Feira de Trocas de Roupas, uma forma solidária de praticar o consumo consciente

Já faz algum tempo que a Entrelinhas vem se preocupando com práticas mais conscientes e sustentáveis no consumo de moda. Antes mesmo desse tema entrar em voga e darmos vida à Entrelinhas Garimpô, já nos sensibilizávamos à cara questão. Nossa sensibilidade surgia da angústia vivida por certas mulheres que atendíamos na consultoria e que relatavam um consumo de roupas e acessórios muitas vezes desenfreado, acompanhado da onipotente sensação de nunca ter o que vestir, de não sentir-se bonita dentre tantos incômodos que a o próprio sistema da moda pode sim ser um grande catalizador.

Não estamos aqui para acusar o sistema e nem tampouco a nos colocarmos como vítimas (apesar de reconhecermos por aí muitas e muitas vítimas da moda…). E sim, para lembrarmos que a mudança dessa situação pode começar internamente, numa reflexão que podemos fazer sobre o que consumimos e se realmente precisamos daquilo que estamos a comprar. É processo lento, constante e que nós no Brasil, principalmente nós as mulheres, apenas começamos a dar os primeiros passos.

Mas o que normalmente ensinamos às nossas clientes no atendimento da consultoria de imagem é que um guarda-roupa abarrotado de peças paradas, sem uso, é normalmente fator de angústia para muitas mulheres e um obstáculo para uma atitude menos acumuladora e mais consciente para o consumo de moda.

É realmente por isso que encontros de trocas de objetos e roupas tem acontecido com cada vez mais frequência no Brasil. A iniciativa, dizem por aí, surgiu no Canadá e vem ganhando cada vez mais adeptos por essas bandas. É ação que se estrutura na economia solidária, na prática do desapego e que permite estabelecer uma relação com a roupa e a moda muito mais consciente e sustentável.

Por isso mesmo, convidamos a todos e todas a participar da iniciativa que estamos colocando em prática dentro da Virada Sustentável de Valinhos, a Feira de Troca de Roupas.