“São João, São João, acende a fogueira no meu coração”, difícil alguém que não tenha alguma memória afetiva e positiva ao ouvir esta estrofe. Incrível como das várias influencias portuguesas que sofremos esta talvez seja a mais forte, ouso dizer, a que se espalhou pelo país e perdura fortemente.
Música, comida e danças , não há quem não se envolvesse em uma festa junina ou julina. Tenho visto fotos antigas de amigos e até desconhecidos nas redes sociais ” vestidos de caipiras” certamente quando dançaram quadrilha ao som de músicas juninas, acredito que as escolas, as instituições de ensino por colocarem em seu calendário as festas, ajudaram a manter essas memórias.
Bom, mas onde entra o café nas festas que contemplam, canjica, milho, curau, bolos etc, entra na sua origem. Se formos pensar nos sítios e fazendas, não há aquela que na sua concepção mais humilde não tivesse uma plantação de café para atender os proprietários da Roça. Obviamente isso se ampliou durante o século XIX e hoje somos o maior exportador do mundo de café.
Para os antigos acredito que as memórias do café estão intimamente ligadas aos seus costumes no campo, a celebração dos Santos todos, João, Antonio etc vai além das comidas, a religiosidade tambem herança forte dos portugueses. ” Passar um cafezinho” é frase certa para os que frequentam a roça e que se estendeu para as cidades. Hoje mesmo em apartamentos as vezes nos pegamos dizendo ” vou fazer um café “, “vou passar um café”, principalmente quando chega alguém de fora.
Bom, se o café tambem faz parte da origem a tudo que esta ligado a roça, brindemos o clima junino e julino com café , deixando o aroma tomar conta da casa e assim nos permitir a revisitar boas memórias de infância e assim nos sentirmos no direito de ampliar isso para nossa maturidade. VIVA SÃO JOÃO.
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