A Seleção de um jogador que não veio

Mestre Juarez Soares ensina que: o jogo é jogado e o lambari é pescado. Contra a Argentina, Dunga continuou com aquela conversa de gaúcho maluco de que contra “eles” é guerra e colocou em campo um esquema feio, feio não, horroroso. Ninguém que já disputou uma pelada nesta vida de meu Deus acreditou que contra os reservas argentinos jogaríamos tão mal.

Quando “eles” conseguiram sentir que a seleção não é nada disso, fizeram seu gol. No segundo tempo empatamos com Lucas Lima. O empate deu um ar de confiança para o treinador e contra o Peru foi o que foi. Tradicional freguês levou três e poderia ser mais não fosse por um detalhe.

Neymar mete medo, mas depois de um tempinho de jogo, o adversário já percebe que ele, na seleção, é um igual aos outros. Na teoria, diferente, nas quatro linhas, um igual. Até que decida que não, vai ser assim. Neymar não veio. Vamos esperar, por que hora dessas ele vem, e aí parceiro, o jogo fica um Deus nos acuda para os adversários. O bom é que Neymar sabe que hoje pode contar com Douglas Silva em grande forma, Lucas Lima e Fabio Augusto. Jogadores de talento.

O que mais faltou à seleção: talento dentro de campo e também fora dele, mais precisamente na beirada de campo. Dunga, que eu respeito, nunca deveria ser técnico da seleção. Não tem pedigree. Futebol é diversão, guerra não.

Palmeiras

Quero falar do Verdão, por que lá a batata assou. Jogadores estiveram em um hotel para acertar a cabeça. Parece que acertaram depois de uma reunião de roupa suja. Sem ninguém no vestiário, apenas jogadores, a temperatura esquentou. Quem não estava marcando sabe que agora terá que ser diferente. Quem estava na noite sabe que só o dia interessa. Quem gosta da cana e da cerva vai ter que dar um tempo.

Isso é bom e natural num time em crise. É assim que se resolve. Dentro do vestiário, sem bicos ou gente que não interessa. Vamos ver se vai funcionar na prática, mas que pegou fogo, isso pegou.