Cassius Clay

“A cadência de uma escola de samba”. Foi assim que Jorge Ben Jor definiu a atuação de Cassius Clay no ringue, sempre dançando conforme a música que seus adversários tocavam. Sempre em volta deles, bailando e se esquivando. Tomando porrada, mas nem tanto, até matar o opositor de cansaço. Daí vinham os golpes fatais. “No fim de um round, ele olhou pra mim com uma expressão irônica, como se dissesse: Ah, te enganei, agora vou acabar com você”. Quem disse isso foi George Foreman depois da batalha do Zaire, em 74, na disputa do título mundial. Que evidentemente foi vencida por Cassius Clay. Nessa luta ele detonou Foreman.

Essa foi uma pequena homenagem a Cassius Clay, ou Muhammad Ali como ele se chamou depois de se converter ao Islamismo. Foi aqui na Terra um cara do bem, um lutador único dentro da arena, e fora dele um ativista político brilhante que trocou a metralhadora que carregaria nas mãos no Vietnã pela palavra de ordem. Ali encantou o mundo e se tornou a lenda que andava e falava devagar depois do Mal de Parkinson que o acometeu. Fica para a eternidade.

Seleção

Só pra não me esquecer e para ficar aqui marcado. Eu não acredito na seleção de Dunga. Não é o time do coração do meu país. É, sobretudo, um time de empresários há muito tempo.

Dunga pode tentar despistar a negociata, mas tem Gilmar Rinaldi ao lado dele. Um empresário que diz que foi, mas que é, ainda. Ou não? Ou o amigo acredita em Papai Noel?

E mais: alguns jogadores não o respeitam e fazem corpo mole. Contusão, dor, apesar dos exames avançados de hoje em dia, é subjetiva. Você diz eu tenho dor, o exame diz que não tem nada. Você olha pra cara do médico e diz: mas eu tenho dor e não vou jogar. É assim que Dunga está vivendo. Não tem mais o vestiário e nem o respeito dos que podem fazer a diferença dentro das quatro linhas.

O presidente da CBF está esperando o resultado da Copa América pra detonar o treinador.