Perini, uma boa surpresa brasileira

Quem me conhece de outros carnavais sabe que sou uma torcedora convicta do vinho brasileiro. Apesar dos imensos desafios que os nossos produtores enfrentam, as boas surpresas acontecem com mais e mais frequência. E vou mais longe: quem não acompanha as novidades do produto nacional está desatualizado no assunto, pois todos os anos têm acontecimentos dignos de nota. A Casa Perini, que ofereceu o espumante para o brinde de lançamento do Blog do Chef Mané e deste Blog do Vinho, na última terça-feira, 7 de março, no Bonelli Restaurante e Pizzaria, é um exemplo dos bons ventos que sopram por aqui. A vinícola começou a chamar a atenção recentemente, mas a história vem de longe.

Os primeiros vinhos da casa foram elaborados em 1929, pelas mãos do filho de imigrantes italianos João Perini, no Vale Trentino, em Farroupilha. Por muitos anos, foi um vinho colonial, para consumo doméstico e em festas locais. Com o tempo e a sucessão de herdeiros, a produção foi se profissionalizando, a família investiu em tecnologia, aprimorou os métodos de plantio de uvas e de distribuição até chegar ao que temos hoje. Um belo e original vinho para muitas ocasiões.

Os vinhedos da casa se espalham por 80 hectares em Farroupilhas e 12 hectares em Garibaldi. Além dos espumantes (Nature, Brut, Prosecco, Demi-Sec, Brut Rosé, Aquarela e Moscatel), a Casa Perini produz também outras linhas. Destaco o Perini Qu4tros, blend de ancellotta, cabernet sauvignon, merlot e tannat; os rótulos Fração Única (versões Cabernet Sauvignon, Merlot e Chardonnay), o Exóticos (versões Marselan e Barbera) e o Solidário, blend de cabernet sauvignon e merlot, que tem parte da renda revertida para entidades assistenciais. Saúde!

Na imagem, rótulo do Moscatel espumante da Casa Perini: com vinhedos em Farroupilhas e Garibaldi, a casa é uma das boas revelações do vinho brasileiro.