Pensar Psicanalítico

De sonho em sonho, despertamos – Ou: o trabalho do sonho na psicanálise

por Vagner Couto
Publicado em 28 de novembro de 2024

Na psicanálise, os sonhos são percebidos como manifestações do nosso inconsciente que revelam nossos desejos, repressões, recalques e outras coisinhas…

De acordo com Freud, os sonhos são uma forma de “saída de emergência” do inconsciente, permitindo que os desejos e outros conteúdos mentais sejam expressos de forma simbólica e segura, mostrando o que está guardado em nossas caixinhas internas. Ele também acreditava que os sonhos podem ser interpretados para entender o desenvolvimento psíquico de uma pessoa e auxiliar na resolução de conflitos e traumas.

Cada sonho é organizado em uma narrativa própria, compondo uma história que representa um todo significativo. Assim, os conteúdos inconscientes ganham contornos representados simbolicamente na psique e que podem ser interpretados na terapia – o que é feito associado ao contexto mais amplo do trabalho terapêutico e da vida do paciente.

Nem sempre o sonho é o que se evidencia por suas imagens, e interpretá-lo não é uma tarefa tão simples. O sonho é repleto de conteúdos manifestos (imagens) ou latentes (oculto, escondido), que se expressam por símbolos e representações diversas da realidade mental do paciente.

A interpretação do sonho exige técnica apropriada. O relato do paciente, olhando para as imagens do seu inconsciente, mediados pelo psicanalista, permite que se construa uma comunicação entre o inconsciente consciente, dando voz ao seu inconsciente e permitindo-lhe a vivência de um processo de autoconhecimento, atribuindo significados aos sonhos e podendo vir a compreender seus pensamentos e sentimentos mais recônditos.

O sonho pode revelar conteúdos de toda natureza, expressos na forma de mensagens enviadas pelo inconsciente, que revelam coisas a serem trabalhadas na terapia, os quais podem ser de ordem afetiva, sexual, repressões sociais ou familiares, lutos e outras questões guardadas ou reprimidas pelo próprio paciente.

Já Jung, por sua vez, entendia o sonho como algo muito mais profundo do que apenas um conteúdo reprimido pelo paciente. Para ele, as imagens existentes no sonho trazem uma diversidade de expressões de caráter psíquico e espiritual, carregados de significados pessoais e coletivos.

Assim, ao trabalhar com os sonhos enquanto linguagem do inconsciente, o que é difícil para a consciência, com sua linguagem linear e lógica, se acessa conteúdos e verdades interiores que, de outra forma – exceto, “talvez”, pelo uso de plantas psicodélicas – não seja possível.

 

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Psicanálise, terapia, autoconhecimento – algo assim. Para falar particularmente com o autor, use: 19 99760 0201 [zap] ou vagnercouto1@gmail.com

Vagner Couto, psicanalista, com especialização em Psicoterapia Psicanalítica Breve, aperfeiçoamento em Psicoterapia Psicanalítica de Casais e formação em Psicoterapia Energética Corporal, tem mais de 40 anos de vivência em instituição dedicada ao autoconhecimento, à expansão da consciência e à espiritualidade. Jardineiro, ama cultivar pessoas e cuidar delas. Para saber mais sobre meu trabalho, clique no link

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