A cantora Carminho desembarca no Brasil em agosto para uma série de shows. A artista vem lançar no país seu mais recente disco, Portuguesa. O tour de seu do seu sexto álbum vai passar por São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Ilhabela. O primeiro show da turnê, na Sala São Paulo, contará com os acordes sinfônicos da Orquestra Jazz Sinfônica.
Portuguesa, fala sobre a identidade tanto do fado quanto da própria artista. A escolha do título resume a forma como a cantora olha para a poesia, para a palavra, para a língua portuguesa, como ela se percebe enquanto mulher, enquanto artista e, consequentemente, deságua na forma como lida e se doa ao fado. É nessa busca pelas palavras, pelas pessoas e por si mesma, que ela continua a praticá-lo diariamente.
Carminho veio ao Brasil pela primeira vez aos 19 anos, e desde então vem criando uma relação de pertencimento com o país, com o povo e com a língua, que lhe é comum. “Cantar no Brasil para mim é cantar em casa, eu sinto-me em casa, sinto-me recebida. Tenho muitos amigos, tenho lugares onde vou porque já são meus de alguma maneira, também fazem parte da minha rotina e isso faz com que nós consigamos construir um universo nosso, onde não nos sentimos só visitantes, sentimo-nos parte. E é isso que eu sinto porque a língua nos abraça. Mas sobretudo porque tenho um olhar curioso e apaixonado pelo fado e por aquilo que tem acontecido com os meus concertos nas várias cidades por onde tenho passado. Fico muito orgulhosa e feliz.”
Mais recentemente, a fadista fez, em parceria com Marcelo Camelo, a música “Levo o meu barco no mar”, para o disco Portuguesa. “Marcelo Camelo é um dos compositores da língua portuguesa que eu mais admiro e que tive o privilégio de poder partilhar vários momentos de composição e de procura por uma canção. Na verdade, esta canção foi ele quem me enviou, porque sentiu que seria para mim. A construção do repertório tem a ver também com o gosto, com a linguagem, com o imaginário, não necessariamente precisa ser um fado tradicional na sua estrutura mais técnica. Há muitas canções que são fados reais, e para mim esta é um grande fado, não só pela forma como foi produzida, mas sobretudo pela essência que ela já tinha. Essência de superação e de persistência”, define a cantora.
O disco
Portuguesa conta com 14 composições, várias com letras e músicas suas, entre outros autores. A compositora e intérprete assume a produção do álbum bem como a composição de fados tradicionais originais. Usa poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen, David Mourão-Ferreira ou Manuel Alegre, mas também de Marcelo Camelo, Luísa Sobral, Joana Espadinha e Rita Vian. O trabalho gráfico foi realizado por Giovanni Bianco. “Tive a grande alegria de perceber que, na verdade, a maioria dessas canções foram escritas por mulheres, tenho muita admiração por todas elas”, comenta a artista.”
Datas da turnê no Brasil:
26/08 – São Paulo – Sala São Paulo – Orquestra Jazz Sinfônica e participação do Silva (ingressos esgotados)
30/08 – Porto Alegre – Teatro Bourbon Country
31/08 – Rio de Janeiro – Vivo Rio
01/09 – Belo Horizonte – Sesc palladium
02/09 – Ilhabela (SP) – Teatro Vermelhos
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