Cultura

Novo visual e tecnologia marcam reforma do Teatro Castro Mendes

6 de dezembro de 2012

Após ficar cinco anos fechado e uma reforma que custou R$ 10,3 milhões, o Teatro José de Castro Mendes, em Campinas, reabriu as portas na quarta-feira, 5 de dezembro, transformado.

Os detalhes da obra de rapaginação do teatro englobam uma fachada completamente nova, que foi desenhada pensando não apenas na mudança estética, mas remetendo à história da cidade e utilizando de simbologia para representar a cultura. As ranhuras existentes na parede da janela de entrada foram projetadas a partir da malha ferroviária e viária da região. “Antigamente, a linha férrea dividia a cidade em duas: a parte central, rica e branca, e a parte operária, depois da linha férrea, com os negros e imigrantes, que inclusive tinham seu próprio cemitério na área onde está atualmente o teatro”, explica Cláudio Orlandi, engenheiro responsável pela obra.

“Ali foi construído um cinema – o Casablanca – que, depois, foi transformado no Teatro Castro Mendes. O espaço cultural acabou sendo a conexão entre esses dois ‘mundos’ diferentes naquela época, e resgatar isso é respeitar a história do lugar e da região onde ele está inserido”, ressalta ele.

A única janela existente na fachada do novo prédio também tem significado. O arquiteto responsável pelo projeto, Otto Felix, pensou nela como uma conexão entre o mundo lúdico (o próprio teatro) com a realidade, já que a janela servirá de luz natural para o “foyer” (área interna do teatro, antes de se entrar na plateia).

Cubos amarelos na parede ao lado da entrada principal serão o ponto de partida para a criação de iguais modelos em outras regiões da cidade, fazendo uma espécie de “conexão cultural” entre pontos diferentes de Campinas, todos remetendo ao novo teatro, onde a cultura campineira teve boa parte de sua história vivida. Três desses cubos estarão na Praça Corrêa de Lemos, em frente ao teatro, também revitalizada.

Por dentro, entre as novidades estão os equipamentos de som e a mesa digital de última geração. A acústica do teatro, muito criticada antes da reforma, foi otimizada, e o sistema de sonorização será composto 19 caixas e 4 sub woofers para realçar os graves e 5 caixas de retorno. Para garantir o som mais fiel possível, o teatro terá uma mesa digital de tecnologia japonesa e 48 canais. Toda a acústica interior foi projetada e executada sob a consultoria de José Augusto Nepomuceno, responsável por projetos acústicos em diversos espaços culturais brasileiros, como por exemplo, dos teatros municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O palco, também reformado, tem agora 15 metros de boca e 14 metros de profundidade.

A iluminação – tanto da plateia quando cênica – será mais eficiente e mais econômica, de acordo com informações da prefeitura. Um dos refletores centrais, por exemplo, tem sua composição e luminosidade pela primeira vez utilizados em teatros brasileiros, tendo apenas quatro outros teatros no mundo com igual qualidade de refletor.

Também há poltronas adaptadas para deficientes e para obesos, conforme determina a legislação. No total, são 770 lugares.

O ar condicionado central tem tecnologia “inteligente”, já que controla o gasto energético enquanto climatiza o ambiente.

O teatro ainda tem oito camarins, um deles com acessibilidade 100%, inclusive para o palco, através de uma plataforma mecânica. Dois outros serão maiores (coletivos) para serem utilizados por grupos. Todos contam com espelhos iluminados com luzes embutidas e frias, gerando melhor rendimento sem risco de acidentes.

Veja programação de espetáculos

Fonte: assessoria de imprensa da prefeitura de Campinas 

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