Recebemos um convite irrecusável: acompanhar nosso filho ao cinema para ver A Origem dos Guardiões. Já há algumas semanas, Moises assistiu ao filme durante um passeio com o amigo Álvaro e sua mãe Silvana e, para sua surpresa, chegou contando que foi um dos melhores filmes que já tinha visto em seus 7 anos de idade. Ele ficou falando dos personagens e da história do longa por uns cinco dias seguidos, até que disse:“Eu quero assistir A Origem dos Guardiões de novo, mas agora, com vocês. Vocês precisam ver como é legal”!
O convite nos deixou lisonjeados. Numa época em que Moises começa a não achar mais tão interessante sair somente com os pais e a quase que exigir a presença de um amigo em todos os passeios, ele fez questão de frisar que não valia a companhia só de um ou só do outro. Tinha que ser os dois.
Agendamos o cinema para a primeira semana de férias escolares, mas Moises caiu doente. Ficou seis dias com febre, foi ao Pronto-Socorro três vezes e só melhorou com antibiótico alguns dias depois. Quando ele estava disposto a sair à noite, foi a vez do pai pegar o resfriado e ficar mais uns tantos dias prostrado. A grande preocupação do Moises era: “o filme ainda vai estar em cartaz pra gente assistir?”.
Enfim, chegou o grande dia e a ansiedade era tanta que fomos os primeiros a entrar na sala. Moises não se conformava de somente nós querermos ver um filme tão bom diante daquele cinema enorme e vazio, até que as pessoas começaram a aparecer.
E não é que o filme é lindo? Emocionante, dramático, envolvente, divertido, de enredo rico e história pra lá de instrutiva, sem falar na arte: impecável. Chorei, claro! Mas desta vez eu tinha dois motivos a mais: um tremendo orgulho pelo bom gosto do meu filho – reflexo da semente que plantamos em sua educação – e por ele querer compartilhar conosco uma das satisfações de sua vidinha.