Para Crianças

Comidinhas nos passeios

por Kátia Nunes
Publicado em 11 de março de 2014

Tem umas coisas que acontecem sem querer e acabam marcando a nossa vida de uma maneira bem gostosa. Hoje, convivendo com meu filho, me recordo com prazer de situações rotineiras da minha infância.

Quando íamos passear ou fazer compras no centro da cidade, era sagrado: eu tinha que comer pastel de palmito acompanhado de garapa, sorvete de massa com uma bola de menta e outra de creme – eu me orgulhava de ter um sorvete com cores da bandeira brasileira – e ainda queijadinha, aquele tipo de bombocado, armazenada em cesta de vime igual à de piquenique do Zé Colmeia vendida por ambulantes (os vendedores ainda não eram chamados assim!). Quem viveu em Santos ou São Vicente sabe do que eu estou falando.

Era um prazer enorme comer essas delícias, certamente eu adorava acompanhar a minha mãe por conta delas.

Hoje, em vez do centro da cidade, nossos passeios são nos shoppings. E o que o Moises adora petiscar? Balas de gelatina vendidas a granel, castanhas açucaradas, pipoca com sabor e picolé da marca do “ursinho”. Quando percebi, o costume já estava instalado e não tem uma vez que visitamos esses lugares que ele não pede, pelo menos, uma dessas guloseimas.

Consumismo? Um mau hábito? No princípio achei que sim, mas ao lembrar-me do passado, mudei de ideia. Tudo pelas boas recordações da infância!

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