O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, fechou os números da Olimpíada e mandou o recado. Sucesso de público e renda. Os números são gigantes. Passaram pela cidade 1,1 milhão de turistas, sendo 410 mil de fora e 760 mil brasileiros de todos os lados. Quem forneceu os números foi a Rotor, empresa municipal de turismo. Essas pessoas ficaram na cidade, em média, 10 dias e o custo médio para o estrangeiro foi de R$ 424,62 por dia, enquanto os da casa gastaram R$ 310,42. Os gastos foram em hospedagem, alimentação, lazer e transporte, e mais alguma outra coisinha. Como chegaram à cidade, de ônibus, carro ou avião, isso não entrou na conta.
A receita, o que a cidade arrecadou, ficou na casa dos 4 bilhões e 100 milhões de reais. Um sucesso.
Zika, nem pensar. Nenhum caso. Assalto, só aqueles de sempre. Relógio aqui, carteira ali, credencial, um telefone de bobeira acolá. E morte por tiroteio, que eu me lembre, o da Guarda Nacional por entrar errado numa comunidade e do pessoal da comunidade na resposta policial do dia seguinte. Coisa do dia a dia do violento Rio. O que turistas não viram.
O Rio estava em paz. Não houve arrastões nas praias e muitas vezes eu estava lá trabalhando. Nada de correria. Era uma festa só. De dia e à noite. Alegria total. Outro país, uma outra cidade. Um sonho para quem lá estava.
O caso do nadador americano que covardemente se disse assaltado e dançou conforme todos sabemos caiu como uma luva para finalizar a propaganda de que no Rio de Janeiro a polícia é eficiente e rápida na resolução dos casos.
Falta a água da baía. Continua suja e cheia de entulhos, mas eles não apareceram nas provas. Pelo menos ninguém dedurou ou viu cocô nas águas, plásticos ou qualquer outra sujeira. Sorte, por que, como eu disse, estão lá ainda. E na Lagoa Rodrigo de Freitas, as bicicletas continuam a milhão com sua gente alegre. Mas continua suja, embora nas provas de canoagem, em geral, ninguém tenha visto nada.
Aí você me pergunta: Qual é a direção do seu texto?
Simples, amigos, simples. O Rio de Janeiro, de longe, foi a melhor cidade onde eu já trabalhei em Olimpíada. Cidade acolhedora, povo maravilhoso e generoso. Com suas caras às vezes envergonhadas de tanta malhação, o povo do Rio sobrou em amor e carinho por todos que lá estavam. Fizeram festa e mais festa, em cada esquina, em cada casa, nas praias e nas ruas. Noite e dia de festa e paixão. O que se esperava da Cidade Maravilhosa.
Morei no Rio de Janeiro na década de 1970. Lá se vão mais de 40 anos. A cidade continua igual. Linda de chorar com sua natureza inigualável. Viajei o mundo trabalhando e nunca vi uma cidade mais linda que o Rio de Janeiro. Estou ainda emocionado e não encontro palavras certas.
Me desculpem, mas a Olimpíada do Rio foi e será inesquecível para quem lá esteve. Emocionante.
E as medalhas, e as provas? Apenas aquilo que todos sabiam ia acontecer.
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