Por Luiz Ceará
Escrever depois de 30 dias sem fazer nada não é simples. Desde segunda-feira eu estou lendo jornais e vendo TV. Férias é momento de descanso. Da que se bebe. No meu caso a boa cerveja e uma cachaça pra quebrar o gelo que ninguém é de ferro.
Esta semana comecei a me coçar e li que o pessoal do Bom Senso FC está indo para o caminho da greve. Mas, para isso acontecer é preciso adesão maciça, algo em torno de 90% da categoria. Muita conversa entre a cabeça da greve – no caso os líderes do Bom Senso FC – e a militância, digo, os jogadores, para que não aconteça uma falha.
Gilberto Silva disse ao UOL em Londres que, “Não está havendo diálogo conosco. O Bom Senso é um movimento sério e que não leva em questão apenas interesses dos atletas. A CBF precisa entender que reivindicamos condições de trabalho que ajudarão a melhorar o futebol brasileiro como um todo. Ninguém quer fazer greve, que isso fique bem claro, mas o movimento está crescendo em participação e hoje vejo a chance de 80% de greve em 2014 se as coisas continuarem dessa maneira”.
Deu pra entender até para os mais céticos. Outra coisa. Não quero defender quem ganha muito ou por que ganha muito. E nem entrar nesse mérito. Mas advirto aos que dizem que jogador está falando “de barriga cheia”, que eles jogam dez, doze anos e depois acabou. Uma parte muito pequena faz sucesso. A mídia, nós jornalistas, somente falamos de quem está na ponta. É o que dá ibope para jornais, sites, blogs, TVs e rádios. Ou eu estou errado? Tirando essa nata, sobram milhares de jogadores no país, a maioria deles com salários miseráveis. Quem se deu bem ficou rico, o restante ta na roça. Ou não é isso? A greve vai acontecer, é questão de tempo.
Fundo de Quintal
Como tenho mais alguns dias estou no fundo do meu quintal escrevendo. O fogo ta lá, esperando a lingüiça que eu compro aqui perto de casa. Pura de porco. Vai pro óleo quente e depois de bem fritinha, pro prato de arroz branco com feijão gordo (com calabresa, costelinha defumada e paio). Sai ainda uma salada colorida. Simples.
Depois de acabar aqui, vou tomar uma batida de maracujá com a cachaça que ganhei do meu amigo Dr. Frederico, fazendeiro da região de Uberaba. O pai dele fabrica a bandida somente para amigos e para o consumo da família. Coisa fina.
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