Portugal é um dos destinos europeus que mantem-se no topo da lista de lugares para visitar e até mesmo para se viver. Os atrativos não são poucos: do legado histórico das navegações e do império português em Lisboa; no Porto, hotéis de luxo à beira do Rio D’Ouro, cruzeiros fluviais e até passeio de trem ao longo da margem; o Algarve e suas praias paradisíacas e no Alentejo a vida sossegada de interior que se funde com experiências gastronômicas regadas a bons vinhos e história com castelos e tradições culturais como a dos tapetes de Arraiolos.
Foi com o pensamento de conhecer um outro Portugal que embarquei para Ponta Delgada, capital de São Miguel, a maior das ilhas que formam os Açores. Para se ter a dimensão de que mesmo no meio do Oceano Atlântico Portugal é grandioso como destino, a minha viagem representa apenas uma pequena parte do que é este arquipélago, formado por nove ilhas e que estão reunidas em três grupos: oriental (São Miguel e Santa Maria), central (Faial, Pico, São Jorge, Terceira e Graciosa) e ocidental (Flores e do Corvo). E não pense que a visita entre ilhas seja pegar um barquinho e pronto! Nada disso, na gigantesca dimensão açoriana, visitar outras ilhas significa pegar avião ou passar muitas horas dentro de um barco.
Então se o turista deseja conhecer os Açores a sério, é preciso ter em mente uma viagem de muitos dias. Para quem não tem tantos dias disponíveis, uma boa escolha para começar é, sem dúvida, São Miguel.

Câmara Municipal de Ponta Delgada
O choque começa logo na chegada. Prepare os ouvidos, pois os açorianos têm um sotaque muito distinto do continente. Então é preciso prestar mais atenção para entender e se não entender não tenha medo de perguntar ou de dizer que não entendeu, em São Miguel haverá sempre alguém com um sorriso acolhedor para dar informações e até mesmo conversar um pouco.
Viajando para o paraíso
Não é preciso estar em Lisboa ou Porto para voar com destino a São Miguel. O Aeroporto de Ponta Delgada opera voos desde Espanha, França, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, entre outros países. O tempo de viagem varia de acordo com o local de embarque. De Lisboa ou Porto, por exemplo, o tempo de voo é, em média 2h20. Um ponto bem positivo sobre a localização do aeroporto é a proximidade do centro de Ponta Delgada, a apenas 3km.

Chegar a região central da cidade também é muito fácil. Há táxis durante todo o período de chegadas e partidas de voos, serviços de transfers em carros privados com preços sob orçamento, transfers em vans ou mini-ônibus a 20 euros a passagem por trecho e transporte público, o Aerobus, com uma linha que funciona das 5h até as 22h com passagem a 8 euros pro trecho. Não há serviço de transporte por aplicativos na ilha.
Alugar um carro?
Se o visitante quer ter a comodidade de visitar os muitos pontos turísticos de São Miguel deve ter em mente que eles não estão concentrados em uma única região. Há muito para ver e em todas as partes da ilha. Como não há serviço de transporte por aplicativo e os transportes públicos não chegam até atrações naturais como as famosas Lagoa do Fogo e a Lagoa das Sete Cidades, a melhor opção é alugar um carro.
Durante a minha visita, em Abril, ainda na baixa temporada antes do verão, o preço foi muito bom. Aliás, o preço da passagem aérea, desde Lisboa foi muito atrativo: 50 euros ida e volta. O valor da hospedagem foi outro fator decisivo na escolha pelo destino: 50 euros por noite em um hotel bem no centro da cidade, em um quarto para 3 pessoas, ou seja, 50 euros no total, uma vez que hospedei-me com dois amigos.
Onde ir e o que não deixar de ver:

Igreja Matriz de São Sebastião
Em Ponta Delgada, capital da ilha, hospedei-me na Freguesia de São Sebastião, onde estão lugares que não devem faltar em uma visita a este belo destino português, como as Portas da Cidade, monumento construído no século XVIII conhecido também como os Arcos Históricos e Entrada da Cidade. Os arcos ficam junto ao extinto cais de Ponta Delgada e da marina.
Entre outros monumentos e edifícios históricos para ver nesta região estão a Igreja Matriz de São Sebastião, erguida no século XVI com fachada elaborada, entalhes em madeira trabalhada no interior e uma icônica uma torre de relógio e ainda o conjunto arquitetônico da Câmara Municipal, com sua belíssima fonte e edifício erguidos no século XVII na Praça do Município
Furnas

Lagoa de Furnas
O deslumbre verdejante da Lagoa das Furnas começa pela estrada e muitos tons de verde se misturam pela vasta vegetação. Lugar tranquilo para contemplar a natureza ouvir o som do silêncio e dos pássaros. A face sul da lagoa surpreende ainda mais com uma encosta cravejada de árvores que descem até a beira do lago onde ficam dois chalés e a capela de Nossa Senhora das Vitórias, de estilo neo-gótico. A ermida Foi erguida no final do século XIX por ordem de José do Canto, açoriano ilustre que tinha um gosto especial pela literatura e pela botânica. A capela também é a sua sepultura.
Ainda em Furnas, um dos lugares mais relaxantes que já conheci: a Poça da Dona Beija. Este recanto tem cinco piscinas com águas vulcânicas ricas em ferro e a uma temperatura entre 28ºC e 39ºC. A entrada custa 8 euros por um tempo de utilização de 1h30. O visitante pode ainda alugar toalhas e lockers para guardar roupas. Detalhe: venda de bilhetes apenas no site, não há venda de entrada no local.

Ermida de Nossa Senhora das Vitórias
Sete Cidades

Lagoa das Sete Cidades
Viajar também é descobri o inusitado, como a bela Igreja de São Nicolau, quase que escondida no vale que se estende pelas Sete Cidades. A pequena, mas imponente igreja, em estilo foi construída em 1857 a mando do coronel Nicolau Maria Raposo Amaral. Permaneceu como propriedade privada até 1969, quando os herdeiros do coronel e sua esposa a doaram aos habitantes da freguesia. Neste mesmo ano, tornou-se paróquia.

Igreja de São Nicolau
Ribeira Grande
A Ponta do Cintrão é uma das duas proeminências que compõem a costa norte da Ilha, no concelho da Ribeira Grande. É muito recortada por pequenas enseadas e delimitada por altas falésias. Na base das falésias é possível observar algumas grutas, resultantes da erosão marinha. A Ponta do Cintrão faz parte do Complexo Vulcânico do Fogo, formado por espessas escoadas de lavas. Além de toda sua beleza natural, o local é importante para a nidificação de aves como o cagarro e garajau-comum.

Ponta do Cintrão
O farol entrou em funcionamento em 28 de maio de 1957 e sua estrutura é composta por uma torre com 14 metros, um aparelho lenticular dióptrico com distância focal de 500 mm e uma fonte luminosa a incandescência a gás com luz eclipsada.
Lagoa do Fogo

A Reserva Natural da Lagoa do Fogo está situada na parte central da Ilha. O lago está assentado sobre o Vulcão do Fogo, também conhecido como Vulcão de Água de Pau. A beleza natural da reserva onde está inserido o lago é composta por espécies de plantas endémicas dos Açores, como o cedro-do-mato e o louro. A principal fauna é representada por ves de grande porte como as aves de rapina, além das aves terrestres como o pombo-torcaz-dos-Açores, as aves marinhas como a gaivota e o garajau-comum.
Assista ao vídeo sobre São Miguel
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