Aniversário de Campinas

Uma visita aos personagens que fizeram a Feira Hippie de Campinas chegar aos 50 anos em 2023

13 de julho de 2023

Por Sara Silva e Stela Calafiori

Parada obrigatória para quem visita Campinas e programação garantida no fim de semana, a Feira Cultural do Centro de Convivência, no Cambuí, popularmente conhecida como Feira Hippie, celebra 50 anos em 2023.

E quem passa pelo local, sempre movimentado, não imagina o quão difícil foi o processo de consolidação da feira, em 1973, que começou justamente com a união dos adeptos da cultura hippie, e hoje está instalada em um dos bairros mais nobres da cidade.

Resgatar a história do movimento que culminou em um dos principais atrativos turísticos de Campinas não é tarefa fácil. É muita gente envolvida, muitas memórias, histórias, versões, ações, registros, afetos…

E nessa busca para recontar os primórdios da feira neste ano comemorativo e também por ocasião do aniversário de 249 anos da cidade, chegamos a um personagem fundamental: Erasmo, apelido de Carlos Alberto Caserta, que “pegou” por conta do cabelo que lembrava o do eterno “Tremendão”.

Um passeio pela história da feira e seus personagens

Erasmo é um dos fundadores da feira, e, provavelmente, o único expositor que está lá até hoje. É na banca dele que encontramos dois banners com um breve histórico sobre as origens da Feira Hippie de Campinas, com fotos antigas. Diz um deles:

“Era meados de 1970. Havia música nos cafés e a revolução estava no ar, como dizia Bob Dylan. Milhares de pessoas no mundo inventam suas próprias alternativas de vida; produzem seus trabalhos acreditando em seus projetos e sonhos, e tentam transformá-los em realidade capaz de garantir seu sustento. Vão à luta: às ruas – vão às feiras (resgatadas e valorizadas pelo movimento hippie); e tornaram-se manifestações espontâneas de grande fermentação artística e econômica. Apesar de terem se modificado muito, estão aí cada vez mais presentes nas cidades do mundo. São pessoas que criam seus próprios postos de trabalho sem precisar de verbas e adicionam aos lugares pontos de convivência e cultura (autoria de Luiza Gonzalez).”

Pegaram o espírito?

Hoje com 71 anos, Erasmo foi hippie nos anos 1970. A história é longa. O artesão autodidata é de São Paulo, e conta que lá pelos 17, 18 anos, aprendeu com os amigos a mexer com couro, na praça da República. Fazia sandálias, mocassins, e começou a circular vendendo seu trabalho. Vinha a Campinas porque os avós moravam na cidade, e era onde dava uma passada para ficar, tomar um banho.

E foi por aqui que conheceu uma banca de artesanato de um turco (como definiu o proprietário do local), no Centro da cidade. Começou a trabalhar na lojinha fazendo suas peças, até que um dia chegou por lá o Edson Cornélio (falecido há cerca de seis anos). Edson fazia bijuterias, e começou a revezar com Erasmo as horas de trabalho no local. Ficaram por lá um tempo, dois ou três anos, e como não recebiam direito, decidiram vender o artesanato que produziam nas ruas. Era início dos anos 1970 e havia outros hippies fazendo o mesmo.

Foto: Erasmo recebeu o Diploma de Mérito Cultural “Guilherme de Almeida” da Câmara de Campinas em 2017. No quadrinho da foto, os dois hippies, ele e o amigo Edson

Aí, a coisa se complicou. Erasmo conta que vinha a fiscalização municipal, e apreendia os produtos. Tiveram a ideia de levar a situação para a imprensa. Bateram na porta do jornal Diário do Povo (hoje extinto), que começou a fazer matérias sobre as blitze. Assim, começou o movimento para que os hippies tivessem autorização da Prefeitura e um local para vender o artesanato que produziam. “A população também apoiou na época”, comenta Erasmo.

A história oficial relata que a feira teria começado no Largo das Andorinhas espontaneamente agregando os hippies, depois foi para o Largo do Rosário. O artesão conta, no entanto, que o primeiro local autorizado foi a praça São Benedito, com funcionamento aos sábados, domingos e feriados. Como o público não ia até lá, foram apenas poucos meses no local, e aí, então, a feira acabou indo para o Largo do Rosário, onde se estabeleceu nos primeiros anos.

Mas também enfrentaram preconceito. “Naquela época o movimento ainda era visto com certa reserva pela sociedade, pelo modo de vida que os seus membros levavam e que, naquele tempo, não era considerado correto por muitos campineiros”, comenta o atual coordenador da Feira Cultural, Mario Cesar Mello da Silva.

Erasmo, inclusive, diz que, como não se dava muito valor ao artesanato e com a invasão dos produtos industrializados, teve que trabalhar em uma empresa por 10 anos para sobreviver, em São João da Boa Vista, e mesmo assim ia à feira vender seus produtos no fim de semana. Depois chegou a lançar tendência, bolsas, cintos e pulseiras de couro viraram moda até hoje, e é a atividade que sustenta a família. Ele tem três filhos. “Vai ser o que vou fazer para o resto da vida”, resume, ao lado da segunda esposa, Adriana, com quem trabalha na banca. Atualmente, vende inclusive em algumas lojas on-line, atividade que começou cerca de dois anos antes da pandemia, o que ajudou quando ela chegou.

Lu/Me

Foto: o casal Luiza e Melato ou Lu/Me

Esta é a assinatura do casal José Roberto Melato, ou só Melato, de 70 anos, e Luiza Quilici Gonzalez, de 75. Quem passou pela feira e nunca comprou um cartão, um imã de geladeira, um quadrinho, um marcador de página dos dois, é porque ainda não teve a oportunidade de perceber toda a afetividade que o trabalho deles carrega.

Também é muita história. Ele é fotógrafo, sempre gostou de fotografar, tanto que ainda tem laboratório fotográfico. Ela, formada em Ciências Sociais, sempre gostou de escrever, é poeta e frasista (aliás, é ela a autora do texto da história da feira que está no banner citado acima). Os dois são de Rio Claro, onde se conheceram, nos anos 1970. Um belo dia, ela perguntou: “Posso colocar uns textos nas suas fotos?”. Ele topou. Depois, começaram a pintar detalhes coloridos sobre as fotos em preto e branco, dando um toque autoral e poético para as imagens. Assim começou o Lu/Me.

Eles expõem os trabalhos na Feira Hippie de Campinas há 45 anos. A maior parte das imagens são fotos feitas por Melato, e as frases são de autoria de Luiza, ou há reproduções com os devidos créditos. Ela conta que sua inspiração vem da leitura, e ele faz seus registros a partir do olhar para as nuvens, o jardim de casa, o formigueiro, o cotidiano, as ruas… “Uma vez uma moça parou, começou a ler e a chorar”, conta Luiza.

Foto: dona Lurdes, mãe de Melato, principal modelo das fotos do filho

Entre as histórias inusitadas, Melato lembra de um rapaz que ia toda semana comprar um determinado cartão, que tinha a frase: “Se a paixão há de ser provisória, que seja louca e linda a nossa história”, de autoria de Bruna Lombardi. Ele perguntou ao rapaz por que tinha gostado tanto daquele cartão, e a resposta foi óbvia: toda vez que estava de paquera com uma moça, ele dava o cartão e fazia o maior sucesso, virava paixão na hora! Hoje, Luiza deu à frase uma versão mais permanente: “Se a paixão há de ser passageira, que passe bem devagar ao longo de nossa vida inteira”. Pelo visto, inspirada na própria história.

Outra grande inspiração dos dois é dona Lurdes, mãe de Melato. Ela é a principal modelo do filho, e a foto dela estampa vários trabalhos deles. Em um marcador de página em que aparece em uma cadeira de balanço, a frase de Luiza diz: “Idade é só uma questão de números. Precisa ver se sua alma concorda com eles.”

Enquanto entrevistamos o casal, uma cliente fica o tempo todo lendo, observando os trabalhos, tentando escolher o que comprar. É a engenheira e professora Suzana Moro, de 37 anos, do Paraná. Morando há dois meses em Campinas, é a primeira vez que está na feira.

Foto: a engenheira Suzana Moro, do Paraná, pela 1ª vez na feira e encantada com os trabalhos do casal

“Fiquei umas 2h olhando. A letra dela é linda. Chamou minha atenção. Lembro da minha avó, que fazia artesanato. É lindo o trabalho deles, tem todo um sentimento, a gente consegue ver, é cheio de muito amor”, comenta. “É muito importante o trabalho artesanal porque estimula a criatividade, desenvolve as habilidades, o raciocínio, criam-se soluções criativas, é muito importante valorizar o trabalho artesanal”, concluiu a engenheira.

Observadora, Luiza comenta: “A gente nunca sabe se vai continuar atingindo as novas gerações.” Pelo jeito, tudo aquilo que se faz com amor ainda é atemporal.

Margarida, Rubinho, Toninho, Olivio, as baianas do acarajé…

Mais do que encontrar peças únicas, talento artístico, criatividade, empreendedorismo, andar pela Feira Hippie é descobrir histórias de vida, de trabalho, resiliência, esforço constante, entusiasmo.

Foto: Margarida: “Me sinto ‘top’ fazendo esse trabalho original”

Ao lado de Luiza e Melato, Margarida, que se chama Raquel, está há 23 anos na feira. Tudo começou em Florianópolis, com bijuteria, e hoje faz lindos móbiles artesanais. “Me sinto ‘top’ fazendo esse trabalho original”, revela. Animada, diz que tem uma clientela fiel para seu trabalho.

Já o mineiro Rubens Donizetti Braz, de 66 anos, ou apenas Rubinho, já chegou até a dormir embaixo da barraca. Ele começou com seu pai, que trabalhava com cobre e latão, era o ‘rei’ do cobre, do tacho, das panelas. Quando adolescente, enquanto o pai atuava no ramo, foi trabalhar como auxiliar administrativo, mas ao chegar aos 25 anos, o pai estava na feira no Largo do Rosário, já o ajudava, tinha muita encomenda, resolveu sair do trabalho e seguir com o pai. “Minha mãe não gostou, tinha o preconceito de deixar o escritório e ir trabalhar na feira hippie”, relembrou.

Mas com o dinheiro da rescisão contratual, investiu com o pai em um terreno, aumentaram o barracão e a produção, e rodavam nas feiras de Embu e da praça da República, em São Paulo, além da feira em Campinas. Como faziam também peças de utilidade e decoração, com flores, miniaturas de espelhos, ele foi aprendendo a desenvolver os fios de luz, porta incenso, mandalas, baguás, uma vez que as panelas de cobre foram deixando de ser referência.

Foto: Rubinho e seus belos fios de luz (a foto no alto também é da banca dele)

O pai se aposentou depois de um tempo, e hoje já é falecido. Mas Rubinho segue, sozinho, hoje apenas em Campinas, criando, cortando, pintando as próprias peças, que desenvolve a partir de sucata de vidraçaria para ter um preço mais acessível. E ele não para, já que os fios de luz fazem sucesso na feira e criam um belo efeito no chão da praça com o sol batendo nos espelhinhos pendurados na barraca. Assim, sustentou o filho hoje com 27 anos, formado em Comércio Exterior e gerente de um banco. “Construí casa, formei meu filho, fiz amigos, mas abri mão de muita coisa, datas comemorativas, de relacionamento, porque a pessoa tinha que entender que trabalhava todo fim de semana. Mas vale a pena, é muito gratificante. Tem cliente que hoje vem com filhos, netos. E é a melhor feira do interior do estado de São Paulo, não conheço outra”, comenta.

E ao lado de Rubinho, uma outra barraca que chama atenção desde os primórdios: a do acarajé, a primeira comida da feira.

Foto: o acarajé, primeira comida da feira que permanece até hoje

Os mais antigos lembram que dona Maria foi a primeira baiana a vender o quitute na feira, que está na foto do banner histórico. Mas hoje, quem comanda as duas barracas é Cássia Elizabeth Pereira Antonio, de 59 anos, nora da famosa Tia Nice do Acarajé, hoje com 86 anos e aposentada. Dona Cássia conta que a sogra começou também com os hippies, com um fogareiro e um tabuleiro. Ela começou a trabalhar com dona Nice em 1988, com quem aprendeu a preparar o famoso prato baiano. Ela passou a revezar com a sogra, uma trabalhava no sábado e a outra no domingo, mas com D. Nice debilitada, hoje assumiu os dois dias. E recebe gerações de clientes, que também voltam com seus filhos e netos para saborear o famoso acarajé da feira.

E os personagens não acabam. Uma das lições mais interessantes da ‘expedição’ é de Antonio Olivio, de 63 anos. Ele transforma peças de madeira em belos artigos de decoração, só reciclando. Foi pioneiro em criar porta-retrato há cerca de 20 anos, que fez muito sucesso. Também autodidata, diz: “Acredito que é um talento que Deus dá”, já que nunca fez curso para aprender o ofício. Foi na raça, fazendo madeira “voar” ao utilizar equipamento novo. O artesão conta ainda que não esqueceu uma frase de uma cliente: “Você jamais vai conseguir sustentar uma família com artesanato”, disse ela. Mas ele não acreditou, seguiu com seu sonho, construiu moradia, criou as duas filhas, hoje tem netos, e a esposa, que o ajudava na elaboração das peças, com a pandemia, se dedica a outra atividade, mas continua ao lado do marido nos fins de semana da feira.

Foto: Toninho foi parar no festival de Águas Claras por conta de uma camiseta de Raul Seixas e um cliente reclamou de um desenho do Elvis “meio Cleópatra”

E ainda temos Toninho, Antonio Mendes de Toledo Prando, de 62 anos, com suas batas, calças, camisetas com a técnica Tie Dye. Ele desenha, faz a arte final, pinta, neste estilo ainda meio hippie e que nunca saiu de moda. Uma das histórias que conta é que uma camiseta do Raul Seixas o levou a assistir um show do músico no lendário Festival de Águas Claras, a “Woodstock” brasileira. Outra é de um cliente que achou estranho um Elvis com turbante que ele desenhou uma vez. Ficou com aquela “crítica” na cabeça. Um dia desenhou um Elvis normal e lembrou do cliente. Quando o homem apareceu novamente, mostrou a camiseta nova e ele comprou. “Isso é um Elvis de verdade. O outro tava mais para Cleópatra”, diverte-se o artesão.

Continuando a história

Voltando à cronologia da feira, o atual coordenador, Mario Cesar Mello da Silva, comenta que no final da década 1970, surgiram comerciantes que não se encaixavam no movimento hippie, mas que produziam produtos artesanais para a venda, e demonstraram o interesse de participar. Segundo ele, nesta época foi ampliado o rol de ofertas e passou a ter mais características de uma feira cultural, com arte, artesanatos, antiguidades, quitutes, produtos esotéricos, entre outros.

Foto: a feira na praça Carlos Gomes. Crédito: José Roberto Melato (o fotógrafo do Lu/Me)

De acordo com o site da Prefeitura de Campinas, em 1977, a popularização da feira e a crescente demanda fez com que administração municipal oficializasse o evento, transferindo-a para a Praça Carlos Gomes, com funcionamento aos sábados de manhã.

Ainda segundo as informações oficiais, em 1980 houve uma forte recessão econômica e consequente desemprego, fazendo com que aumentasse a procura por vagas na feira, o que teria obrigado a Prefeitura a criar critérios de seleção para os candidatos, procedimento que permanece até os dias de hoje.

Em 1983, a Prefeitura criou uma feira realizada aos domingos, na Praça Imprensa Fluminense, a praça do Centro de Convivência onde funciona hoje, “buscando suprir uma demanda crescente de expositores.”

Mas em 1987, o projeto da feira na Praça Imprensa Fluminense foi desarticulado, passando a funcionar apenas a da Praça Carlos Gomes, aos sábados.

Em 1991, a Prefeitura autorizou a realização da feira também aos domingos na Praça Carlos Gomes, devido à imensa procura, tanto por artesãos quanto pelo público.

Em 1997, a Praça Carlos Gomes passou por uma grande reforma. A feira, então, foi remanejada para a Praça Imprensa Fluminense.

Foto: a feira na Estação Cultura. Crédito: José Roberto Melato

Em 2004, também devido à uma reforma, a Praça Imprensa Fluminense não pôde mais abrigar a feira. Ela é remanejada para a Estação Cultura, mas em 28 de agosto de 2004, uma semana antes da reinauguração oficial da Praça Imprensa Fluminense, a feira voltou ao local, onde permanece até os dias de hoje.

Atualmente, a Feira Cultural de Campinas conta com 350 feirantes que expõem seus produtos aos sábados e domingos, das 9h às 14h. Também costuma ter edições especiais em datas comemorativas, além da Feira de Natal. E, de acordo com a Prefeitura, não há qualquer intenção atualmente de mudar a feira de local.

Recadastramento a cada dois anos

Segundo o coordenador da feira, o decreto 21.776/2021 foi criado para regulamentar a Feira Cultural do Centro de Convivência, onde consta os direitos e deveres dos expositores, além dos critérios para ser um expositor ou expositora.

De acordo com o decreto, o ingresso de novos expositores é feito por uma seleção, através de chamada pública. Os candidatos são submetidos a um teste qualitativo que prove sua habilidade ou conhecimento em sua área de inscrição (artesanato; artes visuais e plásticas; costura criativa; comida de rua; antiguidades, colecionismo, produtos vintages e brechós históricos; bem-estar, esotéricos e holísticos; sustentabilidade e produtos alimentares de origem orgânica e artesanal; produtos autorais e com identidade; shows e atrações culturais; projetos socioeducacionais e culturais; entre outros).

Após o credenciamento, os expositores fixos são submetidos a uma reavaliação. “É fundamental que eles comprovem que ainda seguem trabalhando com o artesanato. Não é permitida a alteração dos produtos comercializados ou serviços prestados, sob pena de perder o direito de expor na feira”, explica o coordenador. Caso o expositor pretenda alterar o produto comercializado ou o serviço prestado, deverá aguardar a publicação de novo edital de chamada pública, devendo se inscrever e ser avaliado em igualdade de condições a de outros candidatos.

Pandemia e feira itinerante

Assim como todos os demais setores da economia, o artesanato também sofreu as consequências da pandemia de Covid-19. Mario conta que um dos principais fatores que trouxe dificuldades e prejuízos aos feirantes foi que grande parte deles é mais idoso e tinha dificuldades com as redes sociais.

“Em parceria com o Sebrae, trouxemos capacitações para apresentar e auxiliá-los com um mecanismo de venda diferenciado, que desse a eles a oportunidade de seguir com as vendas”, conta. “Com o tempo e a flexibilização das medidas restritivas, começamos a instalar as barracas com distanciamento, tornamos obrigatório o uso de máscara e álcool em gel nas bancas. Em questão de um ano e meio conseguimos voltar às atividades. Além disso, a realização de eventos sazonais e comemorativos, trouxe de volta o público ao nosso espaço cultural”, relata o coordenador.

Outro projeto que está em execução é a “Feira Hippie Itinerante”, que tem como objetivo levar a feira cultural a outros bairros de Campinas. “A ideia é levar a nossa feira, tanto para aqueles que não consegue visitá-la aos fins de semana, como também para quem ainda não a conhece e atrair novos frequentadores. Com isso, ficamos cada vez mais perto da população, seja das áreas mais nobres, seja da periferia”, explica.

Sempre em movimento

A história, portanto, não se esgota, continua sendo construída.

Atualmente, uma questão na estrutura: com todo o espaço cultural do Centro de Convivência em reforma, os artesãos e o público só tem à disposição os banheiros químicos colocados na praça. São seis banheiros, sendo três masculino, os outros feminino e 1 para portadores de deficiência especial.

Segundo a Prefeitura, a previsão de entrega dos banheiros externos do Centro de Convivência é para setembro de 2023.

Assim, o movimento segue, no fluxo dos visitantes de vários lugares do Brasil e do mundo, no bate-papo descontraído do público com os artesãos, no trabalho intenso de montagem e desmontagem das bancas, e fazem mistério da ‘resenha’ divertida ao final de cada feira, um momento ‘relax’, para ‘desopilar’.

E como diz a poeta Luiza: “Faz jus ao nome, é um local de convivência, de compartilhamento, mostrando que quando se junta, é possível mover o mundo.”

Instagram: @feirahippie_oficialcampinas

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Praça Imprensa Fluminense, s/n - Cambuí
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