O discurso do técnico Dunga é o mesmo de 94 nos EUA. O time não era o dos sonhos do torcedor, jogava feio e vencia graças a Romário. E a Tafarel e Bebeto também. Era um time compacto. Mas Dunga queria vencer não por vencer, mas para calar a imprensa e as críticas do torcedor que não o perdoava por 90. Tratava-se da “Era Dunga”, um período negro do futebol desclassificado na Copa de 90 com um time recheado de craques, e futebol medíocre. Dunga só pensa em vingança.
Ele acreditou que vencer em São Paulo, a Meca da crítica, seria algo especial. Sua seleção sem Neymar é apenas razoável. Vive de bons jogadores, consagrados em grandes times da Europa. E apresentou um desconhecido Fred. Joga onde? No Shaktar. Tá bom, então mesmo vencendo por 2 a 0 o time B do México, não convenceu e ainda deixou muitas dúvidas. Dunga tem um time competitivo, que encharca a camisa de sor, mas só isso. Falta o espírito de Neymar, esse sim o que fará a diferença. Com essa seleção que foi vaiada na Arena do Palmeiras, Dunga não ganha a Copa América. Com Neymar pode ser. Esquecer os 7 a 1 contra a Alemanha? Dunga precisa mudar seu discurso ou vai perder tempo. Menos professor, até por que você não estava no Mineiraço. O professor lá era Felipão, que, graças a Deus, foi pra China.
E vamos para o que interessa. Fiquei muito feliz em ver meu filho João e meu neto Lucca com os nomes dos jogadores de Barcelona e Juventus na ponta da língua. Essa molecada de hoje conhece mais os jogadores da Europa que os daqui. Esquisito isso? Não, é a qualidade do presente que eles ganham ao ver o futebol europeu. Mais dinheiro, mais organização, menos, apenas menos maracutaia e muita bola. A final da Champions foi arrebatadora.
O Barça venceu 4 vezes a Liga em 10 edições. Com futebol de qualidade irreparável, aliando marcação, posse de bola, passe perfeito, criatividade, garra e talento. Um time perfeito. Por alguns momentos a Juventus pressionou e deu a impressão de que faria uma italianada como no Sarriá contra o Brasil empatando o jogo logo no início do segundo tempo.
Mas o Barça ainda fez mais dois gols, um com Suárez e outro com Neymar pra fechar o caixão, como diria Renato “Bico Fino” Silva. Foi um 3 a 1 de um time que consegue durante 90 minutos, com um preparo físico impressionante, aliar pressão em todos os lados do campo com a qualidade de quem chega na cara do gol quando quer. Essa é a impressão que dá. E por último, eu não esqueci não. O Barcelona tem Messi, um extraterrestre.
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