Sapeca

Quando Robinho chutou a bola do primeiro gol do Palmeiras ele deve ter pensado que, se ela entrasse, a porteira da vitória estaria aberta. Fez o gol que não vai mais fazer nem que a vaca tussa. Esse gol é aquele que define o futuro de um time que joga bem, que está se levantando, que batalha no treinamento dia a dia, que tem craques como Zé Roberto em grande forma, que tem um grande treinador, enfim, que tem tudo para ser feliz, e não é.

Esqueci uma. Que tem um grande estádio, uma torcida em pé de guerra e uma camisa…ah, que camisa tem o Palmeiras. Que glória.

Mas não estava dando certo. Jogou muito contra o Corinthians e não fez os gols. Faltaram os gols.

O Palmeiras moeu o Tricolor. Não deixou jogar, marcou, catimbou, correu e transpirou ao extremo.

Venceu com um 3 a 0 sem dúvida. Venceu time grande. Acabou a zica e você amigo aqui da coluna vai comprovar isso. Agora é o verdadeiro Palmeiras que o torcedor estava quase se esquecendo que existia. O Palmeiras voltou.

E o São Paulo?

Vamos lá começando pelo goleiro que é uma lenda. Só isso hoje em dia. Experimentem colocar Marcelo Grohe no lugar de Rogério Ceni e depois de três jogos ele vira o “Grande ex-goleiro, a lenda que anda e fala”. Depois vamos para a defesa. Defesa que não existe, ou Edson Silva e Toloi jogam um futebol para um time com a camisa tricolor? O meio de campo não se entendeu ainda este ano e cria pouco pra dizer o mínimo. E o ataque é de riso, ataque de riso, ahahahahah. Isso mesmo.

Então, com um time desse e uma diretoria fanfarrona, o São Paulo está a quilômetros do que já foi e há muitos outros do que quer ser este ano.

Tomou um sapeca.