Cultura

Casarão do Parque Ecológico vai abrigar Museu da Paz e Centro de Memória da Cultura Afro-brasileira

11 de novembro de 2020

O Museu da Paz e o Centro de Educação, Memória, Estudos e Cultura Afro-brasileira foi formalmente instituído com a sanção da lei de criação dos dois equipamentos, que ocorreu na tarde desta quarta-feira, dia 11 de novembro, pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette, durante transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Os equipamentos, vinculados à Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, vão funcionar no casarão do Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, antiga casa sede da Fazenda Mato Dentro.

A secretária da Pasta, Eliane Jocelaine Pereira, lembrou toda a simbologia do local que sediará o Museu. “Campinas tem um passado escravocrata muito grande, onde as penas para os negros eram muito rigorosas. E a fazenda Mato Dentro foi uma das que concentrou o maior número de negros escravizados. O simbolismo de trabalhar a reversão desse passado se reveste na necessidade de cunhar nesse local um espaço de conhecimento da história afro-brasileira, mas principalmente para que a população possa conhecer e reverter essa história e trabalhar pela quebra de grilhões que ainda carregamos em relação ao racismo”, expôs.

O objetivo do Museu da Paz e do Centro de Memória, de acordo com a Prefeitura, é garantir a preservação do patrimônio cultural do povo negro, por meio da coleta, organização e disponibilização pública de referenciais materiais e imateriais. Além de contribuir, a partir das relações étnico-raciais da história do povo negro, para o enfrentamento ao racismo estrutural e difusão da Cultura de Paz e dos Direitos Humanos.

O acervo será constituído de bens materiais (objetos, documentos fotografias, imóvel e entorno construído); e bens imateriais (tradições, patrimônio intelectual e emocional).

O prefeito ressaltou a importância dessa iniciativa que terá parte do acervo imaterial produzida pela Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. “É importante que a população compreenda a importância desses equipamentos que tem a participação direta da Unesco na produção do acervo”, disse.

Restauro

Para receber o Museu, o casarão terá que ser restaurado. Esse processo está sendo feito pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos. Conforme o secretário da pasta, Ernesto Paulella, o processo de contratação da empresa que desenvolverá o projeto executivo de restauro está em fase final para licitação na Secretaria de Administração.

Em relação à política de produção e aquisição de acervos para o Centro de Memória, a secretária Eliane Jocelaine informou que as atividades tiveram início com a contratação de profissionais, que está sendo feita diretamente pela Unesco, para realização de um inventário dos lugares de memória da população negra em Campinas. “O acervo será produzido por meio de parceria entre Prefeitura e Unesco com recursos destinados pelo Ministério Público de São Paulo referentes a Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)”, detalhou.

Fonte: assessoria de imprensa da Prefeitura de Campinas

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