Estado de São Paulo avança da fase emergencial para a fase vermelha do Plano São Paulo

Atualizado às 16h13

O estado de São Paulo avança da fase emergencial para a fase vermelha a partir de segunda-feira, dia 12 de abril. O anúncio foi feito pelo vice-governador, Rodrigo Garcia, na tarde desta sexta-feira, dia 9 de abril, e seguirá até 18.

Em vigor desde 15 de março, a fase emergencial inicialmente iria até dia 30, e foi estendida até 11 de abril. De acordo com o vice-governador, o avanço para a fase vermelha ocorre porque as medidas restritivas na fase emergencial começam a dar resultados positivos na contenção da pandemia.

O que muda da fase emergencial para a vermelha:

– Setores de comércio e alimentação – permitida a retirada no local (take away). Em Campinas já tinha sido liberado o take away para o segmento de alimentação e o drive thru para todos os setores desde quarta-feira, 7 de abril;
– Lojas de material de construção – permitido o atendimento presencial;
– Permissão de esportes profissionais coletivos, mas sem público (o que está permitido já a partir desta sexta-feira, dia 9).

Algumas medidas da fase emergencial foram mantidas na fase vermelha:

-O toque de recolher foi mantido das 20h às 5h
-A proibição de cultos religiosos presenciais está mantida;
-Obrigatoriedade do teletrabalho para atividades administrativas;
-Recomendação do escalonamento de horários alternados para os setores de serviços, do comércio e da indústria;

Veja como fica em Campinas.

Mais sobre as medidas

De acordo com o vice-governador, foram avaliados três pilares: vacinação, medidas restritivas e número de leitos. “O que governo não quer é avançar mais e ter que retroceder, mas ter uma retomada cuidadosa para volta das atividades comerciais. A preservação de vidas é o melhor caminho para preservar a economia no Brasil e no mundo”, afirmou.

A queda de internação no estado foi um dos índices avaliados para a decisão de retomar a fase vermelha, que é de 17,7% esta semana em relação a semana anterior. Além disso, a vacinação em São Paulo já atingiu mais de 7 milhões de doses aplicadas, e a ampliação de leitos de UTI, que foi de 6.521 novos, aumento de mais de 80%.

Segundo o secretário estadual de saúde, Jean Gorinchteyn, todos os dias é registrada queda na taxa de internação. Ele afirmou que a redução nos índices é fruto direto das medidas adotadas nas fases vermelha e emergencial, que mostra que as restrições das atividades e circulação de pessoas impactaram nos números. A taxa de ocupação de UTI no estado, que chegou a mais de 92%, agora está em 88,3%.

O coordenador do Centro de Contingência da Covid-19, Paulo Menezes, diz que a fase vermelha traz junto medidas da fase emergencial que contribuem para os números, e que a expectativa dos especialistas do Centro é que entre o final do mês de abril e início de maio, o estado atinja indicadores que permitam que algumas regiões possam avançar para fase laranja, vai depender da evolução dos dados.

Ainda de acordo com o coordenador executivo do Centro de Contingência Covid-19, João Gabbardo, a incorporação de medidas da fase emergencial na fase vermelha ocorre porque os especialistas entendem que são importantes na transição neste momento. “Não entendemos que coloque em risco o que tivemos em benefício até o momento. Vamos continuar na escalada de redução de casos. E a expectativa é que possamos sair, em algumas regiões, para a fase laranja”, complementou. “O indicador fundamental é ocupação de leitos de UTI para tomada de decisão. O Centro continuará avaliando os indicadores. Está dando resultado e esperamos ter continuidade”, disse.

Foto: governo de São Paulo/arquivo