Bem-estar

Obesidade infantil: o futuro das nossas crianças

18 de setembro de 2015

Por Carol Fiori

Infelizmente, a obesidade infantil está em evidência pelas estatísticas exorbitantes observadas nesta nova era. Esta é a primeira geração de crianças na história moderna que não será tão saudável como seus pais e isso não deveria acontecer. Segundo a Organização Mundial da Saúde, globalmente, em 2013 o número de crianças com excesso de peso com menos de cinco anos de idade foi estimada em mais de 42 milhões, sendo que 31 milhões delas vivem em países em desenvolvimento.

Crianças com sobrepeso e obesas tendem a ficar obesos na fase adulta e são mais propensos a desenvolver doenças não transmissíveis, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Basta observar esta tendência: uma criança obesa de 2 anos tem 15% de chance de se tornar um adulto obeso, uma de 5 anos 35%, uma de 7 anos, 50%, e uma criança de 10 anos, 80%. Isto representa que a cada 5 crianças obesas, 4 permanecerão obesas quando adultas.

Os índices são altíssimos e não dá para acreditar que 32,2% das crianças brasileiras menores de 2 anos ingerem refrigerantes e/ou sucos artificiais, 60,8% delas comem biscoito, bolachas recheadas e bolos diversos e 70% das crianças até 10 anos passam mais de 4 horas em frente à televisores e computadores.

Diferentemente da maioria dos adultos, as crianças e adolescentes não podem escolher o ambiente em que vivem ou a comida que comem e os pais e educadores têm, sim, responsabilidades sobre os hábitos alimentares e estilo de vida destas crianças.

E não pensem que somente os adultos sofrem com as consequências da obesidade. As crianças e adolescentes podem desenvolver traumas psicológicos, alterações estéticas, problemas respiratórios e cardíacos, diabetes, hipertensão, altos níveis de triglicerídeos e colesterol, lesões musculares e ortopédicas e distúrbios do sono.

A Organização Mundial da Saúde reconhece que o aumento da prevalência da obesidade infantil resulta de mudanças na sociedade. Já é um problema social que exige um enfoque multisetorial, multi-disciplinar de base populacional e abordagem culturalmente relevante. A prevenção é a opção mais viável para conter a epidemia de obesidade infantil, mas travar esta luta requer um compromisso político e a colaboração das partes interessadas, as públicas e privadas.

Primavera: qual a alimentação mais indicada para esta estação do ano? 

Em breve, entraremos na estação mais florida e colorida do ano, a primavera. 

Mas, afinal, qual a alimentação mais indicada para esta estação do ano? Não só de flores vive a primavera, nesta época do ano também encontramos uma grande variedade de frutas, verduras e legumes que nos inspiram a escolher alimentos mais leves, frescos e naturais durante as refeições. Com a chegada de dias mais quentes, a necessidade de água e alimentos de fácil digestão aumenta. Também ficamos mais dispostos e ativos para a prática de exercícios físicos.

O colorido das flores nos encantam, mas os alimentos nos fornecem muito mais que cores, nos suprem de vitaminas, minerais, antioxidantes e fitoterápicos importantes a saúde do nosso organismo. Os alimentos roxo/azulados auxiliam na prevenção de cânceres e doenças cardíacas; os avermelhados auxiliam no envelhecimento, memória e câncer de próstata; os verdes contribuem para a pele, visão, ossos e cabelo; os amarelados agem no bom funcionamento do sistema imunológico e doenças não transmissíveis; e os brancos fortalecem o sistema imune e circulatório e protegem contra doenças crônicas associadas ao envelhecimento.

O corpo humano funciona em sincronicidade com a natureza e suas estações. Vale a pena investir nos alimentos ofertados dentro da safra, pois garante o consumo de alimentos mais frescos, saborosos e nutritivos e a possibilidade de economia, já que a maior oferta normalmente faz com que os produtos cheguem ao consumidor final por preços menores e acessíveis.

Na primavera aposte em frutas como o abacaxi pérola, acerola, banana nanica e prata, caju, jabuticaba, kiwi, laranja lima e pera, maçã fugi e gala, mamão formosa, mamão havaí, manga, maracujá, melão, mexerica, morango, nêspera, pêssego e tangerina murcote. Legumes, consuma abóbora, abóbora japonesa, abobrinha brasileira, alcachofra, batata doce, beterraba, cará, ervilha torta e comum, fava, inhame e pimentão amarelo. E não deixe de ingerir almeirão, aspargos, beterraba, brócolis, chicória, couve, couve-flor, endívias, erva-doce, escarola, espinafre, moyashi, mostarda, nabo e rabanete.
Não tem desculpas, dá para ter uma alimentação saudável o ano todo, basta optar por preparações cozidas a vapor, grelhadas e assadas. Evite frituras, alimentos gordurosos e produtos industrializados. Procure se hidratar frequentemente e aproveite as deliciosas opções de frutas, legumes e verduras que a primavera tem a te oferecer.

Carol Fiori é nutricionista graduada pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), especialista em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Mestra em Nutrição Humana pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ). Em Campinas, atende na Inova Derm 

Compartilhe

Newsletter:

© 2010-2025 Todos os direitos reservados - por Ideia74