Desde que nascemos, sem conhecimento e constatação ou não, vamos descobrindo e lembrando que para trás deixamos um rastro de pequenas mortes.
Não falo dessa morte pesada e dramática que representa um fim de tudo, não que ela seja leve e tenha um retorno, depende da filosofia ou religião de cada um, falo de uma morte intermediária. Existe aquela das cartas que representam apenas o fim de um ciclo, uma mudança que às vezes não queremos encarar.
As “pequenas mortes” também tem esse sabor de fim de ciclo, que também não queremos ver, mas elas podem ser amargas, doidas, imprevisíveis, e deixarem pequenas cicatrizes.
São as pequenas perdas, decepções, amanheceres, vamos desbotando, enfraquecendo, mas depois para os sobreviventes ela nos da tônus e nos fortalece.
“Elas” são inúmeras no decorrer da vida, quando elas acontecem parece que vamos perder o chão, parece realmente que alguém morreu. Para refrescar a memória as pequenas mortes podem ser: aquele emprego do qual você achava que não sairia nunca, só se um dia você quisesse e num belo dia você é dispensada, a descoberta que o melhor amigo não é seu melhor amigo, ou que seu grande amor ou paixão não corresponde como você imaginava. Aqueles segredos revelados que te tira do prumo e que parece que só você não tinha percebido.
As “pequenas mortes” que parece nos decepar na verdade, funcionam como podas invisíveis, que não podemos ver. Mas elas nos reforça, crescemos mais fortes, basta encará-las e aprender com elas.
Assim vamos nos renovando, como lagarta, como borboleta, como cobra, nos descascado em camadas como cebolas, a natureza é assim se repete nas obras em suas releituras mostrando que somos um todo e um tudo único que ainda muitos não querem ver.
Com o tempo “elas” podem se tornar quase insignificantes e serem escritas assim com letras minúsculas até mesmo quando se trata de um título, só não as subestime elas nunca acabam e nos acompanham até o último dia.
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