Em clima de pré-Carnaval, os foliões enfrentaram o calor escaldante deste domingo (19) para curtir o 9º desfile do bloco Nem Sangue Nem Areia pelas ruas da Vila Industrial, em Campinas.
A festa, que a cada ano atrai maior público, começou com marchinas e apresentação da Batucada DezVinte e convidados, que animou o público até o começo do desfile, por volta das 17h. Este ano o enredo do bloco foi “Aquarela Campineira”, uma homenagem a Silas de Oliveira, Ary Barroso e, especialmente, a Campinas e a seus artistas. O músico Fabinho Azevedo, autor do samba que venceu o concurso de 2017, puxou o som e animou a multidão ao lado da cantora Bruna Volpi e do músico Adriano Dias, em cima do trio elétrico.
O desfile ainda teve a participação especial da Bateria Alcalina, que acompanhou o bloco pelo quarto ano consecutivo.
Histórico
Entre as décadas de 1940 e 70, no Carnaval, as ruas da Vila Industrial serviam como cenário para o desfile de um dos mais tradicionais blocos da história de Campinas, o Nem Sangue Nem Areia, uma referência ao filme “Sangue e Areia”, que estreou em 1941, estrelado pelo galã Tyrone Power.
A inspiração veio tanto pela influência da produção hollywoodiana quanto pelo fato da Vila Industrial ser um bairro que abrigava matadouros e curtumes, o que fazia com que a passagem de rebanhos de gado pelo bairro fosse uma cena comum.
Já transformado em escola de samba, o Nem Sangue Nem Areia fez seu último desfile em 1976, e retomou suas atividades em 2009, quando voltou a ser uma referência do Carnaval de rua da Vila Industrial e de Campinas.
Hoje, a proposta da diretoria do bloco é reforçar cada vez mais suas características originais, com as alas dos bois, dos cavalinhos e dos bonecos com cabeções.
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