Há dez dias escrevi elogiando as pulseiras de elásticos coloridos que virou febre entre a galerinha. A brincadeira era perfeita: aproximou as meninas dos meninos numa fase em que querem mais é distância do sexo oposto; desmistificou que pulseira, artesanato e talento para a arte é coisa só de menina; eles fazem pulseiras para dar de presente para quem gostam; mostram bastante interesse para algo que não seja videogame ou celular, melhoram a coordenação fina e por aí vai…
A notícia de que a borracha pode ter componentes cancerígenos caiu como um balde de água fria (veja reportagem no site do O Globo). O produto apresenta 40% de ftalato – substância que garante mais maleabilidade ao material –, enquanto o máximo permitido pelo Inmetro e pela União Europeia é de 0,1%! Quanta diferença, meu Deus!
Somente tocar nos elásticos não é arriscado. Mas colocá-los na boca, sim, pois o componente é liberado na sucção e estamos falando de crianças, que levam os brinquedos à boca…
E perguntamos: o que fazemos? Vamos tirar o doce da criança no auge da moda que até então era tão sadia? E outros brinquedos que eles usam, estão livres de problemas?
No nosso caso, não vamos tirar esse lazer do Moises por esse motivo. Ele já tem 9 anos e não costuma colocar brinquedos na boca. O que fizemos foi alertá-lo sobre o risco e pedir vigilância quanto ao seu comportamento: não encostar na boca, não morder, não tomar banho e nem dormir com as pulseiras etc.
Em tempo: de acordo com o Inmetro, há apenas um brinquedo de pulseiras de elástico certificado: o Fábrica de Pulseiras, da Estrela. Ah, essa vai vender muito!
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