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Futebol não tem lógica, ou tem?

por Hélio Costa Júnior
Publicado em 22 de abril de 2015

Quando o jogo contra o San Lorenzo pela Libertadores chegou ao final ainda no vestiário, os jogadores do Corinthians receberam uma alimentação à base de carboidratos. Macarrão com molho de carne, se me entende o amigo. Esse foi o sinal mais forte da preocupação da comissão técnica com a condição física dos jogadores. O fantasma do cansaço entrava em campo.

Quando o jogo contra o Palmeiras foi para os penais, Elias ficou sentado de cabeça baixa o tempo todo. Pouco viu seus parceiros na batalha contra Prass. Levantou, bateu seu pênalti e Fernando Prass defendeu colocando o Palmeiras de novo no jogo decretando o 5 a 5. Daí para a frente, sorte, frieza, melhor preparo, raça e técnica decretariam a vitória de um dos dois times. Um pênalti cada um. Petros perdeu para Prass e o Palmeiras foi para a final.

Um clássico tradicional, decidido por quem estava menos cansado – o Corinthians claramente estava esgotado de tanto jogar pelo Paulista e pela Libertadores – e eu digo isso por que Valdívia, quando foi substituído pelo menino Gabriel Jesus, o Palmeiras cresceu. A entrada de Kevin também ajudou o Porco a pressionar o Timão, que estava sem reação. Mesmo com todos os cuidados de Tite que fez alguns jogos pelo Paulista com o time reserva. Corinthians fora do Paulistão. Pagou o preço.

O Santos fez a outra semifinal paulistana contra o São Paulo na Vila. Se esperava muito do Tricolor depois de vencer de virada o fraco Danubio pela Libertadores. Ledo engano.

Ricardo Oliveira deixou de fazer dois gols claros, uma bola bateu na trave, de tanto espaço que o São Paulo dava. Defesa ruim mesmo. Tomou o segundo gol na terceira tentativa de Ricardo Oliveira. O Santos dava um baile no fraco Tricolor.

Mas o primeiro gol da vitória por 2 a 1 merece uma placa na Vila. Geovânio disparou da intermediária, percorreu quase 60 metros a uma velocidade louca deixando dois marcadores sem ação e disparou no ângulo direito de Rogério Ceni. Golaço, gol de placa.

Luis Fabiano fez o gol do tricolor com a categoria de sempre.

O São Paulo tinha Pato, Ganso, Rogério Ceni, Luis Fabiano e Michel Bastos. Mas não tinha um time e não tem ainda. Vai enfrentar o Corinthians nesta quarta-feira pela Libertadores depois de ter tomado um olé do Peixe.

A imagem deste jogo é do técnico Marcelo Fernandez mostrando o escudo do Peixe para seus torcedores. Só ele e os jogadores acreditavam no Peixe. Deu no que deu.

O Santos joga contra o Palmeiras a final do Paulistâo de 2015. Dois times em formação, que entraram na condição meio desacreditados. Mas o futebol não tem lógica, ou tem?

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