Fim de ano é tempo de abrir champanhes e espumantes, que são aqueles vinhos dotados de gás carbônico, aqui também chamado de perlage, ou simplesmente bolhinhas. Mas você sabe distinguir os principais espumantes que o mercado abriga? Aqui vai, de bandeja, um “quem é quem” no universo fascinante dessa bebida.

Champanhe: por lei, a palavra champanhe (Champagne, em francês) só pode ser usada em vinhos da região francesa de Champagne, dotados de gás carbônico natural, obtido pelo Método Champenoise*, também chamado de Tradicional ou Clássico, com uvas autorizadas. As principais são Pinot Noir, Pinot Murnier e Chardonnay. O Champanhe pode ser branco ou rosé.
Espumante: são os vinhos dotados de gás carbônico, elaborados fora da região de Champagne. As regras para a elaboração de espumantes variam, de acordo com o país ou região de origem. Pode ser usado tanto o método champenoise quanto o Chamart*. As uvas permitidas também variam de acordo com o local de origem.
Champenoise*: método tradicional de elaborar espumantes e champanhes. A segunda fermentação do vinho, a que gera o gás carbônio (bolhinhas ou perlage), ocorre dentro da garrafa.
Charmat*: vem de Eugene Charmat, enólogo francês que desenvolveu o processo de obter a segunda fermentação em autoclaves (tanques de inox), que é industrial e ágil. Na Itália, o método é atribuído a Feredico Marinotti e o processo é conhecido como Método Marinotti.
Asti: uma variação do Método Charmat, da Itália. O processo fermentativo também ocorre dentro de autoclaves. A diferença é que aqui a bebida passa por apenas uma etapa de fermentação. O processo é interrompido por resfriamento de modo a preservar parte do açúcar da uva, a Moscato, e teor baixo de álcool. São leves, frescos e adocidados.
Cava: espumante espanhol. As uvas utilizadas são Maccabeo, Parellada e Xarel-lo. É feito pelo método Tradicional (Champenoise). São elegantes, bem estruturados e encorpados. Apresenta notas cítricas e de frutas brancas frescas entre os aromas.
Prosecco: espumante típico do Vêneto, das regiões de Valdobbiadene e Conegliano, Itália. É elaborado pelo método Charmat, com a uva Glera, como é chamada hoje a uva Prosecco. Aqui cabe uma curiosidade: Prosecco, glera, serpina e stevergana são a mesma uva e Prosecco é também uma província.
Crémant e Mousseaux: sem só de champanhe vive o espumante francês. Toda a França produz esse estilo de vinho. Fora da região de champagne, existe os Cremants elaborados pelo método tradicional, e os Mousseaux, feitos pelo método Charmat.
Sekt: espumante alemão elaborado pelo método champenoise, com as uvas Riesling, Weissburgunder (Pinot Blanc) e Rülander (Pinot Grigio). Se destaca pela acidez e mineralidade elevadas e aromas complexos e perlage de muito efeito na boca.
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