Com uma cinematografia de pouca tradição, o cinema paraguaio vem, em uma crescente, tentando romper as barreiras geográficas da América Latina em busca de maior visibilidade de suas recentes produções. Um dos motivos da escassez de produções paraguaias no cinema se deve ao fato de que em 1978, após o filme Cerro Corá, dirigido por Guilherme Vera e feito com o apoio do governo militar de Stroessner, a produção cinematográfica no país foi interrompida, ficando praticamente inexistente durante 30 anos. A retomada só iria ocorrer em 2006 com o filme Hamaca Paraguaya, dirigido por Paz Encina.
Caminhando de forma tímida, essa retomada atinge o seu auge com o inesperado sucesso em 2012 do filme 7 Caixas, campeão de bilheteria no país, levando um recorde de 280 mil espectadores ao cinema, superando até mesmo a arrecadação do outrora campeão Titanic. Desde então o Paraguai tenta se consolidar com pequenas obras no panorama mundial, oferecendo filmes de apelo sensível, muito bem produzidos, que nada deixa a dever aos seus hermanos que possuem uma “indústria” cinematográfica mais sólida (Brasil, Chile e Argentina).
7 Caixas (2012, dir. Juan Carlos Maneglia e Tana Schémbori)
Victor, um carregador de compras de 17 anos, que trabalha numa espécie de mercado municipal, passa as horas imaginando uma vida de muita fama enquanto admira os televisores das lojas de dvd. Um dia recebe uma proposta inusitada para ganhar 100 dólares: carregar sete caixas, com um conteúdo desconhecido, que lhe causará muitos problemas.
Liberdad (2012, dir. Gustavo Delgado)
O filme acompanha as motivações dos heróis da Independência do Paraguai, proclamada em 1881. Por meio do olhar de Francisco, um garoto de 13 anos, o filme apresenta o modo de vida e os preconceitos raciais da sociedade do século 19.
La Enamorada (2012, dir. Martín Crespo)
Adaptação livre dos contos “La Enamorada” e “El Odio a los Árboles” de Rafael Barrett. Victoria é uma jovem introspectiva que se apaixona por um jovem médico que chega ao povoado. Para seduzi-lo consegue um emprego de empregada na casa dele e lhe oferece ervas medicinais para curar a enxaqueca.
18 cigarrillos y medio (2010, dir. Marcelo Tolces-Asrilevich)
O filme narra momentos da vida de Ezequiel, a busca por uma identidade de alguém jovem à um passo de entrar na vida adulta, enquanto fuma os 18 cigarros e meio do título.
Universo Servilleta (2010, dir. Luis Aguirre)
Felix, um jovem em seus vinte e poucos anos, perde simultaneamente o emprego e a namorado, que decide ir morar no exterior a procura de melhores oportunidades. Ele se refugia na casa dos amigos, enquanto tenta se livrar da mesmice de sua existência medíocre.
Felipe Canasto (2010, dir. Dario Cardona Herreros)
Em 1875, após a Guerra da Tríplice Aliança, o Paraguai perde quase por completo sua população masculina. Em uma cidade sem fronteiras definidas, três mulheres encontram uma cesta misteriosa que contém um segredo que elas cuidam com a própria vida.
Hamaca Paraguaya (2006, dir. Paz Encina)
A história se passa em um único dia em 1935, após o término da guerra do Chaco. Um casal de idosos camponeses espera o retorno do filho que foi lutar na guerra. Enquanto o pai aguarda com otimismo a mãe tem pressentimentos funestos durante um dia lento e quente.
Cerro Corá (1978, dir. Guillermo Vera)
Cerro Corá é o primeiro longa-metragem de ficção histórico realizado completamente no Paraguai e relata os feitos da guerra que o país envolveu-se com os seus três vizinhos fronteiriços (Brasil, Argentina e Uruguay).
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