Por Vagner Couto (*)
Em um tempo em que fervilham as demandas de saúde mental da sociedade, quando cresceu grandemente a necessidade de atendimento psicoterapêutico de pessoas de todos os extratos sociais e culturais por decorrência da pandemia e outras agruras da nossa época, também cresceu a oferta de cursos de formação em Psicanálise em uma dimensão preocupante.
Considerando ser a Psicanálise uma ciência do psiquismo com mais de 120 anos de história, que requer para a sua prática um estudo aprofundado e contínuo, soa como arriscado e irresponsável acreditar que cursos rapidíssimos oferecidos na internet, baseados tão somente em vídeos e apostilas, espécie de fast-food psicanalítico, possam oferecer a formação adequada para a delicada e exigente prática clínica de lidar com o ser humano e auxiliá-lo a aplacar suas dores em sua busca de equilíbrio mental e emocional.
Formação em Psicanálise é coisa séria
Psicanálise é coisa muito séria. Tão séria que, ao decidir redirecionar minha vida e buscar uma formação na área, eu não queria uma formação qualquer, do tipo rápida e indolor, sem exigências ou esforços. Assim, para optar pela Formação em Psicanálise do CEFAS, onde estou, considerei que seu curso é reconhecido pela FLAPAG, que esta é uma instituição com 26 anos de história, registrada no Conselho Regional de Psicologia SP, com cursos de especialização reconhecidos pelo MEC, que já realizou diversos cursos credenciados pelo Conselho Federal de Psicologia e que tem um corpo docente com mais de 25 profissionais com grande experiência clínica e acadêmica, formados pelas melhores instituições psicanalíticas e de saúde mental do país. Enfim, um lugar onde eu realmente poderia aprender!
Tripé psicanalítico
Considerei, também, que a estrutura da Formação em Psicanálise ministrada no CEFAS acontece em quase 900 horas didáticas distribuídas em aulas ao vivo, seminários clínicos, supervisão clínica, estágio em Clínica-Escola, simpósios, palestras, grupos de estudos, TCC e outras atividades sustentadas nos parâmetros fundamentais estabelecidos por Freud na forma de um tripé psicanalítico:
1. Aulas e seminários teóricos – Com o conhecimento das principais correntes teóricas da Psicanálise, abordando os clássicos Freud, Melanie Klein, Winnicott, Bion, Lacan e Pichon-Reviere, assim como os contemporâneos.
2. Análise pessoal – O aspirante a psicanalista precisa fazer análise junto a profissional experiente, trabalhando suas questões pessoais e adquirindo um saber além de todo aparato teórico para ter as condições psíquicas, emocionais e éticas indispensáveis para o exercício da sua função.
3. Supervisão clínica – Essa etapa tem vínculo com a experiência de atendimento clínico por parte do aluno em estágio na Clínica-Escola da instituição. Nela, o aluno traz seus casos à Supervisão de um psicanalista didata experiente, avaliando e aprimorando sua experiência de escutar e compreender seu paciente. Os supervisionandos são convidados a questionar preconceitos, dogmas e idealizações para enriquecer o descobrimento e o amadurecimento de um estilo próprio na sua prática clínica.
Assim, bem sei que estruturar os fundamentos deste tripé em mim é só o começo de longo caminho da formação do psicanalista que eu quero ser – a ser desenvolvida e aperfeiçoada ao longo da própria experiência clínica com essa disciplina reconhecida como um “tratamento da alma”, onde, junto com meus futuros pacientes, realizaremos o importante trabalho que conduz a mais autoconhecimento e saúde mental, com respeito e dignidade.
CEFAS – Centro de Formação e Assistência à Saúde – Campinas/SP
Curso de Formação em Psicanálise – Teoria, Técnica e Prática – Nova turma em outubro/21
Informações – (19) 3252-7521 e (19) 99165 3538 – www.cefas.com.br
*Vagner Couto é escritor, produtor cultural e psicanalista em formação – (19) 99760-0201
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