Onde você está? – Ou: de nada serve um mapa se você não sabe onde está

O mundo está pródigo em apontamentos a respeito de aonde você deve ir, o que você deve fazer. Não faltam indicações: vá à direita, vá à esquerda…

Tem os ideólogos falando, os engajados, os influenciadores, os propagandistas, os pastores, os coachings, os conselheiros de plantão, os colegas, vizinhos… – todos sabendo aonde ir e o que deve ser feito, cada um com a sabedoria que acha que tem. Você até quer um rumo, quer ir, mas… – qual “mapa” seguir? Seja a palavra de um desses apontadores todos, seja um mapa astral, um mapa mental, um mapa numerológico, um mapa cabalístico, um mapa tipológico ou um mapa do tesouro… E outra: é pra seguir algum mapa?

Pra responder isso e muitas outras perguntas possíveis, é necessário que você possa estar compreendendo algumas coisas essenciais. Pra começar, e essencialmente, em que lugar de si mesmo você está? Em que lugar da sua trajetória de vida, de sua trajetória existencial, você está?

Você está num lugar de luto? de dor? de rancor? de raiva? de mágoa? de decepção com alguém ou consigo mesmo? de culpa ou de fracasso? de abandono? de desamparo? de indiferença? de desistência de si… – e/ou, também, está num lugar de transformação?

Você está no aqui-agora – que preconizam os gurus e visionários, os místicos e profetas – ou perdeu-se no caminho – como canta o Beto Guedes em “Sol de primavera”? Você está caminhando, patinando ou empacou?

O que é o fundo do abismo, pra uns, é o chão firme de um vale profundo, pra outros. Qual é o seu lugar, aqui?

O que é uma grande onda ameaçadora, pra quem ainda não sabe nadar, pode ser tudo o que o surfista quer. Qual é o seu lugar, aqui?

Seja qual for o lugar de si em que você está… – se você quer se compreender melhor, se você quer se resgatar, se você quer se encontrar, se você quer ir pra um lugar melhor de si mesmo, a Psicanálise pode auxiliar.

Como lidar com tudo isso? Psicanálise, terapia, autoconhecimento – algo assim. 

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VAGNER COUTO, psicanalista, realiza seu trabalho terapêutico tendo por base uma profunda escuta empática. Não ortodoxo ou sectário, tem um olhar pluralista em sua prática clínica. Assessor acadêmico do CEFAS, Escola de Psicanálise, fez a curadoria e produção de mais de 100 eventos psicanalíticos e de saúde mental junto às principais instituições destas áreas no país. Tem profunda vivência em práticas holísticas de saúde mental em instituições como Brahma Kumaris, Fundação Peirópolis e Laboratório de Práticas Dialógicas, e mais de 40 anos de experiência em instituição dedicada ao autoconhecimento, à expansão da consciência e à espiritualidade. É autor dos livros “Admirável momento novo” e “A estrela da manhã”.   Jardineiro e poeta, ama plantar árvores e cuidar delas.