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Adiado o início da retomada das atividades em Campinas

30 de maio de 2020

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, adiou o início da reabertura das atividades na cidade, que estava marcada para segunda-feira, dia 1º de junho, e transferiu para a próxima semana, a partir de 8 de junho. O anúncio foi feito em transmissão ao vivo nas redes sociais na manhã deste sábado, 30 de maio. A quarentena, portanto, fica prorrogada até 7 de junho.

De acordo com o prefeito, o motivo para adiar a flexibilização é que há uma forte demanda regional recaindo sobre Campinas, e que já conversou com o governador João Doria, mas esta demanda faz com que seja necessário ampliar o leitos de UTI em Campinas e a contratar profissionais. Havia uma programação para esta ampliação no número de leitos a partir da segunda-feira, dia 1º, mas o prazo está muito apertado.

O prefeito explicou que não há problema de equipamentos e respiradores, mas demanda por profissionais de saúde. Foi aberto um processo de seleção para contratação de 42 médicos intensivistas na Rede Mário Gatti, 30 se inscreveram e houve algumas desistências, segundo o prefeito. Assim, o hospital Mário Gatti terá mais 10 leitos de UTI no início da semana, e deve chegar a 30 leitos na semana seguinte.

A Prefeitura também fará a compra de leitos da rede particular de saúde. Segundo o secretário de Saúde, Carmino de Souza, desta forma, o número de leitos da UTI praticamente será dobrado na cidade.

“Nos indicadores de saúde do decreto estadual, que são cinco, Campinas tem quatro favoráveis, mas um que é extremamente preocupante. A relação de pacientes que usam UTI e leitos disponíveis de UTI. Não temos problemas de retaguarda, mas essa relação muito apertada faz com que fiquemos vulneráveis na próxima semana e recomendamos ao prefeito [rever a decisão de reabertura na segunda, dia 1] para que pudéssemos ganhar alguns dias fundamentais para ampliar a rede de UTI principalmente”, afirmou o secretário.

Decreto do estado, comércio e restaurantes

Segundo o prefeito, no anúncio do plano de reabertura no estado de São Paulo, o governador deu autonomia aos prefeitos, mas no decreto publicado nesta sexta-feira, 29 de maio, “engessou demais as ações dos prefeitos”.

“Tem algumas contrariedades. O decreto fala em quatro horas de funcionamento do comércio. É uma das contrariedades, porque pode não fazer jus ao custo para trabalhar. Outra contrariedade é sobre os restaurantes. Acredito que poderia abrir pelo menos para o horário de almoço. Como não existia a normativa, como tinha autonomia dos prefeitos, imediatamente tomei as decisões, agora o Dr. Panutto [secretário de Negócios Jurídicos, Peter Panutto] vai avaliar e me dizer o grau de autonomia. Se eu tiver autonomia, vou manter tudo que gostaria de fazer no primeiro momento com a responsabilidade do que é adequado, afirmou o prefeito.

Perguntado, Jonas Donizette informou ainda que o sistema self service está proibido no decreto, que a regra de 30% de abertura da capacidade na flexibilização seria apenas para o sistema à la carte. “As normas sanitárias dizem que a comida exposta é mais suscetível à contaminação”, disse.

Em nota, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (Abrasel RMC) informou que a diretoria em conjunto com seu departamento jurídico está analisando o decreto do governo de São Paulo, bem como as informações apresentadas pelo prefeito como justificativa para a prorrogação do início do funcionamento do setor e do comércio em geral, e que no início da próxima semana irá informar quais medidas deve tentar para manter a reabertura consciente o mais rápido possível.

Segundo o prefeito, mais de 1500 pessoas se inscreveram para obter a Declaração de Estabelecimento Responsável, que será obrigatória na reabertura, e que quem fez o curso on-line para obter o certificado, não vai precisar fazer de novo.

Durante a semana, ainda de acordo com o prefeito, será elaborado o decreto que vai detalhar as regras para reabertura a partir de 8 de junho, fazendo as adequações para estar alinhado ao decreto estadual.

Números atualizados da Covid-19 em Campinas

Mais quatro mortes foram registradas na cidade, chegando a um total de 73 óbitos. Os novos casos são de um homem de 90 anos com doenças preexistentes, que morreu no dia 26 em hospital público; um homem de 74 que faleceu no dia 27 de maio; uma mulher de 83 anos com outras doenças que morreu no dia 29; e uma mulher de 87 anos, também com outras doenças, no dia 29.

Agora são 1570 casos (136 a mais do que na sexta, dia 29), 380 investigados, 3008 descartados, 17 óbitos em investigação, 1105 recuperadas, 147 internadas e 245 em isolamento domiciliar.

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