, o que acaba facilitando o engajamento do público desse lado global.

O estilo musical sul-coreano vem ganhando cada vez mais espaço no mundo todo e os grupos covers se espalham. Eles são compostos por meninas ou meninos e um grupo ou outro é misturado.  “A estética tanto sonora quanto visual dos grupos são bastante diferentes entre si e mesmo entre os grupos femininos ou masculinos existem diferentes conceitos”, explica Bruna de Oliveira, professora de dança K-pop e estudante de graduação em dança pela Unicamp e ainda líder de um grupo que se dedica ao estilo, o ICON-E. Os conceitos são a escolha estética de cada música, como, por exemplo, o “conceito fofo”, “conceito sexy”, “conceito retrô”, entre outros.

O K-pop é um território em que os produtores que estão envolvidos se arriscam a fazer coisas diferentes. “O K-pop tem essa característica experimental, tanto na estética dos clipes, que são muito coloridos, bem produzidos, os figurinos usados pelos artistas, quanto na própria música, com estruturas diferentes, e também o que se é usado para compor as canções, como as batidas e melodias”, conta a professora.

Os cantores do grupo K-pop são chamados de Idols (ídolo em inglês). Os Idols lançam bastante tendência entre os k-poppers, que são os fãs. “A galera gosta de usar roupas parecidas, os cabelos coloridos, mas principalmente na coreografia”, explica Brunna, seu nome artístico, com dois “n”. “Tem a dança como uma parte bastante importante, principalmente as músicas que sempre tem um passo principal, mesmo que você não saiba a coreografia, vai lembrar do passo, pois marca um momento da coreografia e que até vai poder brincar com os amigos”.

Os covers tem uma presença muito forte na dança dentro do K-pop. Como o grupo ICON-E, de Americana, que surgiu entre 2012 e 2013, com Brunna e mais uma prima, amantes de K-pop, que queriam montar um grupo para fazer cover e criaram uma página no facebook. A partir da página, apareceram duas pessoas interessadas. Com as oficinas gratuitas que o grupo forneceu, Bruna convidou duas meninas que participaram e se destacaram para serem as novas integrantes. E lá se vão quase sete anos da existência do grupo, atualmente com cinco integrantes: Brunna, Bea, Mary, Nath e Delly. Todas com nomes artísticos.

Recentemente, o grupo desenvolveu o Laboratório K-pop, um projeto com incentivo da Lei Aldir Blanc de fomento à cultura do governo federal com recursos direcionados aos artistas e seus projetos culturais. Com o objetivo de incentivar pessoas que curtem o trabalho K-pop a desenvolver trabalhos artísticos, o ICON-E elaborou um projeto de formação, curso online e gratuito de dança K-pop, que teve a duração de um mês. O curso foi ministrado virtualmente pela plataforma Zoom, e teve um alcance nacional, com pessoas do Brasil inteiro participando.

Brunna conta que as aulas ocorreram em uma sala alugada, onde o celular ficava preso no tripé, na câmera frontal, e ensinavam como se o aluno estivesse participando de forma presencial. Apesar de alguns empecilhos, a vantagem do formato on-line foi aumentar o alcance da atividade. “Só o on-line pode nos proporcionar isso, porque se tivesse executado esse projeto presencialmente, seria muito incrível, mas não iríamos conhecer pessoas especiais como conhecemos”, comenta.

Na Região Metropolitana de Campinas existem muitos covers de K-pop, como Elysian, de Piracicaba, 5NexUs, de Campinas, e o Blaze Star, que fica em Santa Bárbara d’Oeste.

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